Governador do Amazonas direcionou críticas à ministra Marina Silva, que nesta semana, afirmou que a rodovia BR-319 serviria apenas para “passear de carro”
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O governador do Amazonas, Wilson Lima (UB), expressou seu descontentamento com a ausência de respostas quanto à reconstrução dos trechos mais intrafegáveis da BR-319, direcionando críticas à ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva. As críticas ocorreram em resposta às declarações de Marina Silva à CPI das ONGs, onde ela afirmou que a rodovia serviria apenas para “passear de carro” e questionou sua viabilidade econômica para reconstrução. Lima fez essas observações durante o anúncio da agenda do Amazonas na COP28, durante uma entrevista coletiva realizada na sede do governo, nesta quarta-feira (29).
Lima enfatizou o compromisso do Estado em seguir condicionantes ambientais, como a criação de reservas laterais, passagens de fauna, transformando a estrada em uma “estrada verde” ou “estrada parque”. Além disso, menciona medidas como câmeras de monitoramento, sensores, limites de peso e uso de chips para rastreamento de veículos, se necessário.
Além disso, destacou a importância da BR-319 para o desenvolvimento social do Amazonas e disse que é o direito básico dos cidadãos de viverem dignamente. Para ele, existe falta de retorno proporcional ao que o estado contribui, que embora se cobre muito da região em termos ambientais, há insuficiência de apoio.
“É um direito que se dá ao cidadão de viver, que é um direito que é básico do cidadão. E não é justo o que se faz com o Estado do Amazonas. Cobram tanto da gente, mas na hora de dar o retorno, a gente está aqui, mendigando, com pinhos na mão. É importante que o Brasil construa uma imagem, junto ao mundo, de quem está preocupado com o meio ambiente, de preservador, de quem vai combater o crime ambiental, mas, em nome desse discurso, que muitas vezes é equivocado, a nossa população não pode ficar de joelhos diante de uma situação como essa, que o Estado do Amazonas não vai aceitar esse tipo de declaração”, direcionou críticas às declarações de Marina Silva.
Em resposta a falta de justificativa para execução das obras no empreendimento apontada por Marina, o governador defendeu a mobilidade das autoridades, como o Corpo de Bombeiros e órgãos ambientais, enfatizando que a rodovia é crucial para atividades como fiscalização e combate a incêndios.
“Como é que as autoridades do Ipaam, da SEMA, se deslocarão para poder fazer esse trabalho de fiscalização? Infelizmente, mais uma injustiça que o Estado do Amazonas sofre, sob o discurso de preservação ambiental. Porque nesse processo, o mais importante aqui é preservar a população. É preservar quem mora no Estado do Amazonas.”, concluiu.
Amazonas na COP28
Lima ainda anunciou o Programa Amazonas 2030, que visa reduzir o desmatamento no estado por meio da venda de créditos de carbono. A estratégia será apresentada na 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), em Dubai, com o objetivo de alcançar o desmatamento líquido zero nos próximos seis anos. O programa prevê a criação do Programa Jurisdicional de REDD+ do Amazonas.
Para financiar as propostas do Amazonas 2030, o governo espera arrecadar R$ 1 bilhão em 2024 com a venda de créditos de 809,6 milhões de toneladas de carbono equivalente. O governador também participará de eventos com organizações financeiras e investidores, incluindo representantes do BID, Basa e BNDES, além de reuniões da Força-Tarefa dos Governadores para o Clima e Florestas e do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável da Amazônia Legal.
O Programa Amazonas 2030 busca a conservação do bioma amazônico e a melhoria da qualidade de vida. Com eixos como Mitigação das Mudanças Climáticas e Conservação e Desenvolvimento Sustentável, será criado um Plano de Trabalho com metas, prazos e parcerias. O documento inclui 22 projetos alinhados aos ODS da ONU, como o Plano de Ação para a Prevenção e Controle do Desmatamento, Escola da Floresta, Programa Guardiões da Floresta e ações de segurança alimentar. Apesar dos desafios, o governo já investiu R$ 1,2 bilhão com recursos próprios em iniciativas compatíveis com o Amazonas 2030, que também visa sensibilizar países desenvolvidos para financiar ações em regiões mais pobres, buscando diminuir o desmatamento e a pobreza nessas áreas.
O prefeito de Tefé, Nicson Marreira (União Brasil), anunciou a contratação de três atrações para a 22ª Festa da Castanha, evento tradicional do município. O anúncio gerou repercussão devido aos altos valores envolvidos.
O prefeito de Belém, Igor Normando (MDB), escolheu uma prima de seu primo, o governador Helder Barbalho (MDB) para ocupar seu secretariado. Normando indicou a vereadora Nayara Barbalho da Cruz para chefiar a Secretaria de Inclusão e Acessibilidade. A prefeitura alega critérios técnicos para a nomeação.
O Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) rejeitou uma ação movida pelo prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), contra o vereador Rodrigo Guedes (PP), que o chamou de “grosseiro” e “corrupto” em um post nas redes sociais. A decisão foi tomada pelo juiz Alexandre Henrique Novaes de Araújo, do 10º Juizado Especial Cível da Comarca de Manaus.
A recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU) de bloquear R$ 6 bilhões destinados ao programa Pé-de-Meia desencadeou uma reação significativa da oposição, que agora articula pedidos de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM) retomou as atividades nesta terça-feira, 21, mas adiou para quarta-feira, 22, o julgamento de dois casos de suposta inelegibilidade envolvendo os prefeitos eleitos de Santa Isabel do Rio Negro e Envira.
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