Eduardo Ribeiro, líder nacional do Novo, contou ao Poder que vê Manaus como uma cidade à direita
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“Nós estamos trabalhando para ter uma forte candidatura à prefeitura de Manaus”. A declaração é do presidente nacional do Partido Novo, Eduardo Ribeiro, que esteve presente em um evento ocorrido na sede local da legenda, recém inaugurada no bairro Cachoeirinha, zona sul da capital, na tarde desta quinta-feira (16). Em conversa com o site O Poder, ele afirmou que vê em Manaus uma cidade que quer representantes políticos de direita, viés ideológico do partido.
Conforme Ribeiro, o Novo é um grupo que pretende ser um elo entre as três vertentes de direita identificáveis no atual cenário brasileiro: os conservadores, liberais e libertários. “As pesquisas têm mostrado que há espaço, a população quer. Não é um partido de cacique. Não é o Eduardo que vai chegar e dizer quem é o candidato. Os diretórios municipal e estadual vão se reunir. Existe todo um processo de escolha”, disse Ribeiro, sobre o objetivo do Novo de concorrer à vaga do executivo local.
Para o líder nacional da associação política, Manaus é uma cidade fortemente de direita. Ele elencou o histórico de votações da capital amazonense, bem como forte presença de empreendedorismo na cidade, como fatores que o levam a crer que Manaus é uma capital com esse viés ideológico.
Em via de regra, o partido está preparado para uma disputa em sucessivas eleições, até conseguir a almejada presença na prefeitura, mas o grupo não descarta a perspectiva de subir rapidamente ao cargo, segundo Ribeiro. “Temos exemplos, como o prefeito de Joinville, que começou campanha com 2%, venceu a eleição, e hoje tem 92% de aprovação na cidade”, afirmou.
Evento local
Ribeiro concedeu entrevista antes de discursar para afiliados locais do partido. Estiveram presentes políticos de municípios do interior do Amazonas.
Depois do evento, a equipe de reportagem entrevistou a presidente do diretório estadual do Novo, Maria do Carmo Seffair. Questionada sobre as dificuldades que o partido tem enfrentado no Amazonas, ela afirmou que o grupo não tem encontrado grandes empecilhos. “Temos tido adesão fantástica. Muita gente procurando. A única dificuldade que temos encontrado é em relação a um processo peculiar do Novo, no tocante a questionários que testam o alinhamento ideológico com o partido”, disse.
Para Seffair, o Novo está se reinventado com o objetivo de retirar a fama de partido elitista. A maior preocupação dos que procuram afiliar-se à associação é saber se terão espaço.
“A presença do Ribeiro simboliza um prestígio ao Amazonas. Quais são os presidentes nacionais de partido que veem aqui? Quando foi que o presidente nacional do PSDB [Partido da Social Democracia Brasileira] veio aqui em Manaus? Isso mostra que o Novo está enxergando o Amazonas como estratégico para os projetos futuros”, declarou.
Sobre as eleições de 2024, Seffair afirmou que o Novo buscará ter candidatos à prefeitura em quaisquer lugares onde conseguir.
Sobre o partido
Fundado em 2011, o Novo se define em seu site oficial como “um partido fundado por cidadãos ficha-limpa, que nunca haviam se envolvido com política e resolveram sair da indignação para a ação”. Após coletar 1 milhão de assinaturas, definir o programa partidário, do estatuto e efetuar a formação dos líderes, a associação conseguiu registrar-se como partido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2015.
Em 2016, participou da 1ª eleição municipal em 5 capitais. Quatro vereadores foram eleitos. A 1ª eleição nacional rendeu o governador de Minas Gerais ao partido, 8 deputados federais e 12 estaduais, em 2018.
Em 2020, elegeram prefeito em Joinville e 28 vereadores em 19 cidades.
A secretária de Saúde de Manaus, Shádia Fraxe, proibiu servidores da Semsa de opinar sobre a pasta e as UBSs nas redes sociais, sob risco de demissão. A Portaria 253 também veta filmagens e fotos nas unidades. O vereador Rodrigo Guedes (PP) criticou a medida, chamando-a de “ditadura”. Além disso, servidores não podem postar imagens com uniforme da Semsa. A secretaria ainda não comentou as restrições.
A Prefeitura de Manaus prevê gastar R$ 9,9 milhões em contratos da Manauscult para organização de eventos. Os termos, divulgados no DOM em 13 de março, têm validade de seis meses, mas não detalham os eventos contemplados. O maior contrato, de R$ 6,2 milhões, foi firmado com a UP Fest. Outra empresa contratada tem capital social de R$ 680 mil. O alto valor e a falta de transparência geram questionamentos.
A Prefeitura de Lábrea contratou a empresa Izac Arruda Feitosa Junior por R$ 4,1 milhões para fornecer merenda escolar. O contrato foi firmado após o Pregão Eletrônico nº 010/2025 e homologado pelo prefeito Gerlando Lopes (PL). A empresa, sediada em Lábrea, possui capital social de R$ 500 mil. A gestão municipal ainda não detalhou os produtos adquiridos nem a distribuição nas escolas.
O TRE-AM cassou o mandato do prefeito de Envira, Ivon Rates (PSD), e determinou novas eleições. O julgamento terminou empatado em 3 a 3, sendo decidido pelo voto da presidente da corte, Carla Reis. A ação foi movida pela coligação “A História Continua”, que alegou improbidade administrativa devido à rejeição das contas de Rates pelo TCU. Com a decisão, o tribunal deve organizar o novo pleito conforme as regras do TSE.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu investigação sobre a viagem do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a Saint Barthélemy, no Caribe, após denúncias de possível custeamento com recursos públicos. O prefeito nega irregularidades e afirma ter arcado com os custos.
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