Levantamento feito pelo site O PODER, mostra como foi o último mandato de Amazonino Armando Mendes à frente da Prefeitura de Manaus
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Manaus | AM
Aos 81 anos, completados um dia após o primeiro turno das Eleições 2020, Amazonino Mendes tenta, a duras penas, retornar ao comando da Prefeitura de Manaus, onde esteve à frente, pela última vez, entre os anos de 2009 e 2012. Com uma saúde já debilitada e sem força política, a última gestão municipal do ‘Negão’, como também gosta de ser chamado, foi marcada por ausência nos despachos, declarações desastrosas e escândalos públicos.
O site O PODER fez um amplo levantamento de notícias que foram manchetes não apenas na imprensa local, como também nacional, envolvendo o atual candidato à Prefeitura de Manaus, Amazonino Mendes. Aos 73, em 2012, Amazonino estava em seu último ano como prefeito da capital do Estado, sua saúde, que atualmente já é frágil, naquela época já sinalizava uma debilidade. Tanto, que em setembro daquele ano, o Negão passou por inúmeras intervenções cirúrgicas no coração, todas realizadas no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo.
Sua ausência na cidade, ao longo dos 4 anos de mandato, foi alvo de inúmeras críticas. Ainda em 2012, conforme publicação do jornal ‘A Crítica’, Manaus ficou sob comando do juiz Airton Luis Corrêa Gentil, titular da 1a Vara da Dívida Ativa Estadual, por duas semanas, pois Amazonino, de acordo com nota emitida na época, esteve em Brasília tratando sobre assuntos relacionados a prefeitura.
Ainda em 2012, de acordo com matéria publicada pelo site ‘D24AM’, do Grupo Diário de Comunicação, Amazonino foi avaliado pelo Instituto Brasileiro de Opinião e Estatística (Ibope), como um dos 10 piores prefeitos do Brasil e ocupante do 17o lugar em aprovação popular, em uma classificação entre 26 prefeitos das capitais brasileiras.
Recordes negativos
No que diz respeito a sua gestão enquanto prefeito, Amazonino amargou rankings negativos. Dentre eles, o de que Manaus tinha, em 2012, um dos piores saneamentos básicos do País, conforme pesquisa do Instituto Trata Brasil. A capital amazonense ficou na posição 82 de um total de 100.
O Instituto Trata Brasil informou que a base de dados foi extraída do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), divulgado todos os anos pelo Ministério das Cidades. Em maio daquele, Amazonino anunciou o fim do contrato com a empresa Águas do Amazonas e o Grupo Águas do Brasil assumiu os serviços de abastecimento de água encanada e saneamento básico na capital.
Também na prefeitura de Amazonino, Manaus entrou para o ranking, de forma negativa, como a cidade com as piores calçadas, segundo levantamento elaborado pelo portal ‘Mobilize Brasil’, realizado entre os meses de fevereiro e abril de 2012.
De acordo com o portal, a capital do Amazonas ficou com a pior média (3,6). O levantamento analisou a situação das calçadas nas Avenidas Mário Ipiranga (Antiga Recife) e Djalma Batista, ambas na zona centro-sul, além da Eduardo Ribeiro, Manaus Moderna, 7 de Setembro e Rui Barroso, todas no Centro.
Declarações
Porém, os fatores negativos da gestão Amazonino não param por aí. Suas declarações também estamparam inúmeros periódicos. Durante entrevista para a rádio CBN, ele chegou a dizer que Manaus era a pior cidade do Brasil. “Precisamos acabar com essa história de dizer que Manaus é uma cidade maravilhosa. Nós temos a pior cidade do Brasil e só vamos melhorar se cada um fizer sua parte. A cidade está muita desorganizada”, disse ele.
Em 2011, ao dizer “então morra” para uma moradora de área de risco, o ‘Negão’ foi destaque do ‘Estadão‘. O fato ocorreu enquanto o prefeito concedia uma entrevista à uma emissora local e dizia que as pessoas tinham que ajudar a prefeitura, não construindo casas “onde não devem”.
Investigações
Ainda ao longo de sua trajetória política, Amazonino foi alvo de inúmeras investigações por, por exemplo, ser proprietário de uma empreiteira que prestava serviços para o Estado. Além disso, foi acusado de evasão de divisas, enriquecimento ilícito, corrupção passiva e ativa, peculato e improbidade administrativa.
Por inúmeras vezes, seus bens foram bloqueados e sua mansão, no bairro Tarumã, zona oeste da cidade, esteve estampada em diversas matérias, dentre elas, uma que abordava ao fato de, na época, seu Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) custar R$ 618, quando, na verdade, um imóvel daquela porte custava, em média, R$ 12 mil.
Ao finalizar seu mandato, Amazonino deixou de cumprir promessas feitas durante aquele período como a criação e implementação da ‘Prefeitura Móvel’, a redução de 20% da tarifa do IPTU, a construção parques para eventos culturais, a criação de mil creches, recuperação de ruas nos primeiros 120 dias e a implantação de programação social para reabilitar jovens vítimas de dependências químicas. As informações constam em matéria do jornal ‘A Crítica’.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) abriu investigação sobre a viagem do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), a Saint Barthélemy, no Caribe, após denúncias de possível custeamento com recursos públicos. O prefeito nega irregularidades e afirma ter arcado com os custos.
A Câmara Municipal de Manaus (CMM) decidiu anular os três editais do concurso público realizado em setembro de 2024, após recomendação do Ministério Público do Amazonas (MPAM). A decisão foi tomada com o apoio de 23 dos 24 vereadores e da Procuradoria-Geral da Casa, devido a falhas que comprometeram a transparência do certame.
Após 14 anos, a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) voltará a realizar um concurso público. O presidente da Casa, deputado Roberto Cidade (União Brasil), anunciou nesta quarta-feira (13) que o certame oferecerá 100 vagas, sendo 60 para nível superior e 40 para nível médio, além de um cadastro reserva com 200 vagas.
Uma nova pesquisa da Ipsos-Ipec, divulgada nesta quinta-feira (13), indica um crescimento na insatisfação com o governo do presidente Lula (PT). O levantamento mostra que 41% dos brasileiros classificam a gestão como “ruim” ou “péssima”, um aumento de sete pontos percentuais em relação a dezembro de 2024, quando o índice era de 34%.
Janaína Jamilla anunciou sua saída do Fundo Manaus Solidária após dois meses no cargo. Em postagem nas redes sociais, afirmou que deixará a função para se dedicar aos negócios e à família. Nomeada em janeiro, sua escolha foi questionada por falta de formação técnica na área. Ex-candidata pelo Avante, ocupava um cargo equivalente a subsecretária, com salário de R$ 22 mil. Em sua despedida, destacou projetos que coordenou, mas não mencionou o prefeito David Almeida ou a primeira-dama.
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