Fausto Jr. anuncia vice-liderança no União Brasil na Câmara e destaca impactos da federação com PP

O deputado federal Fausto Júnior (União Brasil) revelou, em entrevista ao programa Boa Noite Amazônia desta quinta-feira (20), que foi escolhido como vice-líder do União Brasil na Câmara dos Deputados. Durante a conversa, o parlamentar amazonense falou sobre as expectativas e impactos da possível federação entre o União Brasil e o PP, tanto no cenário nacional quanto no Amazonas.

Federação com grandes números

Segundo o deputado, a união dos dois partidos formaria uma bancada de 109 deputados federais e 13 senadores, além de contar com “a maior quantidade de prefeitos”. Fausto destacou que essa composição garantiria “o maior tempo de televisão e o maior fundo partidário” durante o período eleitoral, o que “reflete de forma muito importante o impacto da eleição de 2026 e também de 2028”.

Wilson Lima comandará a federação no Amazonas

Um ponto importante destacado por Fausto Júnior é que, no Amazonas, a federação será comandada pelo governador Wilson Lima. “Uma coisa que já ficou definida é que no Amazonas, quem comandará a Federação União Brasil e PP será o governador Wilson Lima. Uma vez que o próprio vereador Rodrigo Sá faz parte do grupo político do governador Wilson Lima, então, isso está pacificado no nosso estado”, afirmou.

Candidatura de Wilson Lima ao Senado

Quando questionado diretamente sobre a possibilidade do governador Wilson Lima ser candidato ao Senado Federal em 2026, Fausto Júnior demonstrou otimismo. “Sem dúvida, o governador tem trabalhado muito. A gente está em um período ainda muito distante da eleição para a gente poder afirmar qualquer decisão política para 26, mas existe uma expectativa muito positiva, sim, pela candidatura do governador ao Senado”, afirmou.

O deputado acrescentou que “o governador tem demonstrado interesse” e que vão “trabalhar ao máximo para que a gente possa estar bem avaliado até a eleição de 26 e dessa forma ser competitivo nas eleições”. Fausto destacou ainda que a posição de Wilson Lima como comandante da federação no estado fortalece essa possibilidade: “O fato do governador estar no comando da federação, da possível federação União Brasil PP, é sem dúvida uma posição de destaque por entender que a gente também vai trabalhar como para deputado federal, também como para deputado estadual, e isso certamente impactará de forma muito competitiva nas eleições de 26.”

Fortalecimento para as eleições de 2026

O deputado mencionou que a federação deve fortalecer as candidaturas do grupo político em 2026. Fausto também comentou sobre o aumento previsto no número de vagas para o Amazonas, conforme decisão do TSE, passando para 10 deputados federais e 30 deputados estaduais. “Na eleição passada, o União Brasil elegeu dois deputados federais e nós vamos trabalhar no mínimo para três deputados federais. A nossa ideia é fazer a maior bancada de deputados federais e também a maior bancada de deputados estaduais, assim como foi na eleição passada”, projetou.

Desafios e indefinições no cenário nacional

No âmbito nacional, o deputado explicou que a federação ainda enfrenta desafios. Dos 27 estados, oito devem ficar sob presidência do União Brasil, outros oito sob o comando do PP, e entre oito a dez estados ainda serão definidos por decisão das executivas nacionais dos partidos.

Sobre o posicionamento ideológico, Fausto Júnior afirmou que o União Brasil tem “um posicionamento majoritariamente de centro-direita”, com pautas como “redução de impostos” e “liberdade econômica”. No entanto, reconheceu que o partido possui uma ala próxima ao governo federal, com “dois deputados federais ministros de Estado”, assim como o PP, que também tem ministros, “mesmo com uma posição claramente de oposição do seu presidente, que é o senador Ciro Nogueira”.

Quanto à eleição presidencial de 2026, o parlamentar evitou cravar um posicionamento, mas mencionou um “sentimento mais à direita por parte do partido União Brasil”.

Alternância de comando

Por fim, Fausto Júnior esclareceu que se trata de uma federação, não de uma fusão partidária, com prazo de quatro anos definido em lei. “Existe uma ideia de uma alternância de comando nacional da federação ano a ano”, revelou, embora ainda não esteja definido como será essa alternância.