Brasília-DF- As intermediações feitas pelo ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten para a contratação de vacinas da Pfizer pelo governo federal voltaram a ser questionadas, nesta quinta-feira (13), pelos senadores na CPI da Pandemia, ao ouvirem o presidente regional da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo. Fabio Wajngarten testemunhou nesta quarta-feira (12) […]
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Brasília-DF- As intermediações feitas pelo ex-secretário de Comunicação da Presidência da República Fabio Wajngarten para a contratação de vacinas da Pfizer pelo governo federal voltaram a ser questionadas, nesta quinta-feira (13), pelos senadores na CPI da Pandemia, ao ouvirem o presidente regional da Pfizer na América Latina, Carlos Murillo.
Fabio Wajngarten testemunhou nesta quarta-feira (12) ao colegiado, e teve pedido de prisão solicitado pelo relator, Renan Calheiros (MDB-AL), por mentir aos senadores. O pedido foi negado pelo presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), que decidiu encaminhar ao Ministério Público o depoimento da testemunha para que sejam apuradas eventuais mentiras ou falso testemunho.
Questionado pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o representante da Pfizer atestou que em 9 de novembro de 2020 recebeu um e-mail da casa matriz da Pfizer, que indicava que Wajngarten estava tentando procurar o CEO global da empresa, Albert Boula.
Murillo teria então telefonado a Wajngarten, que o questionou sobre o status das negociações com o governo do Brasil.
“Eu comentei com ele as ofertas que teriam sido feitas. Ele me solicitou se eu poderia aguardar na linha, e eu comentei que sim. E logo ele me disse: “Sr. Presidente Murillo, eu estou aqui com o ministro [da Economia] Guedes e o presidente Bolsonaro. Você poderia repetir o que me comentou”. Eu remeti o que tinha comentado com ele: que nós tínhamos enviado as propostas e que estávamos em discussões com o ministro da Saúde sobre o potencial fornecimento de nossa vacina. O ministro [Paulo] Guedes perguntou o quantitativo ofertado, que foi o que eu comentei com os senhores. Ele indicou que o Brasil precisava de mais quantidade. Eu respondi que nós vamos continuar procurando fornecer o maior quantitativo possível.”, relatou Murillo.
Renan Calheiros questionou ainda sobre informações de que no início de dezembro de 2020, entre os dias 7 e 9, representantes da Pfizer teriam sido recebidos por Wajngarten no Palácio do Planalto.
“Nessa oportunidade, havia-se tentado contato com o então secretário-executivo do Ministério da Saúde, Sr. Elcio Franco, como já visto aqui, sem sucesso, sem resposta. Diante da falta de resposta, o Sr. Wajngarten contatou o Sr. Filipe Martins, que chamou para o local da reunião o filho do presidente da República, Sr. Carlos Bolsonaro, que estava presente no Palácio do Planalto. O senhor confere esse fato?”
Murillo afirmou que desta reunião participaram, além de Wajngarten; o compliance da Secom, João Paulo; o chefe de Gabinete da Secom, Cesar Gobbi; o secretário de Comunicação Institucional da Secom, Felipe Cruz; a diretora jurídica da Pfizer, Shirley Meschke e a relações governamentais da Pfizer, Eliza Samartini
“Após aproximadamente uma hora da reunião, Fabio recebe uma ligação, sai da sala e retorna para a reunião. Minutos depois, entra na sala de reunião Filipe Garcia Martins, da Assessoria Internacional da Presidência da República, e Carlos Bolsonaro. Fabio explicou a Filipe Garcia Martins e a Carlos Bolsonaro os esclarecimentos prestados pela Pfizer até então na reunião. Carlos ficou brevemente na reunião e saiu da sala. Filipe Garcia Martins ainda permaneceu na reunião. A reunião foi encerrada logo na sequência, e as representantes da Pfizer saíram do Palácio do Planalto.”, detalhou Murillo.
Wajngarten afirmou à CPI ter recebido no Palácio do Planalto o representante da Pfizer, Carlos Murillo. O ex-secretário garantiu, no entanto, que o presidente Jair Bolsonaro não participou do encontro e que não foram discutidos temas como “cronograma ou valores” para a compra do imunizante.
“O que havia era uma promessa da Pfizer de que, se o Brasil se manifestasse no tempo adequado, ela envidaria os maiores esforços para aumentar a quantidade e diminuir o prazo. E foi exatamente isso que eu exigi nos outros dois encontros que tive com eles.”, explicou.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) questionou o porquê da necessidade de intermediação de secretário do governo federal, já que vinham sendo feitos contatos com o Ministério da Saúde.
“Se havia uma expectativa dessa coordenação, qual é a causa dessa expectativa ou o porquê dessa negociação paralela ao Ministério da Saúde, que continuou com o jurídico da Pfizer, com esses senhores.”, indagou.
Não houve negociação paralela com o Wajngarten, segundo o presidente regional da Pfizer, que insistiu que negociações sempre foram feitas com o Ministério da Saúde.
“A Pfizer procurou diferentes autoridades governamentais durante o processo para assegurar que o processo ia caminhar. Uma dessas pessoas foi o Sr. Fabio Wajngarten. Nós, da mesma forma que atualizamos o andamento das negociações ao Ministério da Saúde — ao Ministério da Saúde mesmo —, a seus funcionários, falamos, comentamos com o Sr. Wajngarten, como com outras autoridades, quando tivemos oportunidade de fazê-lo, como foi também para alguns senadores deste Senado.”, respondou Murillo.
Para o senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, o relato de Murillo confirma que Carlos Bolsonaro não se envolveu em negociações com a Pfizer, já que teria participado “brevemente” da reunião com representantes da empresa no Palácio do Planalto.
Ao final da reunião na CPI, Carlos Murillo reiterou que a Pfizer tem todo o interesse em continuar negociando com o Brasil de forma a ajudar a população brasileira.
*Agência Senado
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