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Joaquim Corado

Advogado e contador, com mestrado em Ciências Contábeis e pós-graduação em Gestão Municipal. Experiência como auditor tributário, professor na FES/UFAM e no IBAM/RJ, deputado estadual, prefeito municipal e em cargos de gestão pública, incluindo a SUFRAMA e a SEFAZ/AM. Também atuou como presidente do SINDIFISCO/AM e diretor da Associação Amazonense dos Municípios. Além disso, é consultor, formulador de políticas públicas e escritor.
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O interior

O cidadão não tem percepção de ter vivido melhor…

Nas localidades interioranas dos municípios o cidadão vive pior do que o caipira paulista há 50 anos: a ausência do poder público, investimentos, geração de renda, qualidade de vida, faltam: energia, água potável, moradia, esgoto, arruamento, sanitários nas taperas, rampas de acessos ou escadas, vive da agricultura familiar rudimentar e da pesca, ausência de saúde, educação, política de crédito e extensão rural. A juventude está embebedada e drogada, não surgem novos lideres. O cidadão comum está descrente e inerte, falta-lhe vontade para não exige o direito de cidadania. Falta-lhe informação – é uma verdadeira exclusão social. Atividade econômica incipiente baseada no extrativismo rudimentar e na pesca artesanal. O poder local reflete o modelo estadual: lideranças arraigada no coronelismo e submissas ao poder da capital e do capital.

A juventude não tem perspectiva: está bêbada e drogada, como resultado de uma estratégia espúria e cruel que repete – com mais um ingrediente, a droga –, a prática dos velhos patrões, seringalistas ou comerciantes ou regatões -era costume-, quando no ajuste de conta anual, o “fechar do fábrico” embebedavam o aviado. Com a garrafa de “parati” (cachaça) sobre o balcão: “ – Compadre, vamos fechar o “fábrico”, toma uma dose” e de trago em trago, no final, já embebedado, a conta era fechada e o cidadão nunca saldava a conta, ficava devendo para o outro ano, achando que o compadre era o melhor patrão do mundo. Atualmente, a prática se repete: os jovens são induzidos ao alcoolismo. Qualquer evento esportivo ou lazer o prêmio é a bebida alcoólica, inclusive para as mulheres. Na euforia do álcool o cara é o pai d’égua.

Não surgem novas lideranças, não existe nenhum programa de formação de mão-de- obra – formação técnica para os jovens, a educacional fundamental e a do nível médio é de péssima qualidade, proliferam a metodologia das turmas multiseriais. Os resultados das olimpíadas estudantis demonstram a ineficiência do sistema educacional com notas baixíssimas, o mesmo acontece com IDEB – índice de educação básica e ENEM, com sofríveis desempenhos. Perder-se com isso, gerações inteiras: ora pela marginalização ou prostituição da imensa maioria de jovens que migram para capital, ora para o refugio da incipiente atividade econômica do extrativismo, da pesca artesanal, da rudimentar atividade agrícola e o pior do alcoolismo, do consumo e tráfego da droga.

É a triste realidade, o cidadão não tem a percepção de vivido melhor…

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ATENÇÃO: O texto acima é de caráter opinativo, logo, as informações e crenças expressas nele não refletem essencialmente o pensamento do site O PODER e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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