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Presidente da Colômbia defende criação de tribunal internacional e ‘Otan da Amazônia’

O presidente da Colômbia também defendeu um tratado militar entre os países amazônicos para defender a região

Por: Alvaro Corado
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Nesta terça-feira (8), em Belém/PA, no debate geral da reunião dos países signatários do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), na Cúpula da Amazônia, o presidente da República da Colômbia, Gustavo Petro, defendeu a criação de um tribunal internacional para julgar crimes ambientais na Amazônia e um tratado militar entre países para proteger a região.

“Se  cada vez é mais ilegal e representa o crime contra a humanidade como nós podemos defender então a vida? E isso se refende com razão, mas também com armas. Então, deveriamos criar um tratado amazônico, um tratado militar também que possa fazer interdições daquilo que opera contra a selva amazônica em todos os nossos países, respeitando as nossas soberanias e coordenando com todas as forças e nesta medida eu acredito que há uma reunião dos ministros de defesa e seria importante ver se podemos enviar ou chegar com essa proposta de acordo militar.”, declarou.

Petro criticou que existem as defesas dos latinos americanos pela preservação do meio ambiente, porém existe uma contrassenso nas ações, tendo em vista que a exploração e a utilização de recursos naturais, como o petróleo e seus derivados, não possuem decisões assertivas para não serem utilizados.

“O planeta precisa deixar de usar agora o petróleo, o carvão e o gás. Então para os progressistas isso é tudo muito difícil, e outros tipos de negacionismo. Vamos postergar as decisões? (..) Nós precisamos colocar as coisas na declaração, mas vamos tomar decisões também.”, ressaltou.

Outra preocupação do presidente, foi referente a preservação diante o desmatamento na Colômbia que, segundo ele não conseguirá a ser extinto por causa do prejuízo acumulado e produzido atualmente, incluindo os danos naturais como queimadas o aquecimento global.

Ele também disse que lançou uma proposta para alcançar mecanismos econômicos, pela Cúpula, que diminuam a depredação da floresta e possam revitalizar com o reflorestamento. A demanda foi aprovada, segundo ele, em consenso, durante as reuniões dos presidentes da América do Sul e da Cúpula.

“A proposta de reformar o sistema financeiro, liberando espaços orçamentários nos nossos países, porque existe uma emissão mundial e progressiva dependendo da pobreza de cada país.”, explicou.

Para o presidente da Colômbia, a crise climática se dá pela ausência de afinação entre ciência, movimentos sociais e política. Petro cita que a ciência é retórica e não consegue se destacar dos interesses econômicos.

“O que estamos fazendo? Além de discursos como este? e aqui surge um conflito ético enorme, especialmente para as forças progressistas que deveriam estar sintonizadas com a ciência.”, citou.

“Eu proponho inclusive a criação de um centro comum científico de pesquisa sobre a floresta amazônica para pensá-la, analisá-la, para que se entenda do que vamos viver quando revitalizemos a selva. (…) A bioeconomia não vai surgir sem pesquisa, são coisas que já estão em processo mas acredito que deveríamos dar um salto, justamente a partir do tratado dos países amazônicos para que surja um forte centro de pesquisa científica em torno da floresta amazônica.“, finalizou.

Foto: Reprodução Internet

 

cúpula da amazonia presidente da colômbia

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BOLSONARO EM VELÓRIO

O ministro Alexandre de Moraes autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro a comparecer à missa de sétimo dia pelo falecimento da mãe de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em Mogi das Cruzes (SP), na próxima segunda-feira (9). A autorização foi solicitada pela defesa de Bolsonaro devido à proibição de contato com Valdemar por conta das investigações da Operação Tempus Veritatis. Bolsonaro está com o passaporte retido e proibido de sair do país por causa das investigações relacionadas à suposta tentativa de golpe e alegada venda irregular de joias.

06/12
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CONSELHEIRO RÉU

A Corte Especial do STJ tornou réu o conselheiro do TCE/AM, Ari Moutinho Júnior, por crime de injúria contra a conselheira Yara Amazônia Lins, atualmente presidente do TCE. O caso se refere a outubro de 2023, quando Yara Lins registrou denúncia após ser ofendida e ameaçada por Moutinho Júnior antes da eleição para a presidência do Tribunal. Moutinho Júnior responde a processo que pode resultar em pena de até seis meses de detenção. O ministro relator afirmou que o incidente faz parte de um contexto de disputas políticas e tensões pessoais dentro do Tribunal.

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CONTRATOS MILIONÁRIOS

A SEMED assinou dois termos aditivos somando R$ 13,1 milhões para a manutenção e limpeza de sistemas de esgoto em escolas e unidades administrativas. O primeiro contrato, prorrogado por 12 meses, recebeu acréscimo de 24,10%, totalizando R$ 3,4 milhões para estações de tratamento. O segundo, para limpeza de tubulações e fossas, teve acréscimo de 24,99%, somando R$ 9,7 milhões. Ambos os contratos serão executados pela empresa Esgotec Serviços de Transportes Ltda.

06/12
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INVESTIGAÇÃO NA SEMULSP

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu um Procedimento Preparatório para investigar possíveis irregularidades na locação de imóveis pela SEMULSP, que seriam utilizados como galpões para cooperativas de catadores. A SEMULSP não respondeu a solicitações anteriores, e o prefeito David Almeida foi acionado. O MPAM requisitou dados detalhados dos contratos de locação, incluindo beneficiários e condições, para garantir a transparência nas contratações.

04/12
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RECESSO DO MPAM

O Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) definiu o recesso ministerial de 20 de dezembro de 2024 a 6 de janeiro de 2025, com atividades administrativas e judiciais em regime de plantão. Durante o período, serão atendidos apenas casos urgentes, e os prazos processuais estarão suspensos. O funcionamento dos setores e a escala de servidores serão organizados em rodízio, garantindo a continuidade dos serviços essenciais.

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