Parlamentares denunciam autoritarismo e perseguição política no Brasil a congressistas dos EUA

Na terça-feira (12), uma comitiva de parlamentares brasileiros, liderada pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e pelo jornalista Paulo Figueiredo, realizou uma entrevista coletiva nos Estados Unidos, onde denunciaram “autoritarismo judicial e perseguição política aos oposicionistas no Brasil”. Os membros da comitiva foram recebidos por deputados republicanos que se opõem ao governo de Joe Biden.

Durante a coletiva, o deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS) destacou a luta pela liberdade no Brasil e mencionou desafios na democracia e no Estado de Direito. O deputado americano Chris Smith resumiu as violações relatadas pelos brasileiros, incluindo censura, perseguição a políticos e jornalistas nas redes sociais, e citou ações da Suprema Corte e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Smith anunciou uma audiência na Câmara dos Representantes dos EUA para discutir as violações no Brasil e afirmou que cobrará uma posição do governo americano. A visita da comitiva não foi uma visita oficial de Estado, mas representa uma tentativa de aproximação entre parlamentares de direita dos dois países.

Eduardo Bolsonaro mencionou a perseguição contra seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, desde o final de 2022, incluindo investigações e tentativas de prisão. O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) questionou se o Brasil é uma democracia ou ditadura, comparando-o com a Venezuela.

Gayer destacou a falta de liberdade de expressão e criticou a Suprema Corte brasileira. Ele também mencionou que o líder da oposição, deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), não pôde estar presente devido ao seu passaporte ter sido cassado pela Polícia Federal.

Além da entrevista, a comitiva se encontrou com congressistas americanos, incluindo Christopher Smith, que representa Nova Jersey e Maria Elvira Salazar, da Flórida. A Câmara dos Representantes dos EUA emitiu uma nota expressando preocupação com as violações dos direitos humanos no Brasil desde o final de 2022, afirmando que essas ações minaram a democracia e o Estado de Direito no país.