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“Juntos somos fortes, divididos seremos sempre o país do futuro que nunca chega”, diz Lula

A cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para seu terceiro mandato presidencial começou no início da tarde deste domingo (1º/1), em Brasília, com a Praça dos Três Poderes lotada. Cerca de 40 mil apoiadores acompanham o evento presencialmente. Lula terá, ao longo do dia, uma série de compromissos na capital federal […]

Por: Redação
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A cerimônia de posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para seu terceiro mandato presidencial começou no início da tarde deste domingo (1º/1), em Brasília, com a Praça dos Três Poderes lotada. Cerca de 40 mil apoiadores acompanham o evento presencialmente.

Lula terá, ao longo do dia, uma série de compromissos na capital federal – passando da Catedral Metropolitana ao Palácio do Planalto – com encerramento em uma recepção no Palácio Itamaraty. Em paralelo, é realizado um evento musical na Esplanada dos Ministérios.

Lula saiu do hotel onde está hospedado, o Meliá Brasil 21, por volta de 14h20, em direção da cerimônia.

Conforme previsto, às 14h30 Lula subiu no Rolls-Royce. O petista foi acompanhado da primeira-dama, Rosângela da Silva, a Janja; do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB); e da vice-primeira-dama, Lu Alckmin.

Foi a primeira vez que o presidente eleito colocou o vice para desfilar no carro principal.

Congresso
Às 14h40, Lula chegou ao Congresso Nacional, onde foi recebido pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). O presidente eleito chorou ao entrar na Casa Legislativa.

A sessão foi aberta às 14h56, com a fala do presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco. Ele prestou homenagem a Pelé.

Em seguida, Lula e Alckmin fizeram o juramento e foram empossados por Pacheco. O petista assinou o termo de posse às 15h10 com uma caneta que, segundo ele, ganhou em 1989 de um cidadão no Piauí.

Lula iniciou o seu discurso com uma série de críticas ao governo de Jair Bolsonaro (PL). “A democracia foi a grande vitoriosa nesta eleição”. Ele também destacou o compromisso com o combate à fome. “Nenhuma nação se ergueu ou poderá se erguer sobre a miséria do seu povo”, disse.

“A democracia será defendida pelo povo na medida em que garantirá a todos e a todas os direitos descritos na Constituição”, acrescentou, após criticar o fascismo.

O presidente empossado disse também que a roda da economia vai voltar a girar. “Vamos retomar a política de valorização permanente do salário mínimo e estejam certo que vamos acabar mais uma vez com a vergonha fila do INSS, outra injustiça reestabelecida nesses tempos de destruição.”

“Estamos revogando os criminosos decretos de ampliação de acesso a armas e munições que tanta insegurança causaram às famílias brasileiras. O Brasil não quer e não precisa de armas na mão do povo. O Brasil precisa de segurança, de livro, de educação e de cultura para que a gente possa ser um país mais justo”, acrescentou.

Lula também criticou a “estupidez chamada teto de gasto” e disse que irá revogá-lo.

O discurso do presidente no Congresso durou cerca de 30 minutos. Ele foi aplaudido diversas vezes pelos presentes.

Por sua vez, Pacheco ressaltou que os interesses do país estão acima de questões partidárias. “Como todo novo começo, o Brasil ganha fôlego e se enche de expectativas próprias de quem foi agraciado com uma outra chance. Uma chance de fazer mais, de fazer melhor”, disse o presidente do Senado.

Palácio do Planalto
A sessão terminou por volta de 16h05. Trinta minutos depois, saiu do Congresso e passou tropas em revista. Foi tocado o hino nacional da República. Ao contrário das cerimônias anteriores, não foi realizada a salva de tiros, após pedido da primeira-dama, Janja.

Lula seguiu rumo ao Palácio do Planalto. Ele subiu a rampa às 16h52, acompanhado de Janja e a cachorra Resistência, e do vice Alckmin, além de representantes da sociedade civil.

Lá em cima recebeu a faixa de presidente e chorou. Bolsonaro e o vice Hamilton Mourão se recusaram a passar a faixa.

“A ninguém interessa um país em intermitente pé de guerra. Chega de ódio, fake news, armas e bombas. […] A disputa eleitoral acabou. Não existem dois Brasis”, afirmou Lula, em seu primeiro discurso à população após ser empossado.

O presidente se comprometeu de combater “dia e noite” todas as formas de desigualdade do país.

“É inadmissível que os 5% mais ricos desse país detêm a mesma fatia de renda que os demais 95% de pessoas; que seis bilionários brasileiros tenham uma riqueza equivalente ao patrimônio dos 100 milhões mais pobres do país; que um trabalhador ou uma trabalhadora que ganha um salário mínimo mensal leve 19 anos para receber o equivalente que um super rico recebe em um único mês”, afirmou.

“Ainda que nos arranquem todas as flores, uma por uma, pétala por pétala, nós sabemos que é sempre tempo de replantio, e que a primavera há de chegar. E a primavera já chegou. Hoje, a alegria toma posse do Brasil, de braços dados com a esperança”, assinalou também.

“Viva o Brasil”
Sem citar Bolsonaro nem Temer, Lula criticou governos anteriores.

“Infelizmente, muito do que construímos em 13 anos foi destruído em menos da metade desse tempo. Primeiro, pelo golpe contra a presidenta Dilma em 2016. E na sequência, pelos quatro anos de governo de destruição nacional cujo legado a história jamais perdoará”, disparou, ao arrancar aplausos da população.

Disse ainda que em seu governo não houve, nem haverá gastança alguma. Pontuou ser tempo de união e reconstrução do nosso país. “Juntos somo fortes, divididos seremos sempre o país do futuro que nunca chega”, disse Lula.

“Na luta pelo bem do Brasil, usaremos as armas que os nossos adversários mais temem: a verdade, que se sobrepôs à mentira; a esperança, que venceu o medo; o amor, que derrotou o ódio. Viva o Brasil, viva o povo brasileiro”, finalizou o discurso (leia aqui a íntegra), às 17h35.

Depois disso, Lula cumprimentou chefes de Estado.

Foto: Igo Estrela/Metrópoles

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