Audiência pública no Senado discutiu os efeitos no setor de serviços e destaca a importância de preservar o Simples Nacional; especialistas alertam para sonegação de impostos
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A Comissão de Constituição e Justiça, do Senado Federal, realizou nesta terça-feira (19), uma audiência pública para discutir os impactos da reforma tributária no setor de serviços.
Na ocasião, especialistas reforçaram a preocupação de especialistas que acreditam que o setor pode ser um dos mais afetados pela mudança. Maioria defendeu a preservação do Simples Nacional, no qual os prestadores de serviços são submetidos à cobrança de um tributo único cumulativo e de menor carga. A audiência foi presidida pelo relator da reforma, senador Eduardo Braga (MDB-AM).
De acordo com o gerente de políticas públicas do Sebrae, Carlito Merss, 99% das empresas brasileiras fazem parte da categoria pequenos negócios. 21,4 milhões de pequenos negócios no país são microempreendedores individuais (MEI), microempresas (ME) e empresas de pequeno porte (EPP). Do total, 14,2 milhões são MEI’s e 7,2 milhões estão divididos entre ME e EPP. Em 2023 já são 54,6 milhões de empregados.
Simples nacional ameaçado?
Ainda de acordo com Merss, atualmente, 83% das empresas optantes pelo Simples Nacional sobrevivem aos dois primeiros anos após abertura. Entre as não-optantes pela modalidade, apenas 38%. Entre os prejuízos estão 29% das optantes fechariam; 20% das optantes se tornariam informais; 18% das optantes reduziriam suas atividades.
“São preocupações que a gente traz, senhor relator. Todos esses dados nós estamos contando com a fazenda, com a receita, com a previdência também, uma das principais que há 20 anos nos permitiu aprovar uma lei específica tem a ver com a previdência. E dizer que o Simples seja cuidado. Há uma série de preocupações nossas”, concluiu.
O Simples abrange todos os tributos substituídos na reforma (PIS/Cofins, IPI, ICMS e ISS). A modalidade se caracteriza pelo pagamento simplificado dos impostos por meio de uma única guia (DAS) e pela possibilidade de redução da carga tributária.
Alerta para a sonegação
As empresas de serviços vão poder gerar créditos. No entanto, normalmente estas empresas têm a mão de obra como seu principal insumo. A indústria, por exemplo, consegue gerar créditos descontando impostos pagos na hora da compra de insumos, o que não acontece com os serviços.
O consultor tributário da Confederação Nacional do Comércio, Gilberto Alvarenga, expressou preocupação em relação às mudanças propostas e que a carga tributária pode variar de 100% para 271%. Ele questionou se os fornecedores ou clientes dessas empresas vão conseguir absorver o aumento de custos, levando a possibilidade de aumento da sonegação de impostos.
“Será que o fornecedor, ou na verdade o cliente, da empresa do Simples Nacional vai conseguir absorver esse aumento de custo? Será que a gente não está fomentando, na verdade, a sonegação de tributos? E a gente está espremendo cada vez mais aqueles empresários que empreendem de forma adequada e formal de acordo com a legislação tributária do Brasil? Eu acho que esse é um ponto que a gente tem que pensar”, enfatizou.
O secretário da Casa Civil do Amazonas, Flávio Antony, participou em Roma do Fórum IAmazonia, representando o governador Wilson Lima. Ele destacou a importância de cuidar das pessoas que vivem na floresta e defendeu o acesso à internet e à água potável para as comunidades amazônicas. Antony citou ações do governo, como os programas Guardiões da Floresta e Escola da Floresta. “Ninguém se importa mais com a floresta do que o nosso povo”, afirmou. O evento segue até sexta-feira com debates sobre bioeconomia e justiça climática.
O PL 342/2025, do deputado Roberto Cidade (UB), torna obrigatória a notificação à polícia sobre o uso de dados em golpes cibernéticos no Amazonas. A proposta visa agilizar a identificação dos autores e proteger os cidadãos. Segundo a SSP-AM, os crimes cibernéticos cresceram 53,9% de 2023 a 2024. A notificação deverá ser feita em até 48 horas por operadoras, bancos, redes sociais e outras plataformas, contendo dados, descrição e indícios dos casos.
Segundo o Paraná Pesquisas, Lula enfrenta queda nas intenções de voto há 20 meses, caindo de 48% em agosto de 2023 para 40,4% em abril de 2025. Enquanto isso, Bolsonaro cresceu de 38,5% para 46% no mesmo período. A virada ocorreu em março de 2024. Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas também apresentaram alta, chegando a 45% e 43,4%, respectivamente. Em todos os cenários, Lula segue em queda, apesar das mudanças na comunicação do governo.
Alfredo Nascimento, presidente do PL no Amazonas, afirmou que ainda não há definições sobre as vagas de vice e segunda candidatura ao Senado na chapa de 2026. Ele destacou que a construção do grupo político será feita com base em afinidades ideológicas. Também ressaltou a pré-candidatura de Maria do Carmo Seffair ao governo como prioridade do PL e disse que vai colocar sua experiência à disposição para ajudá-la a ser governadora.
A Prefeitura de Novo Aripuanã firmou dois contratos que somam R$ 1,89 milhão para compra de mobiliário ao complexo administrativo, apesar de denúncias de abandono na rede municipal de ensino. Os contratos foram assinados com empresas de Manaus e gerenciados pela Secretaria de Administração. O MPAM apura problemas como falta de merenda, transporte escolar e insumos nas escolas, além de possíveis irregularidades em concurso público da gestão.
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