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Joaquim Corado

Advogado e contador, com mestrado em Ciências Contábeis e pós-graduação em Gestão Municipal. Experiência como auditor tributário, professor na FES/UFAM e no IBAM/RJ, deputado estadual, prefeito municipal e em cargos de gestão pública, incluindo a SUFRAMA e a SEFAZ/AM. Também atuou como presidente do SINDIFISCO/AM e diretor da Associação Amazonense dos Municípios. Além disso, é consultor, formulador de políticas públicas e escritor.
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Modelo ZFM exige cuidado com as palavras

O modelo Zona Franca de Manaus – ZFM foi idealizado para promover o desenvolvimento e a integração regional, baseando-se na concessão de incentivos fiscais e na substituição de importações, política econômica da época.

É o único setor produtivo do pais que possui política industrial. É a porta de entrada de novas tecnologias e irradia para o pais, para o mercado externo consumidor dos seus produtos.

Ao longo dos 56 anos de existência especializou sua produção industrial no setor eletroeletrônico – principalmente TV e no setor duas rodas – principalmente motocicletas.

Isso se deu, pelas contingências do mercado: a abertura das importações, na década de 90; implantação dos free-shopping, compras no Paraguai, a globalização e a inundação do mercado nacional com os “produtos da pirataria” made in China – de péssima qualidade, concorrentes diretos dos produzidos no PIM. Além, de toda oposição do poder econômico do sudeste, principalmente São Paulo.

O modelo especializou-se em tecnologia de produção – a ponto de concorrer com a performance de produtividade na indústrias no Japão – e não na tecnologia de produto, deixada lá atrás – é um ponto de interrogação do modelo.

Outro aspecto, as empresas implantadas no PIM são ligadas as marcas mundiais que loteiam geograficamente suas congêneres para atender determinados mercados. Assim, tanto a produção como o desenvolvimento tecnológico dos produtos são priorizados em sítios específicos.

O modelo precisa resolver, urgentemente, algumas questões estruturais e conjunturais que afetam a competitividade da produção longe do mercado consumidor, a logística do transporte: um novo porto, a hidrovia do rio Madeira, a estrada BR-319 – fatores que aumentam o custo de produção, a disponibilidade de energia elétrica, a demora da burocracia do desembaraço da entrada matéria-prima e saída de produtos.

O governo federal e estadual ao longo dos anos não prioriza investimentos em infraestrutura para dar suporte a produção do PIM. Esquecem da urgente necessidade de sustentação desse modelo econômico – o único suporte do desenvolvimento do estado.

Não se discute: O modelo precisa de um fórum permanente, manter-se alerta as investidas das forças política e econômicas antagônicas do modelo e adequar-se as inovações tecnológicas. É tão frágil as adversidades, que simples opinião distorcia da realidade que chega a mídia o afeta – aconteceu anteriormente.

E muitos são exemplos: denúncias e opiniões de determinadas figuras públicas, adversárias políticas dos governantes da época, serviam de material negativo e munições para adversários do modelo – incontáveis vezes se deparava com as manchetes dos jornais locais à mesa do ministro ou dos dirigentes das entidades paulistas

O modelo ZFM não está esgotado, necessita, sim, de atualização do processo de apresentação e análise dos projetos industriais – para reduzir o prazo de implantação e custos de produção, de complementaridade da infraestrutura de logística do transporte, da formação científica e tecnológica de profissionais de nível superior – os adversários estão afoitos: Alkimim, Haddad e outros paulistas -, e da defesa permanente!

Cadê os senadores Omar Aziz; Eduardo Braga; Plinio Valério?

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ATENÇÃO: O texto acima é de caráter opinativo, logo, as informações e crenças expressas nele não refletem essencialmente o pensamento do site O PODER e são de inteira responsabilidade de seus autores.

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