Em resposta, o TCE-AM ordenou a suspensão imediata dos repasses do Fundeb para o Funserv e estabeleceu um prazo de 30 dias para que a SEMED e a Prefeitura de Manaus tomem as devidas providências para compensar os valores não repassados
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O Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) determinou, na última quinta-feira (13), a suspensão imediata do repasse de R$ 26 milhões do Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica) para o Funserv (Fundo de Custeio do Plano de Saúde dos Servidores), responsável pelo financiamento do plano de saúde Manausmed, destinado aos servidores municipais. A decisão, tomada pelo conselheiro Érico Desterro, foi motivada por uma denúncia apresentada pela Secretaria-Geral de Controle Externo (SECEX), que apontou possíveis irregularidades no uso desses recursos.
O Fundeb, conforme a legislação, deve ser exclusivamente aplicado na manutenção e desenvolvimento da educação básica, não podendo ser redirecionado para áreas como assistência médica. No entanto, foi identificado que a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) transferiu mais de R$ 26 milhões para o Funserv em 2024, gerando a suspeita de desvio de finalidade dos recursos públicos.
A auditoria realizada pela SECEX, utilizando o sistema e-Contas, revelou que os valores do Fundeb estavam sendo direcionados ao Funserv, o que contraria a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que veda a utilização de fundos educacionais para o custeio de planos de saúde ou programas médicos. Em sua defesa, a SEMED justificou que as transferências estariam de acordo com o Decreto Municipal nº 5657/2023, que enquadra as contribuições patronais como encargos sobre a remuneração dos servidores. A secretaria argumentou que não se tratava de gastos com assistência médica, mas de uma “obrigação legal”. No entanto, essa explicação foi refutada pelo conselheiro, uma vez que a destinação dos recursos estava claramente em desacordo com a legislação.
Em resposta, o TCE-AM ordenou a suspensão imediata dos repasses do Fundeb para o Funserv e estabeleceu um prazo de 30 dias para que a SEMED e a Prefeitura de Manaus tomem as devidas providências para compensar os valores não repassados, a fim de garantir a estabilidade financeira do Manausmed.
O conselheiro Érico Desterro enfatizou que a decisão cautelar não conclui o processo, mas visa assegurar a legalidade no uso dos recursos públicos. O caso continuará sendo investigado pelo Tribunal, que buscará apurar todas as circunstâncias e avaliar a necessidade de possíveis penalidades para os envolvidos.
Vale destacar que a SEMED foi comandada até recentemente por Dulce Almeida, irmã do prefeito David Almeida (Avante). Atualmente, Dulce ocupa a vice-presidência do Conselho Municipal de Gestão Estratégica (CMGE), órgão vinculado à Casa Civil municipal. Sua gestão à frente da SEMED foi marcada por controvérsias, incluindo questionamentos sobre a gestão dos recursos do Fundeb. Em dezembro de 2023, um requerimento para que Dulce se explicasse na Câmara de Manaus sobre o uso do fundo foi barrado por vereadores aliados ao prefeito, o que gerou ainda mais especulações sobre a destinação dos R$ 209 milhões adicionais que foram repassados ao Fundeb naquele ano.
Veja o documento: DECISÃO
Leia mais: TCE-AM inicia investigação sobre supostas irregularidades na Semed sob a gestão de Dulce Almeida
A Prefeitura de Bonfim, sob o comando de Romualdo Feitosa (Republicanos), firmou contrato de R$ 706.999,92 com a União Empreendimentos LTDA para a locação de uma retroescavadeira e um caminhão caçamba. O contrato, assinado em 6 de março de 2025, tem validade de um ano e atende à Secretaria Municipal de Urbanismo, Paisagismo e Limpeza Urbana. A empresa, fundada em 2014 e registrada em Boa Vista, possui atividades secundárias como manutenção de máquinas e construção de edifícios.
O prefeito de Juruá, Ilquer Cunha, enfrenta investigações por possível abuso de poder econômico nas eleições. O caso está na Zona Eleitoral de Juruá, sob o juiz Danny Rodrigues Moraes. O prazo para a defesa se encerra na próxima semana, conforme o Diário Oficial do TRE-AM. Se as irregularidades forem confirmadas, Cunha pode sofrer penalidades, incluindo multas ou até a cassação do mandato.
A prefeita de Manacapuru, Valciléia Flores Maciel, nomeou familiares do novo secretário de Administração, João Luiz de Souza França Filho, para cargos na gestão municipal. Seus filhos, Gustavo Gabryel e Luan Matthaus, foram designados para funções na Semad. Além disso, José Lucas Tavares assumiu a direção do hospital da cidade, enquanto sua irmã, Jackeline Tavares, tornou-se chefe de gabinete da prefeita. As nomeações foram publicadas no Diário Oficial do município.
A federação entre União Brasil e PP está prestes a ser oficializada, consolidando um dos blocos mais fortes do Congresso. No Amazonas, o grupo do governador Wilson Lima comandará a aliança, que terá maior tempo de TV e um dos maiores fundos partidários do país. O deputado Fausto Jr. destacou que a meta é eleger três deputados federais e um senador. Wilson Lima, fortalecido, deve disputar o Senado e influenciar sua sucessão estadual, ampliando sua articulação para 2026.
A votação do relatório sobre o pedido de impeachment do governador de Roraima, Antonio Denarium (Progressistas), foi adiada nesta terça-feira (18) após um pedido de vistas do deputado Jorge Everton (União). O parlamentar explicou que a Comissão Especial da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), responsável por analisar a denúncia por crime de responsabilidade contra o governador, ainda aguarda informações do Tribunal de Contas do Estado (TCE-RR), que foram solicitadas em fevereiro.
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