O ramo empreendedor e político do Amazonas chamou o comentário de Lula de infeliz, desastroso e irreal
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O fala do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na última quarta-feira, 18, sobre os empresários do País não trabalharem e que “ganham muito dinheiro” às custas dos funcionários causou repercussão negativa entre a categoria. O setor empresarial e político do Amazonas chamou o comentário de infeliz, desastroso, equivocado e irreal, além afirmar que a declaração do petista demonstra que o governo federal quer “punir” o ramo empresarial.
O economista e empreendedor Marcus Evangelista, presidente do Conselho Regional de Economia do Amazonas (Corecon-AM), destacou que o presidente “esquece que os trabalhadores só têm seus empregos graças as ações dos seus patrões”, que souberam aproveitar as oportunidades para montar um negócio.
“Essa questão de que o patrão ganha dinheiro às custas de seus trabalhadores é irreal, porque, para se tornar patrão, antes de tudo, ele era um trabalhador que soube aproveitar as oportunidades e trabalhou mais do que os demais para conseguir montar um negócio. Essa fala demonstra que ele quer punir os empresários, favorecendo a classe trabalhadora e esquece que os trabalhadores só têm os seus empregos graças às ações dos seus patrões”, comentou o economista.
O vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Nelson Azevedo, a expressão do presidente por si só já demonstra um equívoco sobre a relação “capital x trabalho”. “Em todas as civilizações avançadas, essa relação é harmoniosa e producente, pois um depende do outro e os dois se beneficiam dela”, ponderou.
Já o vereador Diego Afonso (União Brasil), empresário do ramo de distribuição de petróleo e presidente da Frente de Recuperação Econômica da Câmara Municipal de Manaus (CMM), disse que a declaração do presidente Lula foi “totalmente infeliz”. Para o parlamentar, a “mola propulsora” do País é o empresariado.
“É quem gera emprego, renda e riqueza todos os dias. Ele [Lula] precisa entender que a maior contrapartida que o empresário dá ao governo é, praticamente, ser sócio. São os impostos pagos em dia e isso o governo aplica de forma, muitas das vezes, equivocada, não revertendo à qualidade de vida da população”, destacou Diego Afonso.
O comentário do chefe do Executivo ocorreu durante uma entrevista exclusiva ao canal de notícias por assinatura GloboNews, após Lula ser questionado sobre se ele considerava as responsabilidades social e fiscal antagônicas. Além da fala sobre os empresários, o petista disse que queria ter uma sociedade de classe média e que era preciso ter “contrapartida social”.
“Elas [a responsabilidade fiscal e a responsabilidade social] são antagônicas por causa da ganância, sabe, das pessoas mais ricas, ou seja, as pessoas não querem… o empresário não ganha muito dinheiro porque ele trabalhou. Ele ganha muito dinheiro porque os trabalhadores dele trabalharam. O que nós queremos é que apenas haja a contrapartida no social. Não interessa a gente ter uma sociedade de miseráveis. Nós queremos ter uma sociedade de classe média”, respondeu o presidente.
A visão de Lula sobre o ramo empresarial, no entanto, para o economista Marcus Evangelista, pode ser desastrosa. “Essa visão socialista que o presidente está querendo trazer para o País pode ser um desastre. Se parar para pensar, que País socialista que tem qualidade de vida para os seus cidadãos? não existe”, questionou.
O vereador Diego Afonso reforçou, também, que a declaração do presidente afeta, inclusive, o mercado econômico. O parlamentar salientou ainda que o governo federal precisa continuar com o desenvolvimento do País e atuando com a pauta de desburocratização. Afonso citou também a Reforma Tributária defendida por Lula e reforçou que a medida precisa prosseguir sem que o ramo empresarial seja prejudicado.
“Defendemos essa Reforma Tributária, porém, não tirando, subtraindo de quem sobrevive, diariamente, gerando emprego e renda. Imagine o que fosse do País sem os empreendedores, sem quem acredita na economia e no desenvolvimento da nossa região e do País”, frisou o parlamentar.
Ainda para o economista Marcus Evangelista, em meio aos acontecimentos sócio-políticos e econômicos do País, o governo federal deveria priorizar a adoção de iniciativas e estratégias que incentivem a criação de novas empresas.
“A atitude correta e prudente seria trazer alternativas e estratégias para favorecer a criação de novas empresas e a manutenção das que já existem, porque são essas que garantem a empregabilidade do brasileiro. [Isso porque] a União, as prefeituras e os Estados não teriam condições de absolver toda essa massa de trabalhadores, caso as empresas venham fechar”, concluiu Marcus Evangelista.
Na mesma linha de pensamento, o vice-presidente da Fieam comentou sobre a geração de emprego e renda. Para Nelson Azevedo, quanto mais o capital é investido, mais empregos são gerados, e a qualificação dos trabalhadores faz com que a qualidade dos empregos seja aprimorada.
“O governo deveria melhorar o ambiente de negócios para estimular novos empreendedores e novas empresas para gerar mais riqueza, trabalho e renda para as pessoas que estão em busca de uma oportunidade no mercado formal de trabalho”, realçou.
Azevedo concluiu: “Não se deve hostilizar nenhum dos protagonistas dessa parceria que traz um ganha-ganha para a economia e para a sociedade. Quanto maior for a geração de riquezas no País, maior será a arrecadação de impostos e, consequentemente, mais serviços de saúde, educação, segurança, etc, serão oferecidos a população”.
Texto: Bruno Pacheco / O Poder
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