David Almeida disse que os vereadores “estão boicotando a cidade” por não agilizarem o processo que autoriza que Prefeitura faça empréstimo de R$ 580 milhões
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Vereadores criticam as falas do prefeito David Almeida (Avante), após ele dizer, na manhã desta quinta-feira (11), que os parlamentares “estão boicotando a cidade de Manaus”, por não estarem, segundo ele, facilitando a aprovação da correção do Projeto de Lei, que autoriza a prefeitura a emprestar R$ 580 milhões de banco.
Nas redes sociais, o vereador Capitão Carpê (PL) reagiu aos ataques do chefe do Executivo e questionou: “quem de fato está atrapalhando Manaus?”. O vereador citou vários gastos feitos na gestão de David Almeida e sugeriu algumas alternativas para David.
“Já que o prefeito de Manaus mais uma vez ataca os vereadores que não dizem ‘amém’ pra tudo que ele quer, vou deixar algumas sugestões […]: tire R$ 170 milhões do orçamento de festas e R$ 194 milhões de publicidade. Só aí já dá mais da metade do empréstimo! Se não fizer isso, prova mais uma vez que o problema não é recurso, e sim prioridade”, escreveu.
Carpê, que na Câmara Municipal de Manaus (CMM) é oposição do prefeito, ainda acrescentou que a gestão de David “já endividou a população em mais de R$ 1 bilhão” e ainda quer mais empréstimo. O líder do PL criticou Davis por ter “em mãos” mais de R$ 780 milhões pra asfaltar 10 mil ruas e fez não cumpriu a meta, sendo asfaltada pouco mais 2 mil ruas.
Outro opositor de David, o vereador Rodrigo Guedes (PP), ironizou o discurso do prefeito e, relembrou também dos empréstimos que a gestão de Almeida já fez. Segundo Guedes, de fato, os vereadores estão “boicotando” a autorização do empréstimo, para “evitar” que a Prefeitura contraia mais dívidas.
E também que use o valor do empréstimo “com publicidade, com propaganda, com marketing e também no processo eleitoral, nas eleições”. Ele disse que está evitando o “mau uso e a corrupção com o dinheiro público porque gestão que gasta mais do que arrecada, quebra.
“Conforme o prefeito Davi Almeida afirmou, eu estou boicotando de a prefeitura de Manaus endividar em 2 bilhões de reais, estou boicotando de o prefeito contrate mais 580 milhões de empréstimo, sendo que, os mais de 1,2 bilhão de empréstimo que o prefeito fez, simplesmente, a gente não sabe absolutamente nada para que que foi usado o dinheiro”, criticou.
Lissandro Breval (PP), aproveitou também para criticar David. Nas redes sociais, ele classificou como “piada” o prefeito culpar os vereadores pela falta de algumas obras na cidade.
“É pra rir porque não tem como levar a sério. Dizer que Manaus está abandonada como está é culpa dos vereadores que discordaram de mais um empréstimo para a atual gestão só pode ser uma piada. Já somamos R$1,1bi de empréstimos aprovados pela CMM e o que foi feito? Manaus não precisa de dinheiro, precisa de gestão. Não tem mais um cidadão que caia nessa conversa mais não”, escreveu.
“Já foi aprovado o empréstimo. É só uma correção para mudar uma linha para que eu possa fazer, por exemplo, a praça da Bíblia, para que eu possa asfaltar mais três mil ruas, para que eu possa entregar mais creches, mais UBS, para construir o maior complexo de atendimento de autistas do Norte do Brasil. E sabem quem não está deixando? alguns vereadores”,disse David.
A fala foi durante a entrega da feira do conjunto Jardim dos Barés, no bairro São Jorge, zona Oeste. Ele afirmou que parte do vereadores não estão facilitando a aprovação da correção do Projeto de Lei 69/2024, que autoriza o empréstimo de R$ 580 milhões junto ao Banco do Brasil. O texto para a correção está parado desde o dia 19 de fevereiro na procuradoria da CMM.
“Não estão deixando eu acessar os recursos para melhorar a vida de vocês. São vereadores de oposição que estão prejudicando a cidade. Eu vou entrar nas comunidades que não tem asfalto e vou falar o nome de um por um dos vereadores que estão boicotando a cidade de Manaus”, disse o prefeito.
As exigências de correção do documento atende às novas diretrizes da Emenda Constitucional (EC) nº 132, de 20 de dezembro de 2023, comunicada à Prefeitura via ofício pelo Tesouro Nacional/Ministério da Fazenda.
Pela primeira vez desde 2022, petistas e bolsonaristas aparecem empatados em apoio popular, com 35% cada, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 10 e 11 de junho. A queda dos petistas coincide com a crescente reprovação ao governo Lula, enquanto o apoio a Bolsonaro se mantém estável, mesmo após seu julgamento no STF. O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 136 cidades do país, com margem de erro de dois pontos percentuais.
A Prefeitura de Manaus contratou, sem licitação, a empresa MIRAX Segurança LTDA. por R$ 20,7 milhões para serviços de vigilância armada e desarmada. A dispensa se baseia na nova Lei de Licitações, alegando situação emergencial. O contrato visa proteger bens públicos e garantir o funcionamento dos órgãos municipais. A empresa é sediada em Manaus e atua desde 2019 no setor de segurança privada.
O Banco Central elevou a Selic para 15% ao ano, maior nível desde 2006, visando conter a inflação persistente. A medida, porém, encarece o crédito, reduz o consumo e pode comprometer o crescimento econômico. O BC projeta um PIB de 1,9% em 2025, abaixo da estimativa de 2,2% do mercado. A alta da taxa pode pressionar ainda mais a atividade econômica no país.
O conselheiro Josué Cláudio, do TCE-AM, deu prazo de cinco dias úteis para que a Câmara de Manaus se manifeste sobre possíveis irregularidades na tramitação da LDO 2026. A representação, feita pelo vereador José Ricardo, aponta ausência de audiências públicas. O pedido de medida cautelar foi negado inicialmente. A decisão está publicada no Diário Oficial nº 3574, de 16 de junho.
A Prefeitura de Manaus recuou da tentativa de aprovar o Projeto de Lei nº 242/2025, que tornaria obrigatório o uso do cartão PassaFácil por idosos no transporte coletivo. A proposta foi retirada da pauta pelo líder do prefeito, vereador Eduardo Alfaia, após críticas no plenário. Parlamentares de diversos partidos chamaram o projeto de retrocesso. O Executivo justificou a medida como forma de combater fraudes, mas reconheceu a necessidade de mais diálogo.
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