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Legislativo - 13 de novembro de 2021
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Em Portugal, Rodrigo Pacheco critica desmatamento ilegal e defende agricultura sustentável

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, defendeu o combate ao desmatamento ilegal da Amazônia, o estabelecimento de políticas públicas de incentivo às comunidades locais e as inovações tecnológicas

Por: Redação
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Manaus | AM | Agência Senado

Durante o Seminário Agronegócio Sustentável no Brasil e Mostra da Economia Criativa da Amazônia, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (Democratas), disse que o Brasil possui capacidade de desenvolver sua produção de alimentos de forma sustentável, ao mesmo tempo ambientalmente correta e lucrativa.

Ele defendeu o combate ao desmatamento ilegal da Amazônia, o estabelecimento de políticas públicas de incentivo às comunidades locais e as inovações tecnológicas no agronegócio como medidas para atender as metas de controle do clima e garantir o aumento da produtividade no País. O evento ocorreu na manhã desta sexta-feira (12), na capital de Portugal, Lisboa, paralelamente ao último dia da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP26.

De acordo com o presidente do Senado, ao passo que os países negociam o caminho para conter o aumento da temperatura global, é preciso salientar que a redução da emissão de gases do efeito estufa significa também mudar a operação atual da economia.

“Essa mudança engloba da geração de energia à produção de alimentos. E o agronegócio brasileiro tem papel fundamental. E digo com muito orgulho, que se tem algo que o Brasil aprendeu a fazer e faz bem é o agronegócio. E nós temos que tomar muito cuidado com as afirmações, com as iniciativas, que por vezes desprestigiam aquilo de positivo que nós temos no Brasil. E o agronegócio é algo muito positivo no país, que deve ser destacado, que deve ser dito mundo afora. Vejo com muita nitidez uma conscientização absoluta do setor em relação à importância de se preservar o meio ambiente e da absoluta compatibilização desses dois valores: a boa e a alta produtividade com a preservação ambiental”, disse.

Para Pacheco, essa compatibilização só será possível com o combate ao desmatamento ilegal das florestas brasileiras. Ele disse ainda que há diversos locais do Brasil que desenvolvem técnicas e inovações para produzir de forma sustentável. Segundo ele, existem 50 milhões de hectares de terras degradadas no território nacional passíveis de recuperação e posterior uso em reflorestamento ou mesmo no plantio, o que pode inclusive fortalecer o agronegócio.

“O mercado e os créditos de carbono, nos quais quem evita ou captura gases do efeito estufa é remunerado por fazê-lo. Existe igualmente a possibilidade de realizar extrativismo na floresta de modo sustentável, obter lucro a partir do potencial biológico daquele ecossistema sem degradá-lo no processo. Podemos ir muito mais longe, evitando a destruição da Amazônia. É viável obter elevada produtividade e manter aquele bioma intacto. Sem a floresta e sem frear a mudança climática não há futuro de longo prazo para o nosso agronegócio”

Ele também destacou a importância de uma política pública que estimule a conscientização e subsistência das comunidades locais para manter a floresta em pé.

“Enquanto não houver uma mobilização das comunidades, muitas delas pobres, com dificuldade inclusive de sua própria subsistência, enquanto não houver o estímulo para que essas pessoas, por si, sejam remuneradas para poder preservar esse ativo e possam sobreviver da floresta e entendendo que mais vale a floresta em pé do que a floresta deitada, nós não teremos uma solução eficaz do problema do desmatamento ilegal no Brasil. Portanto, as políticas públicas e a participação do governo, sob a fiscalização do Congresso Nacional, devem permitir as condições de enfrentamento e de combate ao que é um desvio de conduta, social e jurídico, que é desmatamento ilegal da Amazônia”, declarou.

Acordos internacionais

Na avaliação de Rodrigo Pacheco, para que os países em desenvolvimento possam desenvolver uma economia sustentável e controlar a emissão de gases de efeito estufa é preciso que os acordos internacionais de auxílio a essas nações sejam mantidos. Ele citou decisões de conferências mundiais anteriores que fixaram repasses na ordem de US$ 100 bilhões por ano a países em desenvolvimento.

