Os membros da CPI da Amazonas Energia destacaram as irregularidades descritas pela Defensoria Pública, como emissão de laudo sobre medidor de energia unilateral e não-oficial e o descumprimento da Lei Estadual n. 5.145/2020
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Manaus | AM | Com informações da assessoria de imprensa
Na tarde desta terça-feira (26), no miniplenário Cônego Azevedo da Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Amazonas Energia realizou sua 6ª reunião recebendo o depoimento do representante da Defensoria Pública do Estado do Amazonas (DPE-AM), o defensor público Christiano Pinheiro da Costa.
Os parlamentares que participam da comissão destacaram as irregularidades descritas pelo convidado da CPI, como emissão de laudo sobre medidor de energia unilateral e não-oficial e o descumprimento da Lei Estadual n. 5.145/2020, que proíbe cortes de energia durante a pandemia.
O convidado, que também é o coordenador do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon) da DPE-AM, iniciou o depoimento revelando que, nos últimos 3 anos, cerca de 50% das reclamações que chegam ao Nudecon são relativas ao fornecimento de energia elétricas e desse total, aproximadamente 48% são ações individuais que a Defensoria ajuíza.
“Quase todas reclamações são em relação à revisão de valores exigidos como recuperação do faturamento pela empresa. Nesses casos, os contadores que são retirados voltaram com um aviso que um laudo unilateral foi realizado e detectou desvio de energia. Os laudos não são sequer entregues aos consumidores”, denunciou o defensor público.
O presidente da CPI, deputado Sinésio Campos (PT), perguntou ao depoente se os cortes de energia, por endividamento, continuaram a ser feitos apesar da Lei n. 5.145/2020 ter proibido a prática durante a pandemia. “A empresa continuou cortando a energia elétrica da casa das pessoas. Recebemos reclamações sobre o descumprimento tanto de decisões judiciais anteriores como da Lei Estadual. No meu entendimento, parece que a empresa obedece apenas a regulação da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e ignora toda legislação atual a respeito de sua atuação”, destacou Christiano Costa.
Ao ser questionado pelo deputado Dermilson Chagas (Podemos) sobre o número de ações que os consumidores assistidos pela DPE-AM conseguiram ganho de causa, o defensor revelou que 70% dos assistidos pelo órgão têm êxito nas ações judiciais contra 30% de decisões favoráveis à empresa. O parlamentar também questionou como a empresa ainda usa laudos unilaterais se já existe um convênio da concessionária com o Instituto de Pesos e Medidas do Estado do Amazonas (Ipem) para produção de laudos. Porém, o defensor disse desconhecer esse acordo.
O deputado Carlinhos Bessa (PV) questionou se após a privatização do serviço público houve aumento das reclamações dos consumidores. “Sim, as reclamações aumentaram. Primeiro porque surgiram problemas de relacionamento. A empresa não abre um diálogo franco quando procurada e parece preferir ajuizar as ações a evitá-las. Segundo por conta do contexto criado pela pandemia desde março do último ano”, enfatizou o defensor público.
A partir do depoimento de Christiano Costa, a Comissão decidiu convocar a gerente operacional da Amazonas Energia, Sandra Farias, para depor e aguarda a entrega de dados da DPE-AM para decidir se convoca também o ex-chefe do setor jurídico da empresa.
A próxima reunião da CPI será nesta quarta-feira (27), às 14h, com depoimento do presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil seccional Amazonas (OAB-AM), Nicolas Santos Carvalho Gomes.
A Prefeitura de Tefé, sob a gestão de Nicson Marreira (União Brasil), firmou um contrato emergencial de R$ 4,5 milhões para aquisição de material didático escolar. O contrato chama a atenção pelo fato de ter sido assinado com a empresa Alelo Instituição de Pagamento, especializada em benefícios corporativos, sem histórico no setor de educação, gerando questionamentos sobre a adequação e capacidade da empresa para atender à demanda.
A Câmara Municipal de Manaus (CMM) aprovou, em primeira discussão, os Projetos de Lei 467 e 468/2024, que propõem o aumento salarial dos vereadores de R$ 18 mil para R$ 26 mil, além de reajustes para o prefeito, vice-prefeito e secretários municipais. A proposta foi votada por 36 vereadores a favor e 5 contrários. A emenda do vereador Rodrigo Guedes, que estabelecia requisitos de presença para o pagamento integral, foi rejeitada pela CCJR. Agora, os projetos seguirão para a segunda votação.
O Amazonas atingiu, até novembro de 2024, um marco histórico nas importações, com US$ 14,9 bilhões, superando o total de 2023 (US$ 12,6 bilhões). A previsão é de alcançar US$ 16 bilhões até o fim do ano, o melhor resultado dos últimos sete anos. O crescimento é atribuído à força da economia regional e à competitividade dos produtos da Zona Franca de Manaus (ZFM), que agregam valor ao mercado interno. As exportações também apresentam crescimento, com projeção de superar os US$ 922,6 milhões de 2023. Os resultados refletem no desenvolvimento industrial e na geração de empregos.
O TCE-AM multou a prefeita de Nhamundá, Raimunda Marina Brito Pandolfo, por irregularidades em dispensas de licitação, envolvendo contratações de escritórios jurídicos para recuperação de royalties da ANP. O Tribunal apontou falta de transparência e descumprimento de normas legais. A decisão foi divulgada em 6 de dezembro de 2024.
O ministro Alexandre de Moraes autorizou o ex-presidente Jair Bolsonaro a comparecer à missa de sétimo dia pelo falecimento da mãe de Valdemar Costa Neto, presidente do PL, em Mogi das Cruzes (SP), na próxima segunda-feira (9). A autorização foi solicitada pela defesa de Bolsonaro devido à proibição de contato com Valdemar por conta das investigações da Operação Tempus Veritatis. Bolsonaro está com o passaporte retido e proibido de sair do país por causa das investigações relacionadas à suposta tentativa de golpe e alegada venda irregular de joias.
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