Inicialmente, o MPAM recomendou a anulação apenas dos cargos de procurador legislativo e médico, mas após mais discussões com os vereadores e novas evidências de falhas no processo, a recomendação foi ampliada para incluir todos os cargos
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O presidente da Câmara Municipal de Manaus (CMM), vereador David Reis, anunciou, em coletiva à imprensa nesta sexta-feira (14), a anulação do concurso realizado no ano passado para preenchimento de cargos na Casa Legislativa. A decisão foi tomada após uma recomendação do Ministério Público do Amazonas (MPAM), que apontou diversas irregularidades durante a execução do certame.
Inicialmente, o MPAM recomendou a anulação apenas dos cargos de procurador legislativo e médico, mas após mais discussões com os vereadores e novas evidências de falhas no processo, a recomendação foi ampliada para incluir todos os cargos. O Ministério Público destacou que a homologação do concurso poderia gerar insegurança jurídica, o que levou à decisão de cancelar o certame integralmente.
Durante a coletiva, o presidente da CMM, David Reis, explicou os motivos da anulação. “A anulação segue as orientações do Ministério Público. Dentre as recomendações do órgão, está a de que a CMM realize um novo concurso em até seis meses. Estamos seguindo essa diretriz”, afirmou.
O presidente também ressaltou que, além da anulação, foi publicada uma sindicância para apurar possíveis irregularidades. “Já houve prejuízos aos candidatos, especialmente com a mudança de datas do concurso, e buscaremos reparação na justiça para aqueles que foram prejudicados”, completou Reis.
O promotor de Justiça Armando Gurgel detalhou algumas das irregularidades detectadas durante o concurso. Entre as principais, ele apontou que candidatos relataram que suas provas foram devolvidas a eles após a digitalização, mas sem o cabeçalho destacado, o que levantou a possibilidade de que os responsáveis pela correção das provas tivessem acesso à identidade dos candidatos.
Armando Gurgel explicou, os motivos que levaram à recomendação de anulação do concurso realizado pela Câmara Municipal de Manaus. Ele afirmou que, após tomar conhecimento das manifestações da organizadora do concurso, o Instituto Acesso, sobre diversas irregularidades, e considerando novas provas apresentadas por candidatos, ficou convencido da necessidade de uma ação mais abrangente.
“Eu me convenci, com base nas duas recomendações recebidas, de que a anulação do concurso deveria ser estendida de forma integral”, disse o procurador. Ele destacou que o concurso violou regras editalícias claras, especialmente no que diz respeito à correção das provas.
A primeira violação citada foi a falta de anonimato na correção das provas, que deveria ser realizada “às cegas”, como especificado no edital.
“Diversos candidatos informaram que, ao acessarem as provas digitalizadas para realizar recursos, perceberam que as provas estavam digitalizadas sem o destaque da identificação do candidato, sem a remoção da identificação do cabeçalho”, explicou Gurgel.
Segundo o procurador, isso comprovou que o procedimento de correção não foi feito de forma impessoal e imparcial, como estipulado no edital. “A pessoa que está corrigindo a prova pode saber exatamente quem é o candidato, o que fere a integridade do processo”, concluiu, ressaltando que essa falha comprometeu a transparência e a justiça no certame.
O vereador David Reis informou que a CMM já está tomando as providências para a realização de um novo concurso, com previsão para ocorrer até setembro deste ano.
Leia mais: Câmara Municipal deve acatar recomendação do MPAM e anular concurso público em Manaus
Pela primeira vez desde 2022, petistas e bolsonaristas aparecem empatados em apoio popular, com 35% cada, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 10 e 11 de junho. A queda dos petistas coincide com a crescente reprovação ao governo Lula, enquanto o apoio a Bolsonaro se mantém estável, mesmo após seu julgamento no STF. O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 136 cidades do país, com margem de erro de dois pontos percentuais.
A Prefeitura de Manaus contratou, sem licitação, a empresa MIRAX Segurança LTDA. por R$ 20,7 milhões para serviços de vigilância armada e desarmada. A dispensa se baseia na nova Lei de Licitações, alegando situação emergencial. O contrato visa proteger bens públicos e garantir o funcionamento dos órgãos municipais. A empresa é sediada em Manaus e atua desde 2019 no setor de segurança privada.
O Banco Central elevou a Selic para 15% ao ano, maior nível desde 2006, visando conter a inflação persistente. A medida, porém, encarece o crédito, reduz o consumo e pode comprometer o crescimento econômico. O BC projeta um PIB de 1,9% em 2025, abaixo da estimativa de 2,2% do mercado. A alta da taxa pode pressionar ainda mais a atividade econômica no país.
O conselheiro Josué Cláudio, do TCE-AM, deu prazo de cinco dias úteis para que a Câmara de Manaus se manifeste sobre possíveis irregularidades na tramitação da LDO 2026. A representação, feita pelo vereador José Ricardo, aponta ausência de audiências públicas. O pedido de medida cautelar foi negado inicialmente. A decisão está publicada no Diário Oficial nº 3574, de 16 de junho.
A Prefeitura de Manaus recuou da tentativa de aprovar o Projeto de Lei nº 242/2025, que tornaria obrigatório o uso do cartão PassaFácil por idosos no transporte coletivo. A proposta foi retirada da pauta pelo líder do prefeito, vereador Eduardo Alfaia, após críticas no plenário. Parlamentares de diversos partidos chamaram o projeto de retrocesso. O Executivo justificou a medida como forma de combater fraudes, mas reconheceu a necessidade de mais diálogo.
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