Senador do PSDB-AM alerta para desequilíbrio entre os Poderes e defende urgência na proposta que impõe mandato fixo aos ministros do Supremo
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Durante pronunciamento no plenário do Senado nesta quarta-feira (2), o senador Plínio Valério (PSDB-AM) voltou a defender a urgência na votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) de sua autoria que estabelece mandato para os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo ele, a atuação atual da Corte tem extrapolado seus limites constitucionais, interferindo diretamente nas atribuições do Executivo e do Legislativo.
Plínio reagiu à declaração do presidente Lula (PT), que afirmou depender do STF para governar, diante da falta de apoio no Congresso. Para o senador amazonense, esse cenário reforça a necessidade de estabelecer um mandato limitado aos ministros, inicialmente proposto em oito anos. A relatora da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), senadora Tereza Cristina (PP-MS), deve apresentar substitutivo com mandato de 12 anos.
“O Supremo parece ter repartido as funções do Parlamento entre seus membros. Enquanto Flávio Dino cuida das emendas, Alexandre de Moraes concentra os temas de interesse do governo ou que envolvem opositores”, afirmou Plínio. Ele citou como exemplo a recente judicialização da tentativa do Executivo de manter o decreto que elevava a cobrança do IOF, já rejeitado pelo Congresso.
Em sua fala, o senador declarou que chegou o momento de o Parlamento reagir e reafirmar seu papel perante a sociedade. “É preciso demonstrar que o Supremo tem limites. Essa é a missão do Senado e eu estou aqui para cumpri-la”, frisou.
Plínio também criticou decisões monocráticas e o que chamou de concentração de poder nas mãos de poucos ministros. Para ele, a falta de rotatividade no STF favorece abusos. “Se soubessem que deixariam o cargo em oito ou doze anos, muitos não ousariam agir com tamanha arrogância diante do povo brasileiro”, declarou.
O parlamentar reforçou que não se trata de confronto, mas de reequilíbrio institucional. “Precisamos colocar cada Poder no seu lugar. O STF é um tribunal, um colegiado, e não pode continuar legislando ou governando em parceria com o Executivo. Isso é perigoso para uma democracia jovem como a nossa”, alertou.
Pesquisa AtlasIntel divulgada em 8 de julho aponta que 51,8% dos brasileiros reprovam o governo Lula (PT), enquanto 47,3% aprovam e 0,9% não souberam responder. Os dados mostram manutenção da tendência de desaprovação, semelhante ao levantamento anterior, de maio. A pesquisa ouviu 2.621 pessoas entre 27 e 30 de junho, com margem de erro de dois pontos percentuais e nível de confiança de 95%.
O presidente da CMM, vereador David Reis (Avante), é investigado pelo TCE-AM por suposto nepotismo, após denúncia anônima apontar a nomeação de sua tia, Aldenizia Rodrigues Valente, como diretora de Contabilidade da Casa. A prática violaria a Súmula Vinculante nº 13 do STF. A denúncia também aponta possível improbidade administrativa. O caso já havia sido citado em 2021, quando a servidora afirmou ter qualificação e mais de 20 anos de serviço público.
Os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) entram em recesso parlamentar nesta quarta-feira (9/7), antecipando a pausa que começaria oficialmente em 16 de julho. A decisão foi viabilizada por sessões extraordinárias realizadas em junho, que compensaram as sessões ordinárias previstas para julho. Com isso, o plenário ficará sem atividades na última semana antes do recesso, e a previsão é que os trabalhos legislativos sejam retomados em 4 de agosto.
O governo federal já gastou cerca de R\$1,15 trilhão em 2025, segundo o Ga\$to Brasil, projeto da CACB e da Associação Comercial de SP. Somando estados e municípios, o total ultrapassa R\$2,6 trilhões — R\$600 bilhões a mais que a arrecadação do ano. O Impostômetro indica receita de pouco mais de R\$2 trilhões até agora. A iniciativa busca dar transparência aos gastos públicos e incentivar o controle social das contas. As informações são do jornalista Cláudio Humberto.
O Senado aprovou o projeto que amplia de 513 para 531 o número de deputados federais. A proposta, que segue para nova análise da Câmara, busca redistribuir as cadeiras com base no Censo de 2022. O relator, Marcelo Castro, garantiu que não haverá aumento nos gastos públicos, exceto nas emendas parlamentares. Estados como Amazonas, Pará e Santa Catarina devem ganhar novas vagas.
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