Com alto índice de indecisos, Manaus ainda não tem prefeito definido

Manaus | AM

A nova pesquisa publicada, nesta segunda-feira (28), desta vez pela DMP/Tiradentes, revelou que 81% dos entrevistados, de forma espontânea, não sabem ou não tem em quem votar para o cargo de prefeito de Manaus, nas eleições deste. O alto índice de indecisos tem se tornado frequente, conforme matéria publicada pelo site ‘O PODER’, ainda neste mês de setembro, quando a pesquisa da EAS Consultoria Estatísca, mostrou que 69% dos eleitores entrevistados também estão indecisos.

Ainda no cenário espontâneo, onde não foram apresentados os nomes dos candidatos e o entrevistado falou o que lhe veio à cabeça, 7,8% disseram que votariam no ex-governador Amazonino Mendes e 5,4% disseram que votariam no também ex-governador David Almeida. Em um terceiro lugar, aparece o nome do deputado federal José Ricardo com 1,4%.

Pesquisa DMP/Tiradentes

A pesquisa da DMP/Tiradentes, comandada por Érico Jander da Silva Lopes e registrada sob o n. AM-01820/2020, no Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM), foi realizada entre os dias 22 e 25 de setembro, e ouviu 1.003. Ainda de acordo com o documento, a pesquisa tem 95% de confiabilidade e margem de erro de 3,1 pontos percentuais.

Pesquisa da DMP/Tiradentes

Estimulada

No cenário da pesquisa estimulada, quando são apresentados os nomes dos candidatos à Prefeitura de Manaus, os que não sabem em quem vão votar e os que vão votar nulo ou branco, se somados, totalizam 21% do entrevistados. Ainda neste mesmo cenário, o ex-governador Amazonino Mendes aparece com 33% dos votos, seguido de David Almeida com 18%, José Ricardo (6%), Ricardo Nicolau (5%) e Capitão Alberto Neto (5%).

Leia, na íntegra, a pesquisa publicada pela DMP/Tiradentes

Levando em consideração o erro de 3,1 pontos percentuais da pesquisa DMP/Tiradentes, Amazonino aparece dentro da margem dos seus 30% históricos e não consegue converter em números reais a confiança dos eleitores indecisos.

Em 2006, ao concorrer para o cargo de governador, foi derrotado em primeiro turno por Eduardo Braga, em uma eleição que contabilizou votos por todo o Estado, não só em Manaus onde obteve 40% dos votos (543.412 eleitores). Excluindo o percentual de votos vindos do interior, Amazonino entra na casa dos históricos 30% na capital.

Em 2008, na eleição só em Manaus, como a que vai acontecer este ano, o ex-governador venceu a disputa, em segundo turno, contra Serafim Corrêa. No primeiro turno conseguiu 46,21% dos votos (402.7170 eleitores), 15% acima da sua média, o que pode ser considerado um indicativo do que será necessário conquistar, caso queira ter sucesso na empreitada 2020.

Na eleição para o governo, em 2010, o político não participou da ‘corrida eleitoral’ e, em 2012, que seria sua reeleição, por problemas de saúde que prejudicaram sua gestão lhe atribuindo um de seus piores momentos na política, decidiu também não concorrer. Ficou fora do cenário em 2014 e em 2016, voltando ao cenário na eleição suplementar de 2017, após a cassação do ex-governador José Melo por compra de votos.

Nesta eleição, que também contou com eleitores de todo Estado, Amazonino venceu após dois turnos. No primeiro, entretanto, obteve 38,77% dos votos (577.397 eleitores), quase a mesma quantidade de eleitores que haviam votado nele, 14 anos atrás (543.412 eleitores).

Já no ano seguinte, 2018, concorreu à reeleição ao cargo e manteve a mesma quantidade de votos do ano anterior, no primeiro turno, 32,74%, (579.016 eleitores) e foi derrotado no segundo turno pelo atual governador Wilson Lima.