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Legislativo - 30 de novembro de 2021
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Deputado Jalser Renier usa tribuna da ALE-RR para atacar colegas por suposta prática de ‘gafanhotagem’

De acordo com o deputado Jalser Renier, 80% de deputados da ALE-RRE receberem dinheiro dos salários dos servidores dos gabinetes, pratica traduzida por ele como “gafanhotagem”

Por: Redação
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Manaus | AM

O deputado estadual Jalser Renier (Solidariedade), preso em outubro deste ano acusado de ser o mandante do sequestro e tortura do jornalista Romano dos Anjos, utilizou a tribuna da Assembleia Legislativa de Roraima (ALE-RR), nesta terça-feira (30), para indagar a Comissão de Constituição, Justiça e Redação Final (CCJ) da Casa, sobre o andamento de seu processo de cassação. Ele também aproveitou a oportunidade para acusar os deputados de Roraima de receberem dinheiro dos salários dos servidores dos gabinetes, pratica traduzida por ele como “gafanhotagem”.

De acordo com Jalser, “80%  dos deputados recebem dinheiro do cidadão”, e ele estaria sendo prejudicado, uma vez que, segundo o parlamentar, a CCJ teria se negado a convocar testemunhas apresentadas por sua defesa. A primeira audiência do processo de cassação, estava prevista para ocorrer nesta terça-feira, mas o desembargador Mozarildo Cavalcanti acatou a um pedido de Jalser e mandou suspender a audiência. A Subcomissão de Ética, que analisa o processo, foi definida no último dia 11.

“Como se trata de algo realmente sério, não tenho para quem recorrer. Vou recorrer para quem? Vou recorrer à raposa que está dentro do galinheiro que é meu relator (deputado Jorge Everton)? Vou recorrer à deputada Catarina (Guerra) que tem um áudio dizendo que quer me cassar?”, indagou ele, afirmando que a CCJ estava realizando um trabalho político e não técnico. 

A CCJ alegou que o processo é conduzido pela Subcomissão de Ética da ALE-RR, e que é de interesse da defesa do acusado notificar, conduzir ou apresentar as defesas necessárias. O regimento da Casa Legislativa limita apenas cinco testemunhas, já a CCJ permitiu que a defesa de Jalser apresentasse 32 testemunhas.

Ataques

Após retomar a palavra, Jalser disparou: “O partido do senhor Nicoletti, que é um inconsequente, imbecil, homem que não tem o menor pudor e tampouco caráter, moveu uma ação contra minha pessoa. Essa ação movida pelo desprezível e incompatível Nicoletti, que não teve nenhuma consistência sob o aspecto original ou regimental, entrou aqui na Comissão de Ética para tirar meu mandato. E o processo tá aí, circulando para tirarem meu mandato”, declarou.

O deputado federal Nicoletti (PSL) foi quem entrou com pedido de cassação contra o Jalser Renier na ALE-RR. “Quantas orações eu recebi aqui nessa Casa. E nunca na minha vida faria o que vocês estão fazendo. Jamais na minha vida eu daria para vocês a faca para bater no peito de vocês. Isso aí eu não faria”, seguiu.

O parlamentar revelou que chegou a ligar para alguns colegas de parlamento que achava que eram seus parceiros para pedir ajuda, mas os deputados alegaram que se caso tentassem impedir a cassação, os mesmos iriam perder privilégios e acordos dentro da ALE-RR. “Acordo esses que eu conheço muito bem”, disse.

“Tive informações que, nesta Casa, 80% de deputados recebem dinheiro do cidadão e colocam no bolso. Estou criando um site agora no meu Instagram, e você que tiver me assistindo, servidor desta Casa, que recebe seu dinheiro e divide com deputados, isso é crime, isso é cadeia, isso é ‘gafanhotagem'”.

Ele ressaltou que está sendo vítima de algo que não fez, pois não é “homem de mandar fazer nada contra ninguém”. “Eu mesmo faço! Isso sim é carta marcada, porque querem me tirar daqui até o final do ano. Tenho procurado os deputados e eles viram as costas, não me atendem”, finalizou. 

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