A justificativa do parlamentar veio embalada em um discurso sobre responsabilidade e compromisso com o “interesse coletivo”, mas a decisão acontece no rastro da briga pública entre os vereadores Rodrigo Guedes (PP) – proponente da CPI – e Aldenor Lima (União Brasil), que tomou conta da sessão da última quarta-feira (9) e ganhou repercussão na imprensa local
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A tentativa de instalar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Empréstimos da Prefeitura na Câmara Municipal de Manaus (CMM) sofreu um duro golpe nesta quinta-feira (10), com a retirada da assinatura do vereador Saimon Bessa (União Brasil).
A justificativa do parlamentar veio embalada em um discurso sobre responsabilidade e compromisso com o “interesse coletivo”, mas a decisão acontece no rastro da briga pública entre os vereadores Rodrigo Guedes (PP) – proponente da CPI – e Aldenor Lima (União Brasil), que tomou conta da sessão da última quarta-feira (9) e ganhou repercussão na imprensa local.
A proposta da CPI havia conseguido reunir 11 das 14 assinaturas necessárias para ser instalada, e a expectativa era de que o número aumentasse. No entanto, Bessa preferiu recuar. Segundo ele, a iniciativa “se transformou em palco para disputas pessoais, vaidades e embates políticos”.
“Acredito que, quando uma CPI se transforma em espetáculo, o Legislativo perde sua essência. E, mais uma vez, quem perde é a população”, afirmou o vereador nas redes sociais, sem citar diretamente os nomes envolvidos nos conflitos de bastidores.
Na prática, a decisão de Bessa enfraquece o movimento por mais transparência em relação aos empréstimos milionários contratados pela Prefeitura de Manaus que somaram mais de R$ 1,7 bilhão entre 2021 e 2024, e joga água fria na mobilização de parte da Câmara que busca respostas concretas sobre o destino dos recursos.
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O governador Antonio Denarium exonerou Régys Freitas do cargo de controlador-geral do Estado após determinação da Justiça, a pedido da PF, que o investiga por desvio de mais de R$ 100 milhões na Uerr. Já Dilma Costa foi exonerada da presidência do Iteraima após ação do MPRR, sendo investigada por irregularidades fundiárias e atos de improbidade. Ambos os atos foram publicados no Diário Oficial de 8 de abril.
O MPAM instaurou dois procedimentos para fiscalizar a gestão do prefeito de Envira, Ivon Rates (MDB). Um apura a nomeação de James Pinheiro como controlador da Câmara Municipal, que pode ser exonerado se não comprovar formação exigida. O outro investiga falhas no transporte escolar, com prazo de 10 dias para a Secretaria de Educação prestar esclarecimentos.
A Prefeitura de Apuí homologou contrato de R$ 1,9 milhão com a Sigma Engenharia para a construção de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município (Doma), após licitação sem pendências legais.
Débora Mafra foi nomeada Ouvidora Adjunta da Guarda Municipal, conforme publicado no Diário Oficial do Município, substituindo Jean Carlos Paula Rodrigues, exonerado na mesma edição. O ex-vereador Gedeão Amorim também foi nomeado, assumindo o cargo de subsecretário executivo de Projetos da Prefeitura de Manaus.
O controlador-geral de Roraima foi exonerado após ser ligado novamente a um esquema de desvio de mais de R$ 100 milhões da UERR, quando era reitor. A nova fase da operação da PF investiga 11 pessoas, incluindo o atual reitor, Claudio Travassos. Há suspeitas de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foram apreendidos valores em espécie, inclusive em dólares e euros, e bens foram bloqueados. O governo afirma colaborar com as investigações.
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