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Poder Judiciário - 06 de outubro de 2021
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AGU diz ao Supremo que presidente Bolsonaro quer depoimento presencial

O objetivo é apurar declarações do ex-juiz Sergio Moro, que ao se demitir do cargo de ministro da Justiça, acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir na Polícia Federal por meio da troca do diretor-geral da instituição

Por: Redação
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Manaus | AM | Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu, nesta quarta-feira (6), o julgamento do recurso no qual a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu, no ano passado, que seja concedido ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) o direito de prestar depoimento por escrito no inquérito sobre suposta interferência política na Polícia Federal (PF).

O caso seria julgado nesta tarde, mas, minutos antes do início da sessão, a AGU informou ao Supremo que o presidente pretende depor presencialmente.

“O requerente manifesta perante essa Suprema Corte o seu interesse em prestar depoimento em relação aos fatos objeto deste inquérito mediante comparecimento pessoal. Nesta oportunidade, requer-lhe seja facultada a possibilidade de ser inquirido em local, dia e hora previamente ajustados”, informou o órgão.

Diante da informação, o ministro Alexandre de Moraes, relator do pedido, solicitou a retirada da questão de pauta para analisar se o caso ainda pode ser julgado.

A abertura do inquérito sobre a suposta interferência na PF foi autorizada em abril do ano passado, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O objetivo é apurar declarações do ex-juiz Sergio Moro, que ao se demitir do cargo de ministro da Justiça, naquele mês, acusou o presidente de tentar interferir na PF por meio da troca do diretor-geral da instituição.

Desde que o ex-juiz fez as acusações, o presidente Jair Bolsonaro tem afirmado que não interferiu na PF e que são “levianas todas as afirmações em sentido contrário”.

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