O projeto de exploração de potássio em Autazes, se viável, traria investimento de R$ 8 bilhões e centenas de empregos, beneficiando a economia local e nacional devido à importância do potássio na produção de fertilizantes
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Nesta semana, o Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM) declarou firme apoio à exploração de potássio no município de Autazes, interior do Estado, como alternativa de desenvolvimento econômico e geração de milhares de empregos aos cidadãos do município e outros locais, além de possibilitar arrecadação de impostos que poderão se converter em melhorias de serviços públicos.
Em conversa com o site O Poder, o presidente do Corecon-AM, economista Marcus Evangelista, compartilhou otimismo em relação aos benefícios que a exploração mineral pode trazer para a economia. Ele destacou que o modelo econômico atual do Amazonas tem sua base essencialmente nas indústrias e no Distrito Industrial, mas ressaltou o potencial inexplorado no setor mineral, sendo o potássio uma alternativa viável.
Evangelista argumentou que, se a viabilidade do projeto for confirmada, o investimento inicial será substancial, na casa de R$ 8 bilhões, o que resultaria em centenas de empregos e teria um impacto positivo não apenas na economia local, mas também em nível nacional, pois o potássio é um componente importante dos fertilizantes. A redução de preços dos fertilizantes poderia afetar positivamente a produção agrícola em todo o país.
“A nossa economia hoje é baseada nas indústrias, no Distrito Industrial, mas temos potencialidades e uma delas é a questão mineral, onde com destaque aparece a questão do potássio, onde caso a gente venha a conseguir a viabilidade disso, nós teremos aí um investimento inicial na casa de 8 bilhões de reais. Então o impacto econômico para aquela região vai ser de grande magnitude, porque nós teremos além da geração de centenas de empregos, teremos ainda o impacto também na economia de um modo geral a nível país, porque o potássio é um dos componentes dos fertilizantes”, explicou.
Desafios ambientais
O economista ainda mencionou a importância de superar desafios ambientais e faz referência a uma planta similar em Bonito (MS), uma cidade conhecida pelo turismo e pela preservação do meio ambiente. Ele argumenta que projetos semelhantes não tiveram impacto ambiental negativo em Bonito e acredita que o mesmo acontecerá em Autazes, onde o projeto está sendo proposto.
“Porque nós temos várias plantas dessas no Brasil, estou trazendo Bonito como exemplo, que lá as águas são cristalinas, não tiveram impacto nenhum no meio ambiente, e é a mesma coisa que vai acontecer aqui, não vai ter impacto, só que há uma moçada aí que pensa igual a Marina Silva e engessa tudo.”, declarou o presidente do Corecon-AM.
Quando questionado sobre a ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, e seu possível papel no processo, Evangelista expressou preocupação de que ela possa representar um desafio devido à sua responsabilidade na área ambiental. Ele mencionou a situação da BR-319 (rodovia na região) como um exemplo, sugerindo que a ministra pode adotar uma postura que afete negativamente o projeto de exploração de potássio, o que ele acredita que seria prejudicial para os estados da região amazônica.
“Se de fato ela se comportar igual como ela vem se comportando com a BR-319, nós teremos aí um novo engessamento que vai afetar novamente os Estados Amazonas”, concluiu.
Apoio da etnia Mura
Na última segunda-feira (25) indígenas da etnia Mura, residentes em Autazes, discutiram o apoio à exploração de potássio no município. Durante o encontro, as lideranças entregaram uma ata e respaldaram que a iniciativa tem o potencial de transformar a realidade local e contribuir para uma nova matriz econômica do Estado. O apoio é visto como um passo expressivo na busca por oportunidades econômicas e geração de empregos.
Processo de exploração
O município de Autazes abriga uma das maiores reservas de potássio do planeta. De acordo com uma pesquisa mineral conduzida pela empresa Potássio do Brasil, a região possui uma reserva mineral estimada em mais de 170 milhões de toneladas de cloreto de potássio. Essa produção tem um potencial de expansão capaz de suprir 50% da demanda nacional até o ano de 2030.
A Potássio do Brasil já elaborou um projeto pronto para dar início à construção da infraestrutura de exploração em Autazes, atualmente em fase de licenciamento ambiental. O objetivo principal desse projeto é fornecer, a partir de 2027, cerca de 20% das necessidades de potássio do Brasil, um país que atualmente importa 98% desse mineral que utiliza. O investimento estimado para a realização desse projeto é de US$ 2,5 bilhões, ao longo de um período de 23 anos.
Conforme dados do Instituto Brasileiro de Mineração, aproximadamente 95% do potássio produzido no mundo é destinado à fabricação de fertilizantes. Isso se torna relevante, uma vez que o Brasil, apesar de ser um dos maiores exportadores de alimentos do globo, ainda importa aproximadamente 85% dos fertilizantes utilizados em sua agricultura.
Ainda de acordo com a empresa, o empreendimento do projeto “Potássio Autazes” será implementado com a adoção de práticas de engenharia e tecnologia voltadas para a sustentabilidade. Desta maneira, a produção resultará em cloreto de potássio.
O projeto empregará um método de extração da silvinita, uma rocha que contém halita (cloreto de sódio, conhecido como sal de cozinha) e silvita (cloreto de potássio).
A empresa assegura que esse método “não terá impactos adversos no solo superficial nem no ambiente circundante”. A extração será conduzida por meio do método de câmaras e pilares, a uma profundidade de 800 metros.
Confira a nota do Corecon-AM:
Edição de conteúdos: Thiago Gonçalves
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