Em debate em Brasília, deputado Fausto Pinato (PP-SP) afirmou que o País perde R$ 30 bilhões com os incentivos ao setor instalado na Zona Franca de Manaus
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Manaus | AM
Durante debate sobre a importância da Zona Franca de Manaus (ZFM) realizado na semana passada na Câmara Federal em Brasília, o deputado Fausto Pinato (PP-SP) afirmou que as empresas de refrigerante instaladas na ZFM causam um rombo de R$ 30 bilhões aos cofres federais. Segundo o parlamentar, há uma “compensação superfatura do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI)”.
“O IPI é feito para ser recolhido e não para fazer compensação superfaturada e compensar em outros estados. O extrato do guaraná custa R$20, R$30, e é superfaturado para R$ 2 mil, fazendo uma compensação financeira atingindo todo o País. Porque há tanto poder da Coca-Cola e da Ambev neste País? São R$ 30 bilhões que poderiam estar ajudando no Bolsa Família. Será que a Coca-Cola precisa de tanto incentivo assim?”, questionou Pinato.
O questionamento reacende a polêmica acerca dos incentivos fiscais concedidos ao setor de concentrados do Polo Industrial de Manaus (PIM), sobretudo nesse momento em que um decreto federal que zera a alíquota do IPI dos concentrados está suspenso por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Segundo matéria publicada na Revista Carta Capital e replicada em vários sites, como o do Sindifiscal do Espírito Santos, especialistas afirmam que há um distorcido sistema de incentivos fiscais que beneficia grandes produtores de refrigerantes, principalmente Coca-Cola e Ambev, que já detêm 60% e 18% do mercado, respectivamente.
A conta é simples: quanto maior a alíquota do IPI, mais vantagens os fabricantes têm para gerar créditos de um imposto que não é pago e que são utilizados para abater outros tributos. A redução do IPI proposta pelo Governo Federal significa, na prática, que as indústrias de refrigerantes terão menos “créditos” do tributo. Ou seja, pagarão mais impostos.
Nas entrelinhas
Em entrevista ao programa “Boa Noite Amazônia”, da rádio Onda Digital, o pré-candidato ao Senado e interlocutor do Governo Federal no Amazonas, Coronel Menezes (PL), deixou no ar que o decreto presidencial que zerou a alíquota do IPI para a produção de concentrados de bebidas não alcoólicas era uma resposta de Brasília a esse “problema”.
Menezes chegou a indagar o motivo das empresas não terem, por exemplo, reclamado do decreto que zerou o IPI.
O economista e consultor financeiro Edivaldo Junior, que prestou serviços para empresas do PIM, diz que há anos as indústrias instaladas em Manaus utilizam o benefício de maneira irregular.
“Isso não é novidade para quem conhece sobre o polo de concentrados. Eu já trabalhei lá. Lá em 1994, a Procuradoria da Fazenda Nacional já alertava que o esquema de créditos tributários resultaria em enriquecimento ilícito e evasão fiscal. Não tem lógica receber compensações por um imposto que não é pago”, explicou.
Ainda de acordo com o economista, os subsídios variam de 15 a 20 centavos de real por lata de refrigerante consumida no País. Nas garrafas de 2 litros, o valor repassado a essas empresas fica entre 45 e 50 centavos. Entre o que deixa de ingressar no tesouro e o que sai na forma de incentivos, cada brasileiro, consuma ou não os produtos das corporações de bebidas, doa 35 reais ao ano aos fabricantes.
O secretário da Casa Civil do Amazonas, Flávio Antony, participou em Roma do Fórum IAmazonia, representando o governador Wilson Lima. Ele destacou a importância de cuidar das pessoas que vivem na floresta e defendeu o acesso à internet e à água potável para as comunidades amazônicas. Antony citou ações do governo, como os programas Guardiões da Floresta e Escola da Floresta. “Ninguém se importa mais com a floresta do que o nosso povo”, afirmou. O evento segue até sexta-feira com debates sobre bioeconomia e justiça climática.
O PL 342/2025, do deputado Roberto Cidade (UB), torna obrigatória a notificação à polícia sobre o uso de dados em golpes cibernéticos no Amazonas. A proposta visa agilizar a identificação dos autores e proteger os cidadãos. Segundo a SSP-AM, os crimes cibernéticos cresceram 53,9% de 2023 a 2024. A notificação deverá ser feita em até 48 horas por operadoras, bancos, redes sociais e outras plataformas, contendo dados, descrição e indícios dos casos.
Segundo o Paraná Pesquisas, Lula enfrenta queda nas intenções de voto há 20 meses, caindo de 48% em agosto de 2023 para 40,4% em abril de 2025. Enquanto isso, Bolsonaro cresceu de 38,5% para 46% no mesmo período. A virada ocorreu em março de 2024. Michelle Bolsonaro e Tarcísio de Freitas também apresentaram alta, chegando a 45% e 43,4%, respectivamente. Em todos os cenários, Lula segue em queda, apesar das mudanças na comunicação do governo.
Alfredo Nascimento, presidente do PL no Amazonas, afirmou que ainda não há definições sobre as vagas de vice e segunda candidatura ao Senado na chapa de 2026. Ele destacou que a construção do grupo político será feita com base em afinidades ideológicas. Também ressaltou a pré-candidatura de Maria do Carmo Seffair ao governo como prioridade do PL e disse que vai colocar sua experiência à disposição para ajudá-la a ser governadora.
A Prefeitura de Novo Aripuanã firmou dois contratos que somam R$ 1,89 milhão para compra de mobiliário ao complexo administrativo, apesar de denúncias de abandono na rede municipal de ensino. Os contratos foram assinados com empresas de Manaus e gerenciados pela Secretaria de Administração. O MPAM apura problemas como falta de merenda, transporte escolar e insumos nas escolas, além de possíveis irregularidades em concurso público da gestão.
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