No programa ‘Roda Viva’, da TV Cultura, desta segunda-feira (3), o senador Omar Aziz falou sobre a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, da qual é presidente, e sobre as investigaçõess em torno de sua família a respeito de supostos desvios de verba da Saúde do Amazonas
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Manaus | AM
Na véspera do início dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, o presidente da CPI e senador pelo Amazonas, Omar Aziz (PSD), participou do programa ‘Roda Viva’, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira (3). Na ocasião, ele respondeu as perguntas de jornalistas, e disse que a CPI busca fazer justiça, garantido aos brasileiros as duas doses da vacina, e se defendeu das acusações sobre supostos desvios de verba da Saúde do Amazonas, quando foi governador do Estado.
No início da entrevista, Omar foi perguntado a respeito da convocação do ministro da Justiça, Anderson Torres, que chegou a dizer que pediu informações à Polícia Federal (PF), sobre governadores e prefeitos, além da possibilidade de buscar informações a respeito de integrantes da CPI, o que teria sido considerado internamente como uma ameaça.
“Vejo como falta de assunto do ministro. Ele precisava trabalhar um pouco mais em outras áreas que estão afetando o Brasil, como o narcotráfico, e deixar essa questão política para quem está trabalhando na CPI e que pretende apenas fazer justiça. E qual é essa justiça? É que cada brasileiro tenha direito às duas doses de vacina”, declarou.
O senador disse, ainda, que o ministro da Justiça poderia “procurar dar menos declarações, porque não vai intimidar ninguém”. Segundo ele, se houve desvio de recursos e de finalidades, independente de quem seja, será feito justiça e investigação.
“Acho que o ministro da Justiça e alguns ministros do governo Bolsonaro poderiam contribuir para que a gente pudesse trazer soluções para o Brasil, tanto na área de saúde, trazendo vacinas para o Brasil, como na área econômica, para que a gente volte o crescimento e gere novos empregos para a população”, completou.
Para Aziz, após a instalação da CPI, muitos políticos mudaram o comportamento em torno das decisões quanto às medidas de prevenção e combate ao vírus. Omar mencionou a atitude do atual ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que, segundo ele, fez um apelo à Organização Mundial de Saúde (OMS), para que envie vacinas para o Brasil.
“Se você tiver uma boa lembrança do comportamento do governo (federal), em relação à vacina, há um ano, dizendo que quem tinha que impor condições para trazer vacinas era o Brasil, pois tinha um poder econômico, um grande número de pessoas para consumir. Não aceitava imposição nenhuma para trazer a vacina que salva vidas. Na sexta-feira, o ministro Queiroga estava fazendo um apelo. Veja bem, você sai da soberba, depois da CPI, para a humildade, quando o ministro faz um apelo. Não fez nenhuma condição, ele está fazendo um apelo humildemente”, pontuou.
Crise no Amazonas
O colapso vivido no Amazonas, quando, em janeiro deste, o Estado sofreu com a falta de oxigênio nos hospitais, também foi pautado na entrevista. Questionado se chegou a procurar o governo federal, no ápice da crise, Aziz afirmou que, em relação ao ex-ministro da Saúde, general Henrique Pazuello, as dificuldades foram muito grandes. Mas, o senador considera que quem pode dar maiores explicações sobre o fato é o Executivo estadual e o Ministério da Saúde, que estavam em tratativas diretas.
“Não tinha como intermediar isso. O que eu fiz, que estava ao meu alcance, foi ter procurado o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo, que não mediu esforços para colocar aviões e trazer, do Brasil todo, fábricas de produção de oxigênio, que nós levamos para o interior e salvaram muitas vidas. Eu ligava 2h da manhã, e ele dava ordem e ia buscar em vários estados”, acrescentou.
A respeito do primeiro pico da Covid-19 no Amazonas, Aziz falou que sempre teve dificuldades em falar com o ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, pois o mesmo sempre estava concedendo entrevista à imprensa.
“Na primeira (crise), todas as vezes que eu ligava, que era um momento difícil, que a gente não tinha conhecimento de quase nada, a gente não conseguia falar com o ex-ministro Mandetta, porque ele sempre estava dando uma entrevista. Estava na televisão 24 horas por dia, e acontecendo a pandemia no Brasil”, disse.
Sobre a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra o governador do Amazonas, Wilson Lima, às vésperas da instalação da CPI da Covid-19, Aziz disse que não pode fazer valor de juízo agora.
