A solicitação baseia-se na suspeita de captação ou gasto ilícito de recursos durante a campanha eleitoral de 2022; denúncia destaca uma série de irregularidades relacionadas ao uso indevido de verbas públicas do fundo eleitoral para o fretamento de aeronaves
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O Ministério Público Eleitoral (MPE), representado pela procuradora regional eleitoral Catarina Sales Mendes de Carvalho, requereu a cassação do mandato do deputado federal Silas Câmara (Republicanos). A solicitação baseia-se na suspeita de captação ou gasto ilícito de recursos durante a campanha eleitoral de 2022. A denúncia destaca uma série de irregularidades relacionadas ao uso indevido de verbas públicas do fundo eleitoral para o fretamento de aeronaves.
O processo está sob responsabilidade do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), e a reprovação das contas do político pelo juiz eleitoral Marcelo Pires Soares, em dezembro de 2022, resultou na determinação de restituição de mais de R$ 319 mil aos cofres públicos. As falhas apontadas incluem a ausência de comprovação dos gastos, a falta de vínculo com a campanha e o transporte de indivíduos não vinculados à disputa eleitoral.
O MP Eleitoral fundamentou a representação nas suspeitas de captação ou gasto ilícito de recursos identificados nas prestações de contas apresentadas pelo deputado ao TRE-AM. As irregularidades destacam-se principalmente nos gastos relacionados ao fretamento de aeronaves, representando 10,28% do total de recursos movimentados pela campanha.
Silas Câmara, em sua defesa, argumentou que a desaprovação das contas não implica automaticamente em gasto ilícito e mencionou a interposição de um recurso. Contrapondo, o MP Eleitoral sustenta que a desaprovação não apenas sugere a possibilidade de captação ou gastos ilícitos, mas também implica em uma reprovação ético-jurídica, indicando que a campanha foi conduzida fora dos padrões legais.
O processo incluiu a oitiva de testemunhas e a apresentação de alegações finais pelo representado após as fases processuais. Silas Câmara possui um histórico controverso em seu mandato como deputado federal, incluindo um acordo de não persecução penal homologado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), em dezembro de 2022. O acordo envolve a confissão do parlamentar sobre o desvio de verbas de gabinete destinadas ao pagamento de assessores entre 2000 e 2001, assim como a nomeação de servidores públicos para serviços particulares.
Condenação por propaganda antecipada
Câmara também já enfrentou uma condenação por propaganda eleitoral antecipada. A Justiça Eleitoral impôs uma multa de R$ 15 mil ao político, ao deputado estadual eleito Dan Câmara, ao vereador Joelson Silva e ao pastor Moisés de Melo e Silva. O Ministério Público Eleitoral moveu o processo, alegando que durante um culto religioso em Manaus, o pastor fez pedidos explícitos de votos em favor dos políticos, violando as regras de propaganda eleitoral. Após a condenação, os envolvidos apresentaram recursos à Justiça Eleitoral, mas foram condenados.
Pela primeira vez desde 2022, petistas e bolsonaristas aparecem empatados em apoio popular, com 35% cada, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 10 e 11 de junho. A queda dos petistas coincide com a crescente reprovação ao governo Lula, enquanto o apoio a Bolsonaro se mantém estável, mesmo após seu julgamento no STF. O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 136 cidades do país, com margem de erro de dois pontos percentuais.
A Prefeitura de Manaus contratou, sem licitação, a empresa MIRAX Segurança LTDA. por R$ 20,7 milhões para serviços de vigilância armada e desarmada. A dispensa se baseia na nova Lei de Licitações, alegando situação emergencial. O contrato visa proteger bens públicos e garantir o funcionamento dos órgãos municipais. A empresa é sediada em Manaus e atua desde 2019 no setor de segurança privada.
O Banco Central elevou a Selic para 15% ao ano, maior nível desde 2006, visando conter a inflação persistente. A medida, porém, encarece o crédito, reduz o consumo e pode comprometer o crescimento econômico. O BC projeta um PIB de 1,9% em 2025, abaixo da estimativa de 2,2% do mercado. A alta da taxa pode pressionar ainda mais a atividade econômica no país.
O conselheiro Josué Cláudio, do TCE-AM, deu prazo de cinco dias úteis para que a Câmara de Manaus se manifeste sobre possíveis irregularidades na tramitação da LDO 2026. A representação, feita pelo vereador José Ricardo, aponta ausência de audiências públicas. O pedido de medida cautelar foi negado inicialmente. A decisão está publicada no Diário Oficial nº 3574, de 16 de junho.
A Prefeitura de Manaus recuou da tentativa de aprovar o Projeto de Lei nº 242/2025, que tornaria obrigatório o uso do cartão PassaFácil por idosos no transporte coletivo. A proposta foi retirada da pauta pelo líder do prefeito, vereador Eduardo Alfaia, após críticas no plenário. Parlamentares de diversos partidos chamaram o projeto de retrocesso. O Executivo justificou a medida como forma de combater fraudes, mas reconheceu a necessidade de mais diálogo.
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