De acordo com o vereador Amon Mandel, a Prefeitura de Manaus, comandada por David Almeida, distribuía cestas básicas com itens vencidos e ignorava outras irregularidades
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Manaus | AM
O vereador Amon Mandel (Podemos) denunciou, nesta quarta-feira (11), a Prefeitura de Manaus por distribuir, por meio da Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), cestas básicas com itens vencidos e por ignorar irregularidades envolvendo a aquisição dos produtos. A informação foi repassada pelo parlamentar na manhã desta quarta-feira (11), durante coletiva de imprensa realizada na Câmara Municipal de Manaus (CMM).
Na oportunidade, Amon apresentou um dossiê com 53 páginas onde conta que decidiu fazer um levantamento da documentação da prefeitura relacionada à Semasc – disposta no Portal da Transparência -, e realizar visitas técnicas ‘in loco’ nos Centros de Referência e Assistência Social (Cras) da capital, após inúmeras denúncias da população sobre “cestas básicas fora do prazo de validade, assim como com outras irregularidades ignoradas pela Prefeitura de Manaus”, conforme dossiê.
Ainda de acordo com levantamento feito pelo gabinete do vereador, a cesta básica fornecida pela Semasc custaria em torno de R$ 100 se fosse comprada diretamente em qualquer um dos estabelecimentos consultados, o que resultaria em uma diferença de, aproximadamente, 30% dos R$ 140 praticados no contrato pela Prefeitura de Manaus e que segundo o parlamentar, “deveriam ser destinados a compra de cestas com produtos de maior qualidade e maior quantidade”.
“Além disso, o estudo mostra que caso os produtos fossem comprados pelo menor preço de mercado e juntados posteriormente para formar a cesta básica contratada, o custo seria de R$ 90,84 para cada cesta básica, sem contar o ínfimo custo do plástico das embalagens, o que seria 64,8% inferior ao praticado na licitação referente ao contrato n. 004 da Semasc”, detalhou no dossiê.
Esquema
Amom informou que o processo licitatório envolveu a compra de 15 mil cestas básicas, no entanto, foi concluído de maneira estranha, pois em março de 2021, por meio do Portal de Compras e Licitações da Prefeitura de Manuas, o procedimento ultrapassou o valor de R$ 2,1 milhões.
Segundo o parlamentar, a empresa que ofereceu o menor valor nos lances de preço foi T R do Nascimento Fornecimento de Alimentos Eireli, que ofereceu no certame um dos maiores preços para aquisição das 15 mil cestas básicas. O vereador também informou que a T R foi responsável pela entrega dos produtos ao Cras, que viabilizou a distribuição dos alimentos vencidos às famílias em estado de vulnerabilidade da capital amazonense.
“É triste saber que alguém atestou que esses produtos vencidos e outros bem próximos dos vencimentos, estavam aptos a serem consumidos pela população. Mais grave é saber que essa distribuição continuou ocorrendo sem freio até que soubessem que havíamos descoberto o caso”, afirmou o vereador.
Ouvidoria
Conforme Amom, que também é Ouvidor da CMM, o problema foi descoberto após a Ouvidoria da Casa Legislativa receber diversas denúncias. O vereador destacou que diligências e fiscalizações foram realizadas nos Cras e no Centro de Distribuição da Semasc, onde foram constatadas as irregularidades.
Amom destacou que já fez um requerimento na CMM pedindo a exoneração da secretária da Semasc, Jane Mara, e de se subsecretário, além de cinco servidores que estão envolvidos no esquema. O ouvidor da CMM também informou que já repassou a denúncia para o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM).
*Matéria atualizada às 13h para acréscimo de informações
O ministro Alexandre de Moraes autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro a comparecer à missa de sétimo dia pelo falecimento da mãe de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em Mogi das Cruzes (SP), na próxima segunda-feira (9). A autorização foi solicitada pela defesa de Bolsonaro devido à proibição de contato com Valdemar por conta das investigações da Operação Tempus Veritatis. Bolsonaro está com o passaporte retido e proibido de sair do país por causa das investigações relacionadas à suposta tentativa de golpe e alegada venda irregular de joias.
A Corte Especial do STJ tornou réu o conselheiro do TCE/AM, Ari Moutinho Júnior, por crime de injúria contra a conselheira Yara Amazônia Lins, atualmente presidente do TCE. O caso se refere a outubro de 2023, quando Yara Lins registrou denúncia após ser ofendida e ameaçada por Moutinho Júnior antes da eleição para a presidência do Tribunal. Moutinho Júnior responde a processo que pode resultar em pena de até seis meses de detenção. O ministro relator afirmou que o incidente faz parte de um contexto de disputas políticas e tensões pessoais dentro do Tribunal.
A SEMED assinou dois termos aditivos somando R$ 13,1 milhões para a manutenção e limpeza de sistemas de esgoto em escolas e unidades administrativas. O primeiro contrato, prorrogado por 12 meses, recebeu acréscimo de 24,10%, totalizando R$ 3,4 milhões para estações de tratamento. O segundo, para limpeza de tubulações e fossas, teve acréscimo de 24,99%, somando R$ 9,7 milhões. Ambos os contratos serão executados pela empresa Esgotec Serviços de Transportes Ltda.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu um Procedimento Preparatório para investigar possíveis irregularidades na locação de imóveis pela SEMULSP, que seriam utilizados como galpões para cooperativas de catadores. A SEMULSP não respondeu a solicitações anteriores, e o prefeito David Almeida foi acionado. O MPAM requisitou dados detalhados dos contratos de locação, incluindo beneficiários e condições, para garantir a transparência nas contratações.
O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) definiu o recesso ministerial de 20 de dezembro de 2024 a 6 de janeiro de 2025, com atividades administrativas e judiciais em regime de plantão. Durante o período, serão atendidos apenas casos urgentes, e os prazos processuais estarão suspensos. O funcionamento dos setores e a escala de servidores serão organizados em rodízio, garantindo a continuidade dos serviços essenciais.
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