Em conversa com o site O Poder, o vereador Rodrigo Guedes (Republicanos) criticou o problema gerado e a abordagem da prefeitura na solução
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‘A Prefeitura de Manaus gerou um problema com o projeto da ciclofaixa no Complexo Turístico da Praia da Ponta Negra e, agora, tenta sobressair procurando uma solução como se fosse uma grande coisa’. Esta foi a avaliação do vereador Rodrigo Guedes (Republicanos), após a Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) emitir nota afirmando que a Prefeitura reconheceu a importância das preocupações levantadas pela sociedade e, por isso, vai realizar uma readequação do projeto.
“Primeiro, causa um problema, pra depois aparecerem como se a resolução desse problema fosse uma grande coisa, um grande feito. Sendo que é apenas menos pior do que deixar. Segundo, ele responsabilizou ali a empresa, a suposta empresa responsável. Mas, peraí… Quer dizer que a empresa vai chegar e pintar a Ponta Negra? Sem autorização de alguém? Quem autorizou? Essa é a primeira pergunta. E essa pessoa que autorizou, ela não vai ser responsabilizada por esse dano ao patrimônio da cidade de Manaus? E, por fim, também, eu faço o apelo pra que a prefeitura contrate urgentemente um urbanista. Porque deixar na mão da Secretaria de Limpeza Pública a estética urbana de Manaus… Tem gerado todos esses problemas também”, criticou Guedes
Nota
A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf) esclareceu, por nota divulgada neste domingo (22), que o projeto de construção da ciclovia na avenida Coronel Teixeira, na zona Oeste, estava de acordo com os parâmetros estabelecidos previamente em conjunto com o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM). No entanto, diante da controvérsia pública gerada pela pintura das pedras portuguesas na reta final da obra, a Prefeitura reconheceu a importância das preocupações levantadas pela sociedade e, por isso, vai realizar uma readequação do projeto.
“A Prefeitura de Manaus, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), esclarece, neste domingo, 22/10, que o projeto de construção de 3,6 quilômetros da ciclovia em trecho da avenida Coronel Teixeira, zona Oeste, segue os parâmetros definidos de forma prévia em conjunto com o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE-AM).
Mediante debate público acerca da pintura das pedras portuguesas, em etapa final da obra, a pasta considera relevante os pontos levantados pela sociedade civil e organizada e defere uma readequação do projeto inicial.
A prefeitura fará a remoção e limpeza de toda a extensão de pedras que recebeu a pintura e, para dar continuidade ao projeto, irá implantar novas pedras portuguesas na cor vermelha opaca.
A prefeitura reforça o compromisso com a opinião pública e a soberania do povo.”
Nas redes sociais, o secretário municipal de Infraestrutura, Renato Júnior, enfatizou que o prefeito tomou a decisão de remover a pintura das pedras portuguesas.
“O prefeito acaba de determinar que seja removida a pintura de cima da pedra portuguesa. E assim que o pará, já contactamos a empresa terceirizada, que tirará, substituirá por pedras portuguesas da cor adequada, com um detalhe, sem ônus à administração pública, ou seja, não custará nada a mais para a Prefeitura de Manaus. Olha a diferença de uma gestão, e ouve o clamor da população e as reivindicações populares”, enfatizou.
Entenda
Um vídeo publicado pelo presidente do Conselho Regional de Arquitetura e Urbanismo do Amazonas (CAU-AM), arquiteto Jean Faria, ganhou destaque nas redes sociais ao mostrar pintura aplicada nas rochas de calcário e basalto portugueses, que foram cuidadosamente inseridas, uma a uma, na estrutura que compõe o complexo.
Faria comentou que a decisão de pintar as pedras com tinta vermelha é um desrespeito à arquitetura e ao urbanismo da região e destacou que os itens foram originalmente dispostos com cuidado e atenção à paginação, e a transformação em uma ciclovia compromete a integridade do local.
Os internautas também expressaram indignação em relação à pintura das pedras portuguesas na Ponta Negra, um local histórico de Manaus. Muitas pessoas expressam falta de respeito pela história e arquitetura da cidade, destacando a descaracterização dos monumentos e a falta de conhecimento técnico por parte da administração municipal. Alguns comentários também enfatizam o desperdício de recursos públicos e a necessidade de ações legais para resolver a situação.
Pedras inseridas ‘uma a uma’
Com um traçado sinuoso, que lembra o Encontro das Águas dos rios Negro e Solimões, o calçadão tem desenhos em pedras portuguesas, semelhante aos que foram usados pelo paisagista Burle Max. As pedras portuguesas apareceram primeiro em Manaus, no largo de São Sebastião, em frente ao Teatro Amazonas, em 1905. Na Ponta Negra, os desenhos são geométricos e em ondas sinuosas, conferindo ao espaço um piso antiderrapante, que tem mais absorção de águas pluviais e retém menos calor.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu investigação sobre a viagem do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a Saint Barthélemy, no Caribe, após denúncias de possível custeamento com recursos públicos. O prefeito nega irregularidades e afirma ter arcado com os custos.
A Câmara Municipal de Manaus (CMM) decidiu anular os três editais do concurso público realizado em setembro de 2024, após recomendação do Ministério Público do Amazonas (MPAM). A decisão foi tomada com o apoio de 23 dos 24 vereadores e da Procuradoria-Geral da Casa, devido a falhas que comprometeram a transparência do certame.
Após 14 anos, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) voltará a realizar um concurso público. O presidente da Casa, deputado Roberto Cidade (União Brasil), anunciou nesta quarta-feira (13) que o certame oferecerá 100 vagas, sendo 60 para nível superior e 40 para nível médio, além de um cadastro reserva com 200 vagas.
Uma nova pesquisa da Ipsos-Ipec, divulgada nesta quinta-feira (13), indica um crescimento na insatisfação com o governo do presidente Lula (PT). O levantamento mostra que 41% dos brasileiros classificam a gestão como “ruim” ou “péssima”, um aumento de sete pontos percentuais em relação a dezembro de 2024, quando o índice era de 34%.
Janaína Jamilla anunciou sua saída do Fundo Manaus Solidária após dois meses no cargo. Em postagem nas redes sociais, afirmou que deixará a função para se dedicar aos negócios e à família. Nomeada em janeiro, sua escolha foi questionada por falta de formação técnica na área. Ex-candidata pelo Avante, ocupava um cargo equivalente a subsecretária, com salário de R$ 22 mil. Em sua despedida, destacou projetos que coordenou, mas não mencionou o prefeito David Almeida ou a primeira-dama.
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