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Legislativo - 03 de novembro de 2021
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Conselho de Ética arquiva processo contra o deputado Luís Miranda

O deputado federal Luís Miranda foi investigado no conselho a pedido do PTB, que pediu abertura de processo por considerar que o parlamentar agiu de má-fé ao denunciar “um suposto crime cometido por agente do Estado”, no caso da compra da vacina Covaxin

Por: Redação
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Manaus | AM | Agência Brasil

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados decidiu, nesta quarta-feira (3), por 13 votos a favor e um contra, arquivar o processo contra o deputado Luís Miranda (DEM-DF) por quebra de decoro parlamentar. Miranda foi investigado no conselho a pedido do PTB, que pediu abertura de processo por considerar que o deputado agiu de má-fé ao denunciar “um suposto crime cometido por agente do Estado”, no caso da compra da vacina Covaxin.

O caso mostrou a tentativa de superfaturamento na compra do imunizante e foi relevado a partir dos desdobramentos das investigações da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, no Senado Federal. Em depoimento à comissão, Miranda disse que o irmão, que é servidor do Ministério da Saúde, sofreu pressões para liberar a importação da vacina Covaxin. Na ocasião, o parlamentar disse ter levado o relato do irmão até o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), em março, mas que nenhuma providência teria sido tomada desde então.

O PTB pediu a cassação do mandato de Miranda, mas os deputados acompanharam o parecer do relator, Gilberto Abramo (Republicanos-MG), que pediu o arquivamento do processo. Abramo, que inicialmente havia se posicionado pela continuidade das investigações, disse que mudou o posicionamento diante de novas explicações da defesa do deputado e de um parecer da Procuradoria-Geral da República (PGR) que apontou não ter encontrado indícios de que Miranda agiu de má-fé no caso.

“Mostra-se imperiosa a finalização desse expediente. Tendo em vista o teor do parecer da PGR e novo aditamento da defesa, voto pela ausência de admissibilidade e arquivando por conseguinte o presente expediente”, disse Abramo.

Ricardo Barros

Na reunião desta quarta-feira também estava pautado o processo contra o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), por quebra de decoro parlamentar. Mas um pedido de vista dos deputados Hiran Gonçalves (PP-RR) e Ivan Valente (PSol-SP) adiou a votação do relatório.

O deputado é investigado no colegiado por suposto envolvimento em negociações envolvendo a compra superfaturada da vacina Covaxin. Em depoimento à CPI da Pandemia, o deputado federal Luís Miranda disse que o nome de Barros havia sido citado, em março, durante encontro dele e do seu irmão, Luís Ricardo Miranda, com o presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada.

O Psol, autor da representação contra Barros, argumentou que o deputado feriu o decoro parlamentar por ter abusado das “prerrogativas constitucionalmente asseguradas aos representantes do povo, ao fazer uso abusivo de sua posição de parlamentar líder do governo para negociar vantagens alheias aos interesses públicos, para si próprio e para a Precisa Medicamentos, empresa intermediária da Covaxin”. A legenda também defendeu a perda do mandato do deputado.

O relator do processo, deputado Cezinha Madureira (PSD-SP), também pediu o arquivamento do processo com o argumento de que a representação não “traz quaisquer elementos mínimos comprobatórios da efetiva ocorrência de ilegalidades em processo de compra de vacinas, tampouco apresenta inícios mínimos da participação” de Barros no caso.

O deputado Ivan Valente (PSol-SP) defendeu a continuidade das investigações. De acordo com Valente, essa etapa do processo no Conselho de Ética é preliminar e trata apenas da admissibilidade do caso. Com a continuidade, Barros teria como explicar melhor o seu possível envolvimento no caso. “Ele (Barros) tem uma tribuna para se defender aqui de acusações tão pesadas”, disse. “Não se trata de coisa pequena, mas de R$ 1,6 bilhão, de adiantamento, de paraíso fiscal, de apresentação de emendas. É grave, sim”, acrescentou Valente.