“Não se exige filantropia, ajuda ou algo gratuito ou dadivoso. Mas uma compensação mundial, histórica em razão de uma grande evolução dos países desenvolvidos que desmataram suas florestas, que buscaram desenvolvimento, que buscaram aumentar o PIB e aumentar a renda per capta de seus cidadãos”.

Pacheco ainda alertou para o fato de outros acordos internacionais, que podem beneficiar o Brasil, não serem formalizados em razão do desmatamento ilegal. “Essa lógica precisa mudar e essa realidade precisa ser transformada. A ratificação do tratado Mercosul-União Europeia pode significar a eliminação de quatro bilhões de euros em tarifas de importação e depende de ações concretas contra essa mudança climática. Sem isso, será difícil de ser validado. Portanto, há uma necessidade de mobilização geral nossa para que haja a ratificação desse acordo a partir da mudança desses parâmetros, algo perfeitamente possível”, ressaltou.

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Notas do Poder

26/07
13:13

CONVENÇÃO DO AVANTE

O prefeito de Manaus e pré-candidato à reeleição, David Almeida (Avante), confirmou que a convenção do seu partido será no próximo dia 3 de agosto, às 19 horas, no Espaço Via Torres. Os partidos Avante, PSD, MDB, DC e AGIR estão articulados para apoiar sua reeleição, com outros partidos em tratativas. O anúncio do vice-prefeito ocorrerá próximo à convenção, com possíveis candidatos sendo Renato Júnior, Capitão William Dias e Shádia Fraxe. Almeida busca um vice com um perfil semelhante ao de seu atual vice, Marcos Rotta, elogiando sua lealdade e contribuição.

26/07
13:12

PREFEITO MULTADO

O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) multou o prefeito de Barreirinha, Glênio Seixas (MDB), em R$ 13.600 devido à contratação irregular do cantor Raí Saia Rodada para a décima quinta Exposição e Feira Agropecuária de Barreirinha. A denúncia do Ministério Público de Contas (MPC) apontou a falta de licitação na contratação, violando princípios de transparência e competitividade. O TCE-AM também identificou falhas no cumprimento da Lei de Acesso à Informação pelo prefeito. Seixas tem 30 dias para pagar a multa, sob pena de inscrição em dívida ativa e possível cobrança judicial.

26/07
13:12

TSE REAGE A MADURO

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu não enviar representantes para acompanhar as eleições presidenciais na Venezuela, programadas para domingo (28). A decisão foi tomada após Nicolás Maduro, candidato à reeleição e ditador da Venezuela, afirmar que as eleições no Brasil não são auditadas. O TSE reforçou a segurança e a auditabilidade das urnas eletrônicas brasileiras e classificou as declarações de Maduro como falsas. Inicialmente, o TSE havia designado dois especialistas para a missão, mas cancelou após as declarações desrespeitosas. Maduro enfrenta acusações de repressão e restrição de liberdade no período eleitoral.

26/07
13:09

VICE DE AMOM

No processo de escolha do vice-prefeito na chapa PSD-Cidadania de Amom Mandel, o nome de Virgílio Melo, secretário-geral do PSDB-AM, “corre por fora” como uma possível surpresa. Embora não seja o favorito, Virgílio tem uma sólida experiência em gestão e é confiável para o senador Plínio Valério. Outros candidatos considerados são a juíza aposentada Maria Eunice Torres do Nascimento, o ex-deputado Humberto Michiles e o ex-deputado Ricardo Nicolau, com este último enfrentando resistência familiar para retornar à política. A decisão será anunciada na convenção partidária marcada para o próximo dia 30, no Clube do Trabalhador do SESI em Manaus.

26/07
13:07

HANG CONDENADO

Luciano Hang, proprietário da Havan, foi condenado a 1 ano e 4 meses de regime semiaberto, 4 meses de serviço comunitário e multa de 35 salários-mínimos pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. A condenação é por “difamação” e “injúria” contra o arquiteto Humbert Hickel, após Hang chamá-lo de “esquerdopata” e sugerir que ele “vá a Cuba”. Hickel havia liderado uma campanha contra uma estátua da Liberdade em frente à loja Havan em Canela (RS). Hang defende sua liberdade de expressão e critica Hickel, alegando que ele está distorcendo os fatos para ganhar fama.

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