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Executivo - 04 de novembro de 2023
Foto: Reprodução/ Edição: O Poder

Dez prefeitos podem ter fraudado censo escolar no Amazonas

Japurá, por exemplo, informou uma população estudantil 224,96% acima da população existente na cidade; dados foram apresentados em um relatório da Controladoria-Geral da União (CGU)

Por: Redação
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O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) revelou que dez municípios do Amazonas enfrentam suspeitas de irregularidades no Censo Escolar do Ministério da Educação (MEC), com consequências que podem afetar diretamente a distribuição dos recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). Segundo o Instituto, a suspeita de erros nos registros alcança a marca de 16,1%. O levantamento ainda se encontra em andamento, coletando informações para conclusão.

Segundo o Inep, essas suspeitas de irregularidades vieram à tona em abril deste ano, quando o Inep e a Controladoria-Geral da União (CGU) publicaram um relatório de avaliação. Sete municípios do Amazonas – Japurá, Jutaí, Juruá, Itamarati, Fonte Boa, Santo Antônio do Içá e Atalaia do Norte – foram citados no relatório como tendo possíveis erros de registro. Um exemplo é o município de Japurá, que informou uma população estudantil estimada de 1.755, mas registrou 3.948 matriculados, resultando em uma proporção de 224,96% entre matriculados e a população existente na cidade.

O Censo Escolar desempenha um papel crucial na determinação da alocação de recursos pelo Fundeb, que é o principal mecanismo de financiamento da educação básica no país. Essa distribuição leva em consideração a quantidade e o tipo de matrícula, entre outros critérios, e os dados necessários para alimentar o Censo Escolar são fornecidos por cada secretaria municipal de educação. Essa abordagem abre margem para possíveis fraudes, onde prefeituras relatam um número de alunos superior ao real, o que resulta em um recebimento de recursos adicional em detrimento de outras regiões.

Mapa de risco

Para identificar e corrigir essas irregularidades, o Inep e a CGU implementaram o “Mapa de Risco” em 2011. Esse sistema classifica cidades com base em pontuações para identificar discrepâncias nas matrículas e orientar a correção de possíveis erros. Cidades selecionadas no “Mapa de Risco” são alvo de visitas do instituto, que buscam assegurar a precisão dos dados e fornecer orientações aos gestores locais. Além disso, essas visitas também verificam informações sobre a infraestrutura escolar e o corpo docente.

Caso seja identificada alguma discrepância nos dados, os gestores municipais precisam assinar um termo se comprometendo a corrigir os erros. Se não o fizerem, o Inep toma as medidas necessárias para efetuar as correções. A importância desse processo é evidente, uma vez que garante uma distribuição justa e precisa dos recursos do Fundeb, promovendo uma educação de qualidade em todo o território nacional.

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