“Se era uma onça, agora serei um leão em homenagem ao meu filho”, declara Arthur Neto

Na noite desta terça-feira (4), foi realizada a missa de sétimo dia do falecimento do ex-deputado federal Arthur Bisneto.

A cerimônia religiosa ocorreu na Igreja Nossa Senhora de Nazaré, localizada na Avenida Mário Ypiranga, 700, no bairro Adrianópolis, na zona Centro-Sul da capital. A missa contou com a presença de amigos e familiares do político.

Na ocasião, o ex-senador e ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto, voltou a refletir sobre a morte do filho. “Uma perda que fez confundir vida com morte. Meu filho é enterrado por mim, o que parece uma quebra da ordem natural das coisas. E eu sinto que, naquele momento, eu estava morrendo junto com ele, porque eu preferiria estar no caixão e ele aqui fora. Seria mais natural. Mas, se foi o contrário, eu vou ficar aqui. Pensei muito esses dias todos com a cabeça erguida, com a cabeça levantada. Se eu era uma onça, agora eu vou ser um leão em homenagem a ele.”, declarou Arthur ao site O Poder.

Os políticos presentes incluíam o ex-governador do Amazonas, José Melo, o deputado estadual Wilker Barreto e o vereador de Manaus, Rodrigo Guedes.

“Uma noite de muita emoção, muita saudade, a igreja cheia, ou seja, muitas pessoas gostavam da pessoa do Arthur Bisneto, não era o político, era a pessoa sempre alegre, sempre feliz, sempre simpática, educada, gentil, e era um grande irmão de milhares de pessoas, sempre procurou tratar todo mundo muito bem.”, disse Guedes. “E o meu relato pessoal é de que ele tinha um coração bom, não tinha de jeito nenhum a mente, a cabeça voltada para fazer mal para os outros, para perseguir, para usar o poder de forma negativa, corrupção, então ele vai deixar muitas saudades, foi uma grande pessoa.”, acrescentou.

Wilker Barreto também ressaltou a importância de homenagear Bisneto e lamentou a perda, se solidarizando com Arthur Neto.

“Essa inversão da ordem natural de o pai enterrar o filho é dolorosa em qualquer circunstancia. Vim aqui hoje homenagear o bisneto que tive a oportunidade de conhecer e conviver. E dar um abraço no Arthur Virgílio, um grande amigo, nesse momento de dor. O Arthur esteve também na missa de sétimo dia da perda do meu pai. Eu não queria jamais estar cumprindo esse compromisso aqui, porque você vir abraçar um amigo na perda de um filho é um sentimento inimaginável.”, relatou Wilker Barreto.