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Legislativo - 13 de julho de 2024
Foto: Reprodução/Internet

Estudo aponta que quase 70% dos deputados federais possuem desempenho ruim ou razoável

Performance dos parlamentares é avaliada pelo Índice Legisla, uma ferramenta que monitora a produtividade de todos os 513 deputados federais

Por: Redação
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Quase sete em cada 10 deputados federais (68%) da atual legislatura tiveram um desempenho ruim ou razoável nos primeiros 500 dias de mandato. É o que mostra relatório da Legisla Brasil. Conforme o levantamento, apenas 44 deputados (8,6%) alcançaram um desempenho classificado como ótimo pela organização suprapartidária e sem fins lucrativos.

A performance dos parlamentares é avaliada pelo Índice Legisla, uma ferramenta que monitora a produtividade de todos os 513 deputados federais a partir de dados quantitativos fornecidos pela própria Câmara. Desenvolvido em parceria com a economista Olívia Carneiro e avaliado por quase 30 especialistas, esse índice considera 16 indicadores agrupados em quatro categorias: produção legislativa, fiscalização, mobilização e alinhamento partidário.

A fiscalização do Executivo Federal mostra-se o principal gargalo dos deputados da atual legislatura. Em uma escala de zero a 10, eles alcançaram uma média de apenas 1,9 ponto nesse aspecto, destacando a dificuldade da Câmara em monitorar de perto as ações do governo Lula.

O Índice Legisla avaliou o envolvimento dos parlamentares na fiscalização da atual gestão a partir de aspectos como: número de requerimentos de informação e propostas de fiscalização submetidos na Casa; quantidade de proposições feitas por parlamentares em projetos de Lei orçamentária; e apresentação de emendas às medidas provisórias do Executivo. Esta última é uma das medidas mais esvaziadas, com apenas 115 parlamentares utilizando esse instrumento.

A oposição vai melhor que a coalizão no papel de fiscalizadora, com uma diferença de 0,4 pontos. Com menos margem para aprovar medidas, a oposição se concentrou em conter o governo por meio de requerimentos de fiscalização e emendas às medidas provisórias, mostra o relatório da Legisla. O PL, apesar de ser o principal partido da oposição e a maior bancada da Câmara, ficou atrás do Cidadania no quesito fiscalização. E o Psol, mesmo sendo aliado do governo, teve uma performance praticamente igual a do PL.

O Índice Legisla também avaliou o alinhamento partidário dos deputados. A média neste caso também foi baixa, de 5,4, o que significa que os parlamentares têm divergido da posição de suas legendas nas votações dos projetos de Lei na Câmara. Os deputados da oposição se mantiveram mais alinhados às suas bancadas, com uma pontuação de 6,1, enquanto os integrantes do governo tiveram mais dificuldade em se manter unidos, alcançando uma pontuação de 5.

“A falta de coesão interna dos partidos prejudica a atuação estratégica dos parlamentares, e, dentro da própria base do governo, afeta a capacidade de aprovar suas políticas e projetos”,

afirma Lana Faria, diretora de Operações da Legisla Brasil.

“É também um fenômeno que contribui para que a nossa população se identifique cada vez menos com nossos partidos políticos, já que não se tem clareza e unidade das agendas defendidas por eles.”

O indicador de produção legislativa ficou com nota 4,2, desempenho considerado razoável pela Legisla Brasil. Aqui, são avaliados não só quantos projetos cada parlamentar apresentou como autor ou coautor, mas qual o impacto dessas propostas — se afetam diretamente políticas materiais, como é o caso da Reforma da Previdência, ou se estão relacionadas a questões subjetivas, como a nomeação de estradas ou condecorações. A produção legislativa ainda considera fatores como a apresentação de votos em separado, o número de relatórias e a presença em plenário.

Já o indicador de mobilização levou nota pouco maior, de 4,7. Neste caso, é avaliada a capacidade de articulação dos deputados a partir de dois aspectos: se eles conseguiram emplacar um projeto com status especial de tramitação e se ocupam cargos estratégicos na Câmara.

*Com informações do Estadão

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Notas do Poder

10/11
00:28

GASTO MILIONÁRIO

A Prefeitura de Caapiranga, sob a gestão do prefeito Francisco Braz, publicou o registro de preços para compra de materiais didáticos, como borrachas, apontadores, tinta para carimbo e papel A4, totalizando mais de R$2,8 milhões. A ata, assinada em 6 de novembro, terá vigência de 12 meses, com a empresa J.R.N.S Comércio de Produtos Alimentícios Limitada, de Manacapuru, responsável pelo fornecimento dos itens.

10/11
00:27

COMPRA POLÊMICA

A Prefeitura de Manaus vai gastar R$6,8 milhões na compra de goma de tapioca, farinha de tapioca e achocolatado para a merenda escolar. A inclusão do achocolatado gerou polêmica entre nutricionistas. A empresa fornecedora é a Alto Rio Negro Comércio Varejista, e o contrato, válido por 12 meses, já teve R$760 mil empenhados para iniciar as entregas.

10/11
00:26

CENSURA DAS REDES

Partido de Lula, PT, reforça ideia de censurar as redes sociais. O deputado federal petista Pedro Uczai, de Santa Catarina, protocolou um novo projeto de lei “das fake news” para regulamentar as redes sociais, dando ao governo Lula (PT) poder para criar normas e obrigar as plataformas a colaborarem no combate à desinformação. Segundo a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do PT, o projeto inclui uma agência reguladora para fiscalizar as práticas nas redes sociais e limitar algoritmos que privilegiam conteúdos de ódio e violência.

10/11
00:25

BIDEN EM MANAUS

Casa Branca confirma visita de Joe Biden a Manaus; Lula não estará presente. O presidente dos EUA, Joe Biden, visitará Manaus no próximo dia 17 deste mês para discutir preservação da Amazônia com líderes locais e indígenas. Depois, ele participará do G20 no Rio de Janeiro, onde se encontrará com o presidente Lula para tratar de economia sustentável e temas globais. Biden também confirmou apoio à Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, liderada pelo Brasil. As informações foram emitidas pela Casa Branca.

06/11
10:17

CONTRATO INVESTIGADO

A gestão do prefeito Simão Peixoto, em Borba, está sendo investigada pelo TCE-AM por possíveis irregularidades em um contrato de mais de R$ 8 milhões para compra de combustíveis para duas secretarias. A investigação foi iniciada após uma representação que pediu medida cautelar, aceita pelo tribunal. A prefeitura não respondeu aos esclarecimentos exigidos em cinco dias, resultando na suspensão do contrato e na interdição do pregão, com um prazo de 15 dias para defesa.

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