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Legislativo - 04 de agosto de 2021
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Bancada do Amazonas, em Brasília, diverge sobre a votação da PEC do voto impresso auditável

Marcelo Ramos (PL), Bosco Saraiva (Solidariedade) , Capitão Alberto Neto (Republicanos) e Sidney Leite (PSD), integrantes da bancada do Amazonas, em Brasília, falam sobre voto impresso auditável

Por: Redação
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Manaus | AM

Às vésperas da votação do texto do relator, deputado Filipe Barros (PSL-PR), sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) do voto impresso auditável, que ocorre nesta quinta-feira (5), em Brasília, os deputados federais do Amazonas Capitão Alberto Neto (Republicanos), Sidney Leite (PSD), Bosco Saraiva (Solidariedade) e Marcelo Ramos (PL) divergem sobre a possível mudança.

Marcelo Ramos, que é vice-presidente da Câmara Federal, classifica Bolsonaro como “fanfarrão”, principalmente, em relação a atitude de dizer que não ocorrerão eleições em 2022, caso a PEC do voto impresso auditável não passe pelo Poder Legislativo. “Teremos eleição e o eleito será empossado. Não é a vontade do presidente que diz como será a eleição, é a Constituição. Só o Legislativo pode decidir isso e decidirá amanhã (quinta-feira), mantendo o atual sistema de votação”, afirmou Ramos.

Para o deputado Bosco Saraiva, “quem define as eleições no Brasil é Constituição Federal e o resto é fofoca”. A resposta dele vai de encontro com a fala de Bolsonaro, que afirma que não acontecerá o pleito no ano que vem se a proposta do voto auditável não passar pela Câmara.

O deputado federal Sidney Leite destacou, por meio da assessoria de imprensa, que é a favor do voto auditável, mas sobre o voto impresso têm ressalvas. Segundo o parlamentar, o Brasil já viu que o voto impresso era a pior coisa que o País tinha relacionado à corrupção.

“Sou a favor de tudo aquilo que a gente possa inibir a corrupção. Temos histórias de candidato que dormiu eleito e acordou derrotado, faltando pouca coisa para ser apurado. Isso é inaceitável. Nós não podemos retroceder. Ainda mais em um momento como esse em que muito se fala de fraude, mas sem nenhuma comprovação”, disse Leite.

Ainda de acordo com Leite, a urna eletrônica dá transparência e segurança. “Se nós pudermos melhorar, se tivermos instrumento nessa direção de aperfeiçoamento, que façamos. Mas, voto impresso, não. Isso é uma coisa muito temerária, muito perigosa. Precisamos buscar outras soluções para melhorar o sistema, garantir a transparência e, se for o caso, auditar. Sou contra esta proposta de voto impresso, sou a favor da lisura e da transparência do voto. Dizer que o voto impresso vai garantir a auditoria do voto é um erro. Pelo contrário, o voto impresso abriria mais brechas para a corrupção eleitoral”, frisou o parlamentar.

Proteção e fortalecimento

Segundo o parlamentar Capitão Alberto Neto, a PEC do voto impresso auditável não é um ataque a democracia, muito pelo contrário é uma proteção e fortalecimento dela. “Você ter a contra-prova, ter o poder de auditar publicamente os votos, a população ter a certeza de que o mais votado vai vencer a eleição e vai governar o nosso País, vai virar senador, deputado, isso é importante. Nós sabemos que os meios eletrônicos tem suas falhas e precisamos aperfeiçoar”, informou o deputado federal.

Alberto Neto ressalta que o Judiciário tem que se ater ao que o Congresso votar, e não ficar fazendo militância política. O deputado federal explica que o embate entre o Judiciário e o Poder Executivo, e até mesmo com o Legislativo, não é bom para a democracia brasileira. “Nós precisamos parar com isso. É muito ruim o ministro Roberto Barroso abrir um inquérito contra o presidente e tornar o nosso presidente inelegível, enquanto, um corrupto que foi condenado em segunda instância, o ex-presidente (Lula), o Supremo o tornou elegível”, disse.

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BOLSONARO EM VELÓRIO

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