Em depoimento à CPI, em agosto, Ricardo Barros afirmou que nunca tratou do assunto da compra da Covaxin com o presidente Bolsonaro e negou que tenha tentado privilegiar a empresa Precisa Medicamentos. “Nunca tratei este assunto com o presidente Bolsonaro, porque acho que ele está absolutamente correto em não responder ao deputado Luis Miranda. É apenas uma versão que o deputado Luis Miranda colocou e que foi repetida muitas vezes. O presidente não pode desmentir o que ele nunca disse, nunca tratei com ele sobre esse tema. Está correto em não responder ao parlamentar Luis Miranda, que quebrou a sua confiança”, disse à época.

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Notas do Poder

26/07
13:13

CONVENÇÃO DO AVANTE

O prefeito de Manaus e pré-candidato à reeleição, David Almeida (Avante), confirmou que a convenção do seu partido será no próximo dia 3 de agosto, às 19 horas, no Espaço Via Torres. Os partidos Avante, PSD, MDB, DC e AGIR estão articulados para apoiar sua reeleição, com outros partidos em tratativas. O anúncio do vice-prefeito ocorrerá próximo à convenção, com possíveis candidatos sendo Renato Júnior, Capitão William Dias e Shádia Fraxe. Almeida busca um vice com um perfil semelhante ao de seu atual vice, Marcos Rotta, elogiando sua lealdade e contribuição.

26/07
13:12

PREFEITO MULTADO

O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) multou o prefeito de Barreirinha, Glênio Seixas (MDB), em R$ 13.600 devido à contratação irregular do cantor Raí Saia Rodada para a décima quinta Exposição e Feira Agropecuária de Barreirinha. A denúncia do Ministério Público de Contas (MPC) apontou a falta de licitação na contratação, violando princípios de transparência e competitividade. O TCE-AM também identificou falhas no cumprimento da Lei de Acesso à Informação pelo prefeito. Seixas tem 30 dias para pagar a multa, sob pena de inscrição em dívida ativa e possível cobrança judicial.

26/07
13:12

TSE REAGE A MADURO

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu não enviar representantes para acompanhar as eleições presidenciais na Venezuela, programadas para domingo (28). A decisão foi tomada após Nicolás Maduro, candidato à reeleição e ditador da Venezuela, afirmar que as eleições no Brasil não são auditadas. O TSE reforçou a segurança e a auditabilidade das urnas eletrônicas brasileiras e classificou as declarações de Maduro como falsas. Inicialmente, o TSE havia designado dois especialistas para a missão, mas cancelou após as declarações desrespeitosas. Maduro enfrenta acusações de repressão e restrição de liberdade no período eleitoral.

26/07
13:09

VICE DE AMOM

No processo de escolha do vice-prefeito na chapa PSD-Cidadania de Amom Mandel, o nome de Virgílio Melo, secretário-geral do PSDB-AM, “corre por fora” como uma possível surpresa. Embora não seja o favorito, Virgílio tem uma sólida experiência em gestão e é confiável para o senador Plínio Valério. Outros candidatos considerados são a juíza aposentada Maria Eunice Torres do Nascimento, o ex-deputado Humberto Michiles e o ex-deputado Ricardo Nicolau, com este último enfrentando resistência familiar para retornar à política. A decisão será anunciada na convenção partidária marcada para o próximo dia 30, no Clube do Trabalhador do SESI em Manaus.

26/07
13:07

HANG CONDENADO

Luciano Hang, proprietário da Havan, foi condenado a 1 ano e 4 meses de regime semiaberto, 4 meses de serviço comunitário e multa de 35 salários-mínimos pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. A condenação é por “difamação” e “injúria” contra o arquiteto Humbert Hickel, após Hang chamá-lo de “esquerdopata” e sugerir que ele “vá a Cuba”. Hickel havia liderado uma campanha contra uma estátua da Liberdade em frente à loja Havan em Canela (RS). Hang defende sua liberdade de expressão e critica Hickel, alegando que ele está distorcendo os fatos para ganhar fama.

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