À medida que as investigações avançam, uma tendência emerge: a crescente tentativa de criminalizar o movimento político de direita no país
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Os recentes casos investigados pela Polícia Federal (PF) no Brasil, que envolvem políticos de diversos espectros ideológicos, especialmente da direita, podem sinalizar uma tendência de tentativa de criminalização do movimento político. À medida que as investigações avançam, a linha tênue entre justiça e interesses políticos levanta questionamentos sobre a integridade das instituições e o papel da lei na esfera política brasileira.
Na semana passada, o deputado Carlos Jordy (PL) tornou-se alvo de uma operação da PF, alegando ser vítima de perseguição política. Em conversa com o site O Poder, o advogado e analista político Anderson Fonseca observou as mudanças e pontuou uma inclinação mais à esquerda e uma forte propensão para investigar ações da direita, um desvio significativo em relação aos anos anteriores.
Fonseca observou que é inerente conduzir investigações para esclarecer esta nova dinâmica política. As atuais operações evidenciam uma fase política distinta e indicam que as mudanças no governo exercem impacto direto nas investigações em andamento. Ele argumentou que o significativo aumento de mandados de busca e apreensão emitidos recentemente pode ser justificado pela necessidade de uma análise mais aprofundada e se assemelham a um ciclo anterior. Durante a administração passada do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a Polícia Federal desempenhou papel ativo em questões envolvendo o PT e outros partidos de esquerda. Agora, com um presidente alinhado à esquerda (do PT), as investigações se direcionam para as atividades políticas opostas.
“Temos observado um ciclo na primeira parte, na gestão passada do ex-presidente Jair Bolsonaro. Tivemos uma grande participação das atividades da Polícia Federal em relação ao PT e aos partidos de esquerda. Agora, estamos em um novo ciclo, considerando que temos um presidente alinhado à esquerda, do PT, investigando as atividades do que seria seu contrário na arena política. Nesse sentido, as operações que estão ocorrendo”, observou.
Fortalecimento da direita
O analista ressaltou a firmeza do pensamento dos apoiadores de Jair Bolsonaro e de outros setores da direita. Ele enfatizou a perspectiva de que eventos adversos possam ser habilmente utilizados como narrativa para fortalecer e ampliar o respaldo a essas ideias. Nesse contexto, existe a probabilidade de os adeptos da direita interpretarem tais acontecimentos como perseguição política, tanto por parte da Polícia Federal quanto de outras instituições policiais do país. O analista sugeriu que esses episódios, embora inicialmente pareçam desfavoráveis, têm o potencial de fortalecer o discurso desses grupos, consolidando posições e mobilizando mais apoio diante da percepção de uma ameaça à sua causa.
“Isso é muito prematuro para afirmarmos neste momento. No entanto, sempre há uma certa repercussão. Apesar disso, notamos que os seguidores de Jair Bolsonaro, do PL, da direita e da extrema direita no Brasil, de certa forma, são firmemente enraizados nesse pensamento. Situações desse tipo, embora possam parecer negativas, também podem servir como narrativa para aumentar o envolvimento dessas pessoas e demonstrar uma suposta perseguição política, inclusive da Polícia Federal e das instituições de polícia do nosso país, a esse pensamento mais arraigado na extrema direita. Com isso, podem não apenas manter, mas até angariar novos apoios e fortalecer seu discurso. Como mencionei, apesar de ser prematuro qualquer análise nesse sentido, o que observamos é exatamente essa tendência de utilizar isso como uma narrativa para reforçar posições e mostrar que estão sendo perseguidos, necessitando assim se fortalecer”, concluiu.
Operações com alvos na direita
A Polícia Federal contabilizou, em um ano de investigações desde os eventos de 8/1, 23 fases da Operação ‘Lesa Pátria’, que consolidou 97 mandados de prisão preventiva, 313 mandados de busca e apreensão, e a apreensão de bens que totalizam aproximadamente R$ 11.692.820,29 (onze milhões, seiscentos e noventa e dois mil, oitocentos e vinte reais e vinte e nove centavos). As investigações, de acordo com a PF, seguem em andamento.
Na décima fase, as detenções envolveram, pelo menos, quatro membros do partido vinculado ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os indivíduos foram apreendidos por participação em eventos ocorridos em 8 de janeiro. Três deles foram candidatos nas eleições de 2022, enquanto outro é o dirigente do diretório municipal do Partido Liberal em Monte Azul (MG), Silvio de Melo Rocha.
Aline Leal Bastos Morais de Barros, que concorreu a deputada federal pelo PL, em Minas Gerais, na última eleição e obteve 4.693 votos, é oriunda de Montes Claros, no Norte de Minas. Claudebir Beatriz Da Silva Campos, professora que foi detida anteriormente no Pará pela PF a pedido do STF e posteriormente liberada, concorreu como candidata a deputada estadual pelo PL nas últimas eleições, angariando 1.460 votos.
Em Goiás, o ex-comandante da Rotam e coronel foi detido. Durante as eleições de 2022, ele foi candidato a deputado federal e obteve 10.343 votos. Ele já era alvo de um processo interno na corregedoria da corporação por ter gravado um vídeo, dizendo que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não tomaria posse, em dezembro de 2022.
Na 20ª fase, foram cumpridas uma prisão preventiva e dez mandados de busca e apreensão, todos expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal). As medidas foram realizadas contra apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) das cidades de João Pessoa, Cabedelo (PB), Bayeux (PB), Mirassol do Oeste (MT) e Cáceres (MT).
O TRE-AM rejeitou o registro de candidatura de Marquinhos Macil (MDB) para a eleição de prefeito de Apuí, impedindo-o de concorrer. A decisão, tomada em 12 de setembro, baseou-se em irregularidades nas contas de sua gestão e condenação por improbidade administrativa, conforme impugnações apresentadas pelo MP eleitoral, pelo PL e por um candidato a vereador.
Nesta sexta-feira (13), a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) sediou o II Encontro Estadual de Controle Interno, promovido com o Conselho Estadual de Controle Interno do Amazonas (Ceciam). O evento focou na melhoria da administração pública e entregou Selos de Integridade a gestores que se destacaram pela adoção de boas práticas no Controle Interno.
O estudo “As Chances de Ser Eleito: Branquitude e Representação Política” revela que homens têm 2,5 vezes mais chances de serem eleitos que mulheres. A pesquisa analisou dados do TSE e destacou que o financiamento e o gênero são os principais fatores que influenciam a eleição, com uma predominância de homens e brancos na Câmara.
O ex-presidente Jair Bolsonaro estará em Manaus no dia 28 de setembro para apoiar a chapa “Ordem e Progresso”, liderada pelo candidato à prefeitura Capitão Alberto Neto (PL) e a vice Professora Maria do Carmo (NOVO). O evento inclui uma carreata e um comício, com mais detalhes a serem divulgados posteriormente. Capitão Alberto Neto pediu que os apoiadores compartilhem a informação e compareçam ao evento.
Na manhã desta terça-feira (10), ocorreram as eleições para os novos gestores do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e do Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM). A desembargadora Carla Reis foi aclamada presidente do TRE-AM, e a atual presidente do TJAM, desembargadora Nélia Caminha, foi eleita vice-presidente e corregedora do TRE-AM. No TJAM, o desembargador Jomar Fernandes foi aclamado presidente, Airton Gentil foi eleito vice-presidente e Hamilton Saraiva corregedor geral. A posse será no início de 2025, com mandato previsto para o biênio 2025-2027.
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