Delegação brasileira desembarca em Bruxelas para expor ‘abusos do Judiciário’ à União Europeia

Nesta terça-feira, 9, uma delegação formada por oito deputados brasileiros de direita aterrissou em Bruxelas, capital da Bélgica, com o propósito declarado de expor na União Europeia (UE) suas inquietações sobre o que classificam como uma tendência autoritária do Judiciário brasileiro, além de outras questões internas do país.

Os parlamentares Eduardo Bolsonaro (PL-SP), Gustavo Gayer (PL-GO), Bia Kicis (PL-DF), Júlia Zanata (PL-SC), Coronel Ulysses (União-AC), Ricardo Salles (PL-SP), Débora Menezes (PL-AM), e Marcos Pollon (PL-MS) integram a comissão que pretende, entre outras atividades, participar de seminários e encontros para discutir a situação política e social brasileira.

A agenda dos congressistas inclui a participação no seminário intitulado “Brasil: A repressão de Lula ao Estado de Direito” e reuniões com eurodeputados no Parlamento Europeu, situado em Bruxelas. Além disso, está prevista para a próxima quinta-feira, 11, uma visita à cidade de Haia, na Holanda, onde os parlamentares planejam apresentar no Tribunal Penal Internacional uma denúncia contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, acusando-o de praticar tortura contra detentos nas manifestações de 8 de janeiro de 2023.

Este movimento ocorre após uma visita similar a Washington D.C., nos Estados Unidos, no mês anterior, onde um conjunto de deputados fez denúncias semelhantes às autoridades americanas. A comitiva é acompanhada por um grupo de jornalistas e influenciadores digitais, como Marco Antônio Costa, Lidiane Pacheco, Karina Michelin, Jamile Davies e o português Sérgio Tavares, reforçando a estratégia de comunicação desta missão.

Marcel van Hattem (Novo-RS), que inicialmente faria parte da delegação, decidiu ficar no Brasil após a divulgação dos “Twitter Files”, mostrando a complexidade e a multiplicidade de visões dentro do próprio grupo. A missão dos parlamentares em Bruxelas e posteriormente em Haia destaca a intensificação dos esforços por parte de setores da política brasileira para internacionalizar suas críticas ao cenário político e judicial do Brasil.