Com crise das queimadas e fumaça, brigadistas enviados por Marina Silva ao Amazonas se limitam a 65 homens

Após vários dias de devastação sem precedentes devido a incêndios florestais e os prejuízos à qualidade do ar na capital e em municípios do interior do Amazonas, um grupo de 65 brigadistas e equipamentos para atuação, enviados pela Ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, chegou a Manaus neste domingo (15). O anúncio foi feito por meio das redes sociais do governo do Amazonas. A ação de combate deve acontecer após dois dias de chuvas intercaladas que minimizaram os efeitos da fumaça na região. Os profissionais irão atuar nos municípios de Autazes e Careiro, áreas identificadas como as mais afetadas pelas queimadas.

Mobilização tardia
A situação atingiu um nível crítico, com uma onda de fumaça sufocante encobrindo cidades e colocando a saúde da população em risco. Manaus, a capital do estado, chegou a ser classificada como uma das cidades com a pior qualidade do ar no mundo devido à densa fumaça que pairava sobre a cidade. Isso levou a um aumento nos problemas respiratórios e preocupações com a saúde pública.

Com a pressão da população, em especial pelas redes sociais, a ministra Marina Silva convocou coletiva de imprensa, na última sexta-feira (13) e anunciou o envio de 149 brigadistas do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para auxiliar no combate a incêndios florestais.

Este é o pior outubro de queimadas no estado nos últimos 25 anos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Até 19 de setembro, foram contabilizados 5.186 focos de incêndio, o que representa um aumento de 72,6% em relação à média histórica do mês, que é de 3.003. O Inpe iniciou o monitoramento em 1998.