Documentos da agência revelam atuação de outros países em parceria com organizações do terceiro setor e militantes de esquerda
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Interferência de outros países em obras públicas brasileiras, espionagem, biopirataria na Amazônia e manipulação de indígenas. Essas são algumas constatações da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), feitas entre 2002 e 2023, em relatórios obtidos pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das ONGs.
Além de dar mais transparência à distribuição de recursos do Fundo Amazônia, a CPI das ONGs busca mostrar como grupos do terceiro setor, financiados com capital estrangeiro, atuam em outros países. Agora, a CPI tem munição para desmontar a tese de partidos de esquerda segundo a qual essas entidades querem apenas ajudar nações em desenvolvimento e proteger “povos originários”.
Nos documentos, é possível ver acordos entre ONGs e outros países e até instrumentalização de militantes de esquerda. Além disso, a Abin revela os principais financiadores dessas instituições no Brasil.
Blue Moon Foundation; Green Grant Fund; Charles Stewart Mott Foundation; Bill and Melinda Gates; Gordon and Betty Moore Foundation; Clinton Global Iniciative.
Durante uma audiência em julho, na CPI das ONGs, o ex-ministro da Defesa Aldo Rebelo afirmou que existe um “Estado paralelo” na Amazônia.
Para Rebelo, esse Estado está “governando a Amazônia com o auxílio do Estado formal brasileiro, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do Ibama, da Funai e desse ministério que criaram agora, dos Povos Indígenas”. “É um consórcio de agências do Estado brasileiro a serviço desses interesses”, constatou.
Em 2012, durante os governos Dilma Rousseff e Barack Obama, a Abin monitorou a atuação da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid, na sigla em inglês) na Amazônia.
De acordo com a Abin, ONGs brasileiras patrocinadas pela Usaid “praticam ações que configuram tentativas de interferência externa ao adotar posicionamentos que, muitas vezes, conflitam com interesses do governo brasileiro na região”.
Kanindé – Associação de Defesa Etnoambiental; Instituto Internacional de Educação no Brasil (IEB); Equipe de Conservação da Amazônia; Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon); Instituto Floresta Tropical; Instituto de Pesquisas Ecológicas.
Conforme a Abin, a Kanindé e o IEB, um dos que mais recebeu capital estrangeiro (só em 2004, foram mais de R$ 12 milhões da Fundação Moore, um grupo progressista dos EUA), mobilizaram indígenas para impedir a pavimentação da BR-317, rodovia que liga o Acre à Interoceânica, em 2010. A onda de protestos só terminou depois de um acordo entre o governo estadual e esses grupos, intermediado pelas ONGs.
A Abin afirmou que as seis ONGs, sobretudo Kanindé e IEB, “atuaram opondo-se às obras, procurando influenciar as organizações indígenas de acordo com as posições defendidas pela Usaid.
O relatório da Abin menciona ainda monitoramento da Amazônia, feitos via satélite, pelo Imazon. “Utilizam técnicas desenvolvidas para detectar, quantificar e monitorar, por meio de imagens de satélites, estradas, comunidades tradicionais e tipologias florestais, entre outros aspectos”, diz a Abin. “Com financiamento estadunidense, o Imazon vem monitorando o espaço geográfico brasileiro. O sensoriamento remoto é feito por meio de satélites do projeto Landsat, pertencentes aos EUA.”
Ainda naquele ano, hidrelétricas também não foram poupadas da interferência estrangeira.
ONGs, como a Movimento Xingu Livre, que recebe dinheiro da Fundação Ford, se valeram de protestos de funcionários ligados a sindicatos de esquerda, por direitos trabalhistas, para tentar inviabilizar o seguimento das obras, como em Belo Monte, no Pará, segundo a Abin.
Entidades do terceiro setor procuraram barrar a construção de outras usinas, como as de Jirau e de Santo Antônio, ambas em Porto Velho (RO) consideradas de baixo impacto ambiental pela agência de inteligência brasileira.
A movimentação contra essas obras ficou mais acalorada no que diz respeito à melhoria de infraestrutura no Tapajós. As ONGs Movimento Tapajós Vivo e Aliança Missionária Franciscana do Tapajós distribuíram uma cartilha para “conscientizar indígenas” sobre os males dessas obras. Em uma das ilustrações, é possível ver dois indígenas segurando a cabeça de pessoas, enquanto sangue jorra do pescoço.
Em 2013, a Abin identificou movimentações de outros países, sobretudo dos Estados Unidos e da Alemanha, contra o Programa Espacial Brasileiro.
Segundo a Abin, à época, a ONG Movimento Atingidos pela Base Espacial (Mabe) passou a instrumentalizar moradores da região da realizar protestos contra a base. O Mabe recebe, anualmente, da Alemanha, cerca de R$ 50 mil, apenas para despesas administrativas.
Naquele, a Abin mencionou também um esquema de tráfico de animais, por meio de ONGs da Amazônia. Em linhas gerais, essas organizações oferecem passagens para especialistas europeus virem estudar a região. Há ainda uma rede de hotéis na região amazônica ligados a essas ONGs.
“Foram identificados casos de coleta, transporte e tentativas de remessa ilegais de materiais de biodiversidade brasileira”, observou a Abin. “Tais fatos, aliados à busca de acesso ao conhecimento tradicional associado, têm sido constatados em diversos locais do Brasil.” O relatório cita a prisão de um alemão, em um aeroporto de Fortaleza, com 21 mariposas vivas da espécie rara Lepidoptera.
Neste ano, a Abin tem monitorado as demarcações de terras indígenas no entorno do Complexo Hidrelétrico do Tapajós (CHT), na tentativa de frear o avanço do desenvolvimento tecnológico na região.
O relatório lembra que, antes do início da construção do CHT, a estratégia das ONGs da região era dizer aos indígenas locais que o projeto seria ruim e orientar essas pessoas a se manifestarem contra. Além disso, as ONGs fizeram o possível para impedir a consulta prévia das autoridades a essas pessoas, de modo a construir as usinas, segundo a Abin. Entre as ONGs citadas está o Greenpeace.
Atualmente, as entidades do terceiro setor pressionam pela demarcação das terras, com a finalidade de impedir a construção de mais obras de infraestrutura.
Fonte: Revista Oeste
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