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Blocões da Câmara e do Senado vão decidir comando da CPMI

Com entendimento, congressistas de oposição ao governo Lula veem oportunidade de comando ir por água abaixo

Por: Redação
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PAÍS

O futuro dos principais postos da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar os atos de 8 de janeiro está condicionado ao entendimento entre os maiores blocos tanto da Câmara quanto do Senado, em razão do princípio da proporcionalidade. Com o acordo, congressistas de oposição ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), sobretudo do PL, veem a oportunidade de comandar o colegiado ser suplantada. A informação é do Poder360.

A ideia é criar uma CPMI com perfil menos bolsonarista e levar oitivas e apurações para caminhos que não criem um ambiente de vulnerabilidade ao governo Lula. O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, é a sigla que mais concentra oposicionistas ao petista no Congresso.

O requerimento para instalação da CPMI foi lido na quarta-feira (26) pelo presidente do Congresso, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), em sessão conjunta. Os postos em disputa são a presidência, vice-presidência e relatoria. Na Casa Baixa, o blocão do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), vai comandar as negociações junto ao Senado, explicam André Fufuca (PP-AL), Felipe Carreras (PSB-PE) e Isnaldo Bulhões (MDB-AL).

Carreras é líder do blocão, que soma 173 deputados. Fufuca e Bulhões são líderes de seus respectivos partidos. O emedebista diz ter pedido uma reunião com Pacheco nesta quinta-feira (27) “para conversar sobre a composição”. No Senado, entretanto, as negociações sobre qual grupo vai ter poder decisório diante das negociações, se o do PSD ou MDB, ainda causam dúvida. Cada qual totaliza 29 senadores.

“Decisão complicada’

Segundo Fufuca, o bloco o procurou para a posição de presidente ou relator da CPMI, mas a decisão não está tomada. “Eu já fui relator de comissão duas vezes. É um trabalho muito delicado. Uma decisão complicada”, pondera. Carreras reitera que a composição, inclusive a de integrantes titulares e suplentes, não foi decidida e que os diálogos vão acontecer em tempo hábil para que as atividades da comissão tenham início na próxima semana. “Na segunda-feira [24], não conseguimos discutir esse assunto. Talvez amanhã [27] a gente tenha algum debate sobre isso”, disse o pessebista.

Na Câmara, União Brasil e PP despontam como os mais poderosos, em razão de suas bancadas, que somam 59 e 49 congressistas, respectivamente. No Senado, os blocos em que estão PSD e MDB são os maiores, com o mesmo número de senadores, 29, cada.

A deliberação sobre quem vai comandar as articulações para escolha dos postos de comando, porém, ainda não foi concluída. Ao jornal digital, o líder do MDB no Senado, Eduardo Braga (AM), afirma que as negociações administrativas da CPMI não avançaram nos últimos dias e que reuniões de encaminhamento vão ocorrer “somente na próxima semana”.

“Não tem nada decidido. Houve a leitura hoje do requerimento. O próximo passo será os membros serem indicados”, pondera. Partido de Davi Alcolumbre (RR), o União Brasil, porém, deve ser o fiel da balança e lançar o bloco em que está com o MDB, Podemos e a federação PSDB-Cidadania como estrela das negociações junto ao grupo da Câmara. Com o retorno do senador Renan Calheiros (AL), cacique do MDB, ao Brasil nesta 5ª feira (27.abr), as negociações devem ser aceleradas.

Com a leitura do requerimento, Pacheco habilitou a escolha. O processo tem início com a eleição do presidente, que em comissões, via de regra, são aclamados após acordo. O presidente eleito, por sua vez, designa o relator, que também é escolhido por acordo. A CPMI objetiva investigar na órbita congressista o 8 de Janeiro, data em que manifestantes depredaram prédios da Praça dos Três Poderes: Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal (STF).

Inicialmente, o governo era contrário à criação da comissão, mas depois da divulgação dos vídeos do 8 de Janeiro, que mostram comportamento supostamente conivente de militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o governo Lula passou a apoiar a CPMI. Dos encaminhamentos, vai participar também o líder do Governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP).

Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados

(*) Com informações do Poder360

 

8 de Janeiro presidência