O deputado federal Luís Miranda foi investigado no conselho a pedido do PTB, que pediu abertura de processo por considerar que o parlamentar agiu de má-fé ao denunciar “um suposto crime cometido por agente do Estado”, no caso da compra da vacina Covaxin
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Manaus | AM | Agência Brasil
O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (3), por 13 votos a favor e um contra, arquivar o processo contra o deputado Luís Miranda (DEM-DF) por quebra de decoro parlamentar. Miranda foi investigado no conselho a pedido do PTB, que pediu abertura de processo por considerar que o deputado agiu de má-fé ao denunciar “um suposto crime cometido por agente do Estado”, no caso da compra da vacina Covaxin.
O caso mostrou a tentativa de superfaturamento na compra do imunizante e foi relevado a partir dos desdobramentos das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, no Senado Federal. Em depoimento à comissão, Miranda disse que o irmão, que é servidor do Ministério da Saúde, sofreu pressões para liberar a importação da vacina Covaxin. Na ocasião, o parlamentar disse ter levado o relato do irmão até o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em março, mas que nenhuma providência teria sido tomada desde então.
O PTB pediu a cassação do mandato de Miranda, mas os deputados acompanharam o parecer do relator, Gilberto Abramo (Republicanos-MG), que pediu o arquivamento do processo. Abramo, que inicialmente havia se posicionado pela continuidade das investigações, disse que mudou o posicionamento diante de novas explicações da defesa do deputado e de um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que apontou não ter encontrado indícios de que Miranda agiu de má-fé no caso.
“Mostra-se imperiosa a finalização desse expediente. Tendo em vista o teor do parecer da PGR e novo aditamento da defesa, voto pela ausência de admissibilidade e arquivando por conseguinte o presente expediente”, disse Abramo.
Ricardo Barros
Na reunião desta quarta-feira também estava pautado o processo contra o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), por quebra de decoro parlamentar. Mas um pedido de vista dos deputados Hiran Gonçalves (PP-RR) e Ivan Valente (PSol-SP) adiou a votação do relatório.
O deputado é investigado no colegiado por suposto envolvimento em negociações envolvendo a compra superfaturada da vacina Covaxin. Em depoimento à CPI da Pandemia, o deputado federal Luís Miranda disse que o nome de Barros havia sido citado, em março, durante encontro dele e do seu irmão, Luís Ricardo Miranda, com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada.
O Psol, autor da representação contra Barros, argumentou que o deputado feriu o decoro parlamentar por ter abusado das “prerrogativas constitucionalmente asseguradas aos representantes do povo, ao fazer uso abusivo de sua posição de parlamentar líder do governo para negociar vantagens alheias aos interesses públicos, para si próprio e para a Precisa Medicamentos, empresa intermediária da Covaxin”. A legenda também defendeu a perda do mandato do deputado.
O relator do processo, deputado Cezinha Madureira (PSD-SP), também pediu o arquivamento do processo com o argumento de que a representação não “traz quaisquer elementos mínimos comprobatórios da efetiva ocorrência de ilegalidades em processo de compra de vacinas, tampouco apresenta inícios mínimos da participação” de Barros no caso.
O deputado Ivan Valente (PSol-SP) defendeu a continuidade das investigações. De acordo com Valente, essa etapa do processo no Conselho de Ética é preliminar e trata apenas da admissibilidade do caso. Com a continuidade, Barros teria como explicar melhor o seu possível envolvimento no caso. “Ele (Barros) tem uma tribuna para se defender aqui de acusações tão pesadas”, disse. “Não se trata de coisa pequena, mas de R$ 1,6 bilhão, de adiantamento, de paraíso fiscal, de apresentação de emendas. É grave, sim”, acrescentou Valente.
Em depoimento à CPI, em agosto, Ricardo Barros afirmou que nunca tratou do assunto da compra da Covaxin com o presidente Bolsonaro e negou que tenha tentado privilegiar a empresa Precisa Medicamentos. “Nunca tratei este assunto com o presidente Bolsonaro, porque acho que ele está absolutamente correto em não responder ao deputado Luis Miranda. É apenas uma versão que o deputado Luis Miranda colocou e que foi repetida muitas vezes. O presidente não pode desmentir o que ele nunca disse, nunca tratei com ele sobre esse tema. Está correto em não responder ao parlamentar Luis Miranda, que quebrou a sua confiança”, disse à época.
Uma denúncia aponta um possível direcionamento de licitação para a empresa Hapvida em janeiro deste ano. O vereador Carpê Andrade questionou a falta de transparência no processo e a ausência da publicação do edital no Diário Oficial. Em resposta, o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) abriu uma investigação e avalia a possibilidade de suspender o processo até a conclusão da análise.
O prefeito de Novo Aripuanã autorizou a compra de fardamento escolar no valor de R$ 1,8 milhão a apenas 24 dias do fim do ano letivo. A licitação beneficiou a empresa R. G. Xavier Guimarães Ltda, gerando questionamentos sobre a urgência e a necessidade da medida, especialmente considerando o encerramento do mandato e das atividades escolares.
O Supremo Tribunal Federal (STF) julgará em dezembro um recurso da defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro que busca afastar o ministro Alexandre de Moraes do processo que apura a tentativa de golpe de Estado. Os advogados alegam suspeição, argumentando que Moraes atua como “vítima e julgador” no caso. O pedido já havia sido rejeitado anteriormente pelo ministro Luís Roberto Barroso. O julgamento será realizado no plenário virtual do STF.
O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) julgou irregulares as contas da Câmara Municipal de Juruá referentes ao ano de 2014, responsabilizando o ex-presidente Raimundo Marcondes. O julgamento resultou na aplicação de multas e na determinação de devolução de R$ 306,8 mil, sendo R$ 293,2 mil em alcance e R$ 13,6 mil em multas. As irregularidades identificadas incluíram falhas em processos licitatórios e a falta de comprovação de gastos. Na mesma sessão, o TCE-AM também analisou as contas do Fundo de Previdência dos Servidores Públicos de Maués (FUNPEQ) de 2021, aplicando multas aos gestores responsáveis por irregularidades constatadas.
A Secretaria Municipal de Educação (Semed) firmou um contrato de locação de R$ 2,2 milhões por 60 meses para o funcionamento do CMEI Ailton Roth, localizado na Zona Norte de Manaus. O imóvel será alugado sem licitação, conforme publicado no Diário Oficial de 21 de novembro de 2024. O locador, José Rodrigues Mourão, aparece nos registros como pensionista e professor aposentado, mas não é possível confirmar se é a mesma pessoa. O imóvel foi utilizado pela prefeitura de 2011 a 2012 por R$ 175 mil. O contrato foi assinado pelo secretário em exercício, Lourival Litaiff.
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