Setor de serviços cresce e lidera registro de empresas formais no Amazonas

Nos últimos anos, o setor de serviços no Amazonas apresentou um aumento de 55,7%, de acordo com dados levantados pelo site ‘Empresômetro’. A plataforma reúne dados e estatísticas sobre a atividade empresarial no território nacional, desenvolvida pelo Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), encomendada pela Confederação Nacional do Comércio (CNC) e pelo Fórum das Micro e Pequenas Empresas.

Nos dados referentes ao recorte de 2022 a 2024, o crescimento do setor de serviços é expressivo tanto em percentual como em valores absolutos. No ano de 2023 em relação a 2022, o crescimento ficou em torno de 23,64%. Já nos primeiros dois meses deste ano, a alta em relação à 2023 chegou à 3,74% e deve seguir crescendo ao longo dos próximos de 2024.

Em 2022, foram registradas 98.526 empresas formais no Amazonas; em 2023 foram 121.816 registros e até fevereiro deste ano, o setor já conta com 126.373 registros.

Ao todo, o peso percentual do setor de serviços em relação ao montante arrecadado no Amazonas foi de 55,7%, ficando a frente do comércio, indústria e demais segmentos. O crescimento é um indicador de que a economia do estado tem dado sinais de recuperação.

Segundo Michele Aracaty, Doutora em Economia, a relevância do setor de serviços em toda a economia acontece a partir de investimentos em infraestrutura, transporte e comunicações, criando um elo entre o consumidor final e os demais setores.

“O setor de serviços é o segmento econômico que mais demanda mão de obra, sendo o responsável pelo peso maior na geração de emprego e fluxo econômico na economia regional”, explica a economista.

De acordo com Michele, entre as prováveis causas para esse aumento significativo, está a maior circulação de renda disponível na economia, o aumento do salário-mínimo, repasses de programas de transferência de renda e demais benefícios que elevam o fluxo econômico.

” O incremento do setor de serviços a nível local se dá com o aumento do crédito. Por exemplo, crédito para as mulheres empreendedoras, ou crédito para micro e pequenas empresas. São políticas públicas que dão resultado e fomentam o setor, pois ajuda nas vendas e restaura o crédito”.

Conforme Francisco de Assis Mourão Junior, economista e professor universitário, o crescimento do setor de serviços é resultados de alguns fatores, como o aquecimento econômico por contratações e aumento do número de empresas sendo instaladas no Amazonas, como foi discutido recentemente em reuniões do Conselho de Desenvolvimento do Amazonas (Codam) e do Conselho de Administração da Suframa (CAS).

“Os incentivos fiscais concedidos aqui são grandes fatores para esse crescimento do setor, o que aumenta o volume de mão de obra e ao mesmo tempo de investimentos feitos pelo nosso Estado, privilegiando alguns segmentos, entre eles, o de serviços”, ressaltou o economista.