O deputado federal José Ricardo acredita que o Brasil dificilmente atingirá a meta de vacinar toda a população até o final do ano, por conta da pouca oferta de doses da vacina.
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Manaus | AM
Após audiência pública realizada nesta segunda-feira (10), o deputado federal pelo Amazonas, José Ricardo (PT), afirmou que o atual plano de vacinação adotado pelo governo federal torna o processo de imunização ainda mais lento para a Região Amazônica. O parlamentar acredita que o Brasil dificilmente atingirá a meta de vacinar toda a população até o final do ano, por conta da pouca oferta de doses da vacina.
O debate foi proposto pelo parlamentar, na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e Amazônia (Cindra), que discutiu sobre a política de enfrentamento à pandemia da Covid-19 na Amazônia e a disponibilidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para a região.
Participaram da audiência representantes de órgãos que atuam no enfrentamento da pandemia, no qual apresentaram dados e ações realizadas, até o momento, na Amazônia. Segundo o deputado, a reunião tinha exatamente o objetivo de saber, por parte do governo Federal, o andamento das medidas de prevenção na região.
“O que acontece é que tudo é muito lento, e sempre as justificativas das dificuldades que existem em relação à Amazônia. Na verdade, o ritmo da vacinação, pelo visto, vai continuar lento, porque a previsão que eles têm é que, no Brasil, 80 milhões de pessoas, que seria o público alvo, vai receber a primeira dose até final de julho. E eles esperam conseguir as doses para poder, até o final do ano, vacinar todo mundo. Mas eu tô achando que isso vai ser muito difícil, mais difícil ainda para a Amazônia”, afirmou.
José Ricardo destacou que há um problema muito grande quanto à cobertura da Atenção Básica na região, que ainda é considerada muito baixa, o que pode ter contribuído com o alto número de casos registrados. “O número de leitos nos hospitais que nós temos nos estados da Amazônia é muito baixo, e há, ainda, a falta de profissionais, de médicos que se fixem principalmente no interior”, acrescentou.
O parlamentar falou, também, sobre a necessidade de investir em UTIs no interior dos estados da Amazônia. Ele citou como exemplo o Amazonas, onde, de acordo com o deputado, nenhum dos municípios do interior têm UTI.
“Não há recursos para manter UTIs ou para fazer investimentos para emergencialmente ter UTI depois da pandemia. O que foi informado é que, agora, se o Estado quiser implantar uma UTI, tem recurso para ajudar na manutenção. Depois da pandemia, não tem mais. Portanto, depois da pandemia, vai continuar tudo ou vai piorar em relação ao que era antes da pandemia, na Amazônia”, finalizou.
Dados
A Amazônia brasileira registrou, até 1º de maio deste ano, mais de 2 milhões de casos de Covid-19, com mais de 54 mil vítimas fatais.
O governador Antonio Denarium exonerou Régys Freitas do cargo de controlador-geral do Estado após determinação da Justiça, a pedido da PF, que o investiga por desvio de mais de R$ 100 milhões na Uerr. Já Dilma Costa foi exonerada da presidência do Iteraima após ação do MPRR, sendo investigada por irregularidades fundiárias e atos de improbidade. Ambos os atos foram publicados no Diário Oficial de 8 de abril.
O MPAM instaurou dois procedimentos para fiscalizar a gestão do prefeito de Envira, Ivon Rates (MDB). Um apura a nomeação de James Pinheiro como controlador da Câmara Municipal, que pode ser exonerado se não comprovar formação exigida. O outro investiga falhas no transporte escolar, com prazo de 10 dias para a Secretaria de Educação prestar esclarecimentos.
A Prefeitura de Apuí homologou contrato de R$ 1,9 milhão com a Sigma Engenharia para a construção de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município (Doma), após licitação sem pendências legais.
Débora Mafra foi nomeada Ouvidora Adjunta da Guarda Municipal, conforme publicado no Diário Oficial do Município, substituindo Jean Carlos Paula Rodrigues, exonerado na mesma edição. O ex-vereador Gedeão Amorim também foi nomeado, assumindo o cargo de subsecretário executivo de Projetos da Prefeitura de Manaus.
O controlador-geral de Roraima foi exonerado após ser ligado novamente a um esquema de desvio de mais de R$ 100 milhões da UERR, quando era reitor. A nova fase da operação da PF investiga 11 pessoas, incluindo o atual reitor, Claudio Travassos. Há suspeitas de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foram apreendidos valores em espécie, inclusive em dólares e euros, e bens foram bloqueados. O governo afirma colaborar com as investigações.
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