AO VIVO

Após reajuste para ministros, governo Lula deve esperar até maio para liberar aumento do salário mínimo; entenda demora

O reajuste é esperado, tradicionalmente, para o mês de janeiro, mas a equipe do ministro da Fazenda Fernando Haddad defende uma manutenção e fixar o valor já estabelecido no mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Por: Redação
Compartilhe

Venha fazer parte do nosso grupo do Whatsapp e receba em primeira mão as notícias do momento!

Clique aqui

PAÍS |

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve aguardar, pelo menos, mais quatro meses para liberar o aumento do salário mínimo dos brasileiros, que sai dos atuais R$ 1.212 para R$ 1.320 em 2023. O reajuste é esperado, tradicionalmente, para o mês de janeiro, mas a equipe do ministro da Fazenda Fernando Haddad defende uma manutenção e fixar o valor já estabelecido no mandato do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A expectativa é que haja liberação somente em maio.

A demora em vigorar o aumento entrou em xeque nesta semana e causou polêmica, após o governo Lula sancionar o reajuste parcelado de 18% do salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), que passará de R$ 39,3 mil para 46,36 mil em fevereiro de 2025. A medida foi publicada em edição extra do ‘Diário Oficial da União’ de terça-feira, 10.

Segundo especialistas, o aumento de salário dos ministros deve provocar um efeito dominó no serviço público, isso porque a remuneração da classe serve como teto para o pagamento do funcionalismo público no País e de referência para os vencimentos de juízes e desembargadores.

Já quanto ao salário mínimo, o governo pretende esperar até 1º de maio, Dia do Trabalhador, para atualizar o pagamento. A decisão ocorre para que a equipe econômica de Lula e Haddad possa discutir sobre o valor da remuneração. Enquanto uma ala política defende o pagamento de R$ 1.302,00 para o ano, outra quer R$ 1.320,00.

Entenda

O aumento do salário mínimo é um direito anual de todo trabalhador brasileiro, conforme estabelecido pela Consolidação das Leis de Trabalho (CLT). O reajuste salarial para R$ 1.302,00 foi proposto pelo governo de Jair Messias Bolsonaro (PL), sendo determinado via medida provisória editada por ele ainda em 2022 para valer este ano. 

Segundo a economista Denise Kassama, membro do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), foi a primeira vez que o governo Bolsonaro promoveu um ganho real do salário mínimo, ou seja, acima da inflação. A alta representou aumento de 7,43% (R$ 90) em relação ao salário mínimo de 2022 e o valor significa a reposição da inflação mais um ganho real de 1,4%.

Já o pagamento de R$ 1.320,00 foi uma promessa de campanha de Lula e estabelecido durante transição de governo com o valor já aprovado pelo Congresso dentro do Orçamento deste ano, permitindo um aumento real maior de 2,81%. O aumento do subsídio era uma das grandes promessas do presidente, que vem tendo a imagem desgastada devida a demora da liberação.

O governo, no entanto, enfrenta dificuldades e alegando falta de recursos. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a equipe econômica do petista analisou que houve um aumento significativo previsto de aposentadorias no final de 2022, elevando os gastos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), cujos pagamentos são atrelados ao salário mínimo.

Dessa forma, além do valor de R$ 6,8 bilhões já reservado no Orçamento, haveria um rombo de R$ 7,7 bilhões com o novo salário mínimo entrando em vigor desde janeiro de 2023, fazendo com que o valor ficasse fora do teto de gastos públicos. Por conta disso, a equipe liberada pelo ministro Fernando Haddad pretende fixar o subsídio em R$ 1.302,00.

“Qualquer aumento no salário mínimo tem impacto direto na previdência social, quanto ao pagamento das aposentadorias. Dessa forma, o governo decidiu estudar melhor para que o aumento esteja atrelado a outros indicadores e não apenas a inflação”, explicou a economista Denise Kassama.

 

Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil

atraso aumento salário

COMENTÁRIOS:

Nenhum comentário foi feito, seja o primeiro!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Notas do Poder

17/03
18:36

CENSURA SEMSA

A secretária de Saúde de Manaus, Shádia Fraxe, proibiu servidores da Semsa de opinar sobre a pasta e as UBSs nas redes sociais, sob risco de demissão. A Portaria 253 também veta filmagens e fotos nas unidades. O vereador Rodrigo Guedes (PP) criticou a medida, chamando-a de “ditadura”. Além disso, servidores não podem postar imagens com uniforme da Semsa. A secretaria ainda não comentou as restrições.

17/03
18:33

MANAUSCULT GASTOS

A Prefeitura de Manaus prevê gastar R$ 9,9 milhões em contratos da Manauscult para organização de eventos. Os termos, divulgados no DOM em 13 de março, têm validade de seis meses, mas não detalham os eventos contemplados. O maior contrato, de R$ 6,2 milhões, foi firmado com a UP Fest. Outra empresa contratada tem capital social de R$ 680 mil. O alto valor e a falta de transparência geram questionamentos.

17/03
18:29

GASTO PREFEITURA LÁBREA

A Prefeitura de Lábrea contratou a empresa Izac Arruda Feitosa Junior por R$ 4,1 milhões para fornecer merenda escolar. O contrato foi firmado após o Pregão Eletrônico nº 010/2025 e homologado pelo prefeito Gerlando Lopes (PL). A empresa, sediada em Lábrea, possui capital social de R$ 500 mil. A gestão municipal ainda não detalhou os produtos adquiridos nem a distribuição nas escolas.

17/03
18:20

CASSAÇÃO PREFEITO ENVIRA

O TRE-AM cassou o mandato do prefeito de Envira, Ivon Rates (PSD), e determinou novas eleições. O julgamento terminou empatado em 3 a 3, sendo decidido pelo voto da presidente da corte, Carla Reis. A ação foi movida pela coligação “A História Continua”, que alegou improbidade administrativa devido à rejeição das contas de Rates pelo TCU. Com a decisão, o tribunal deve organizar o novo pleito conforme as regras do TSE.

14/03
17:47

VIAGEM CARIBE

O Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu investigação sobre a viagem do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a Saint Barthélemy, no Caribe, após denúncias de possível custeamento com recursos públicos. O prefeito nega irregularidades e afirma ter arcado com os custos.

Ver mais >>

Programas