‘Gestão artística’: David Almeida vai gastar mais R$ 16,2 milhões em pinturas em Manaus

Após já ter despendido mais de R$ 26 milhões em serviços de pintura para as Secretarias de Educação e Saúde, a administração de David Almeida (Avante) parece continuar a investir em gastos relacionados à pintura em Manaus. A decisão agora foi de alocar mais de R$ 16,2 milhões para compra de massa corrida, tintas e serviços de pintura.

Segundo o Edital do Pregão, as tintas nas cores azul, amarelo, laranja e lilás estão destinadas à Administração Municipal, com ênfase na Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp). O secretário Sabá Reis, que já foi alvo de uma operação da Polícia Federal, permanece no cargo sob a gestão de David Almeida. O termo de referência disponibiliza modelos das pinturas multicoloridas e onduladas adotadas na gestão, definindo o padrão de cores que a vencedora da licitação deverá fornecer.

Duas licitações estão agendadas para novembro: uma envolvendo a compra de 2,7 mil latas de massa corrida e 31,4 mil latões de tinta, e outra para a contratação dos serviços de pintura. O orçamento da Administração para essa empreitada é de R$ 16.279.761,88, um valor colocado como exemplo aos licitantes, uma vez que a licitação foi dividida em 20 lotes, cada um com a prestação de serviços de pintura em, no mínimo, 217 mil metros quadrados.

A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminf), liderada por Renato Junior, um aliado de David Almeida, coordenará os serviços de pintura. A licitação será definida pelo menor valor global, e o custo final só será conhecido com a declaração dos vencedores.

Nos primeiros dois meses deste ano, a Prefeitura já contratou aproximadamente R$ 26 milhões em serviços de pintura. A Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) celebrou um contrato de R$ 8,5 milhões com a empresa PHX Construtora Ltda para a compra de “tinta tecnológica inseticida.” Por sua vez, a Secretaria Municipal de Educação (Semed) assinou um termo aditivo no valor de R$ 18 milhões com a P1 Construtora Ltda para “pintura de artes especiais e pintura predial” em unidades escolares. Esse novo gasto levanta questões sobre a gestão dos recursos públicos e a necessidade desses investimentos em pintura em meio a outras demandas da cidade.