O possível envolvimento do prefeito David Almeida foi divulgado no passado, em um relatório veiculado em reportagem no site Metrópoles
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MANAUS | AM
Os deputados estaduais Wilker Barreto (Cidadania) e Daniel Almeida (Avante) protagonizaram uma discussão acalorada, nesta quinta-feira (16), sobre o caso que apontou, em 2022, a existência de uma aliança entre o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e a facção criminosa Comando Vermelho (CV).
O possível envolvimento do gestor foi divulgado no passado, em um relatório veiculado em reportagem no site Metrópoles, que sugere que a campanha do político, em 2020, tenha destinado cerca de R$ 70 mil aos integrantes da facção. A denúncia foi levada para debate na tribuna da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), nesta quinta-feira, pelo deputado Wilker Barreto, que cobra investigações.
O possível envolvimento do prefeito de Manaus com a facção ganhou repercussão nacional em outubro do ano passado. Segundo reportagem do site Metrópoles, a denúncia está contida em relatório de inteligência elaborado pela Secretaria Executiva Adjunta de Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Manaus, obtido com exclusividade pela coluna Na Mira.
A reportagem mostra que a possível existência de um elo entre os então candidatos a prefeito e vice-prefeito, David Almeida e Marcos Rotta e os narcotraficantes aparece em uma gravação obtida por quebra telemática em um aparelho apreendido. No áudio registrado em outubro de 2020, segundo o site, um servidor da prefeitura fala supostamente com um assessor de David Almeida e Marcos Rotta, a fim de marcar reunião no sentido de acertar valores para compra de votos, conforme sugere a apuração.
Em sessão na Aleam nesta quinta, Barreto mostrou o título da reportagem do Metrópoles e questionou a falta de apuração sobre o caso. “Eu não estou adentrando se o relatório tem ou não veracidade. Estou querendo entender o porque que o relatório de uma inteligência concluso no dia 4 de novembro de 2020, ou seja, em pleno período eleitoral, não foi encaminhado ao Ministério Público Eleitoral ? Por que esse relatório só foi encaminhado em junho de 2021 ao órgão ministerial? Quem prevaricou? Se vai apontar veracidade ou não, precisa de investigação. O que estou querendo cobrar é em que pé se encontra a investigação”, declarou.
Em seguida, durante grande expediente, o parlamentar também fez críticas ao programa ‘Asfalta Manaus’, criado na atual gestão da Prefeitura de Manaus. Para o deputado, a iniciativa não possui transparência e tem serviço de péssima qualidade. Wilker Barreto chega convocar Daniel Almeida, dando espaço para o colega “apartear” as falas, se este quisesse.
Em um primeiro momento, Daniel Almeida afirma: “não vou apartear, não quero discussão. Esta casa não é para isso”. Wilker, por outro lado, insiste: “Se vossa excelência não quer debater comigo, eu é que não sou plateia. O momento é agora, porque este deputado aqui está acusando formalmente a prefeitura de Manaus de estar lesando o contribuinte e estou trazendo as provas”.
Já durante tempo de fala do Avante, Daniel Almeida decide responder Wilker Barreto e ironiza o deputado, citando que o colega de parlamento tem diversos processos na Justiça, inclusive, por calúnia. O irmão do prefeito chamou Barreto do Cidadania de “Leão de chácara”, quando Wilker Barreto atuava na gestão do ex-prefeito Arthur Virgílio Neto (PSDB).
“O ‘leão de chácara’ que a gente vê aqui era um ‘gatinho’. Quando é com os amigos dele, ele se cala. E agora, com o período eleitoral, que está se aproximando, por motivos eleitoreiros vem caluniar o prefeito que mais trabalhou nessa cidade. Mas é assim mesmo, a gente já conhece seu modus operante, seu Wilker. Vou usar as suas frases para entrar com um processo administrativo contra o senhor na Comissão de Ética, porque não é a primeira vez que o sr. ofende pessoas por motivos eleitoreiros”, rebateu.
O bate boca dura praticamente durante todo o tempo de pronunciamento dos deputados no grande expediente, que tem 20 minutos. Daniel, apesar de reforçar que a Aleam não é “lugar de intrigas e sim para tratar de assuntos destinados à melhorias” do Amazonas, conclui sua declaração pedindo para que Wilker Barreto “vire homem”.
“Diante da grave denúncia que fez ao meu irmão, prefeito dessa cidade, de querer falar que nós temos envolvimento com o tráfico de drogas, você passou dos limites e isso não se faz com famílias, isso não se faz com pessoas! Se o senhor quiser ser prefeito dessa cidade, se candidate. Se o povo votar, o senhor vai ser prefeito. O sr. não precisa atacar famílias, não precisa mexer nem caluniar famílias. Seja homem, sejam homem, deputado. Honre a sua mãe!”, conclui Almeida.
Em seguida, a discussão é interrompida pelo presidente em exercício da sessão, o deputado Delegado Pablo (União Brasil). “Eu peço aos nobres colegas que mantenham um debate saudável e respeitoso entre vocês dois”.
Wilker Barreto, no entanto, volta a entrar no assunto: “O que eu faço aqui, vossa excelência não tem coragem de fazer. Eu não caluniei seu irmão. Se a verdade dói, paciência. Se não quiser debater comigo, denuncie”.
“O que este deputado está cobrando aqui investigação. Agora, se vossa excelência quer gastar o papel e mandar para Comissão de Ética, pode ficar à vontade”, continou
Ao final, Wilker acusa Daniel Almeida de atuar na Aleam à mando do irmão: “Se vossa excelência não tiver tamanho para debater, eu não perco meu tempo. Estou aqui para debater! Não nego que fui líder do Amazonino, que fui líder do Arthur [Virgílio Neto] e que também já briguei com os dois; porque na minha mão ninguém pega. O meu [mandato], deputado, é do povo. O seu pertence ao seu irmão, que usou uma máquina de prefeitura para lhe colocar aqui”, disparou.
O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) manteve a decisão que obriga o ex-prefeito de Autazes, Andreson Cavalcante, a entregar documentos sobre a transição de governo após denúncia de irregularidades apresentada por Willian Menezes. A decisão, conduzida pelo conselheiro Júlio Assis Pinheiro, prevê penalidades em caso de descumprimento.
A Manauscult renovou um contrato de R$ 2,6 milhões para a locação de um container por seis meses, com validade até junho de 2025. O contrato, firmado pelo secretário Jender Lobato, atende às demandas de eventos coordenados pela fundação, embora o uso exato do item não tenha sido detalhado.
O prefeito de Presidente Figueiredo, Antonio Fernando Fontes Vieira (PL), anunciou nesta segunda-feira (13) o início do processo de reestruturação do município, diante dos problemas deixados pela gestão anterior da ex-prefeita Patrícia Lopes (União).
Multado em R$ 5 mil pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM), o ex-candidato a prefeito de Coari, Raione Cabral (Mobiliza), foi penalizado por veicular propaganda eleitoral antecipada. Movida pelo pela coligação “Coari Rumo ao Futuro”, a ação do então candidato Adail Pinheiro (Republicanos), foi publicada no Diário de Justiça Eleitoral.
O desembargador Jomar Ricardo Saunders Fernandes tomou posse como presidente do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), ao lado de Airton Luís Corrêa Gentil, como vice-presidente, para o biênio 2025/2026, durante cerimônia realizada nesta quinta-feira (9) no Teatro Amazonas.
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