“Se o juiz ou ministro entender que foi uma denúncia vaga, vazia, sem provas, absolutamente política, ele vai tomar providências. Espero que isso aconteça. Não acredito que isso foi feito por questões políticas. Porque se isso foi feito por questões políticas, aí o Brasil está numa situação muito difícil. Nós deixamos de viver num país de direito, pra viver sob o domínio da caneta. Por isso, eu prefiro pensar que está sendo feita uma denúncia em que as pessoas vão poder se defender”, comentou.
Investigações
Ainda durante a entrevista, Aziz foi questionado sobre as investigações da Polícia Federal envolvendo seu nome em supostos desvios de verba da Saúde do Amazonas. “Se você for ler o inquérito da Polícia Federal que pede meu indiciamento, ele fala supostamente e provavelmente. É o tempo todo meu nome citado ‘supostamente’ e ‘provavelmente’, fazendo ilações que o inquérito mal feito da polícia não tem nenhuma prova. Faz mais de 1 ano e meio que a polícia tomou a providência de pedir meu indiciamento e até hoje não fui denunciado. Mas não fui porque não tem absolutamente nenhuma prova contra mim. O que existem são ilações que o delegado faz com um inquérito mal feito”.
Também na oportunidade, o senador falou sobre as prisões de sua esposa, a deputada Nejmi Aziz, e membros da sua família, por conta de possível envolvimento no desvio de verba pública. “Isso foi feito há 1 ano e pouco atrás, e o juiz que fez essa maldade comigo e com a minha família, não era nem o juiz da causa. Ele se apropriou da causa de forma estranha. Tanto é que o STJ (Superior Tribunal de Justiça) mandou devolver o processo para uma outra juíza. E pós investigação desse juiz com o delegado da Polícia Federal, não fui denunciado. Não fui denunciado porque não tem prova alguma”finalizou.
CPI da Covid-19
Instalada no dia 27 de abril deste ano, a CPI vai apurar se houve omissão por parte do governo federal nas ações de combate à Covid-19. Nesta terça-feira (4), serão ouvidos os ex-ministros Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. O general Henrique Pazuello, também ex-ministro da Saúde, será ouvido na quarta-feira (5).
Marcelo Queiroga, atual ministro da Saúde, e Antonio Barra Torres, presidente da Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa), serão ouvidos na quinta-feira (6).
O procurador-geral do MPAM, Alberto Rodrigues do Nascimento Júnior, foi condecorado pelo Grupo Ser Educacional em homenagem aos 30 anos da Uninorte. Junto a 19 autoridades, ele foi reconhecido por suas contribuições à educação. Alberto dedicou a homenagem aos membros do MPAM, destacando o compromisso da instituição com a defesa da ordem jurídica e da educação.
Nesta semana, o Comitê de Defesa da Amazônia (Condefesa) foi criado na FIEAM em Manaus, com o objetivo de integrar a indústria de defesa da região às Forças Armadas. Focado em temas como segurança cibernética e tecnologias sustentáveis, o Condefesa visa promover o diálogo entre setores e gerar empregos. Sua estrutura inclui um presidente, um vice, um diretor-executivo e conselheiros civis e militares.
O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) anunciou a criação do Comitê de Enfrentamento às Queimadas no Controle Externo, durante a 33ª Sessão Ordinária. Aprovada por unanimidade, a iniciativa visa intensificar o controle e combate às queimadas no Amazonas, especialmente na seca. O comitê, composto por seis membros, avaliará a eficiência de programas ambientais e promoverá ações integradas entre estado e municípios para aprimorar as políticas de combate às queimadas e monitorar a legislação ambiental.
Uma carreata em Coari, chamada “Carreata da Gratidão”, mobilizou cerca de 30 mil pessoas, incluindo 12 mil motocicletas e diversos carros de passeio. O evento, que durou aproximadamente duas horas, percorreu dez bairros da cidade e teve a presença de Adail Pinheiro, seu filho Emanoel (candidato a vice-prefeito), do deputado federal Adail Filho, do atual prefeito Keitton Pinheiro, além de vereadores e outras autoridades locais. A mobilização ocorreu após o registro de candidatura de Adail Pinheiro ser deferido.
O TRE-AM rejeitou o registro de candidatura de Marquinhos Macil (MDB) para a eleição de prefeito de Apuí, impedindo-o de concorrer. A decisão, tomada em 12 de setembro, baseou-se em irregularidades nas contas de sua gestão e condenação por improbidade administrativa, conforme impugnações apresentadas pelo MP eleitoral, pelo PL e por um candidato a vereador.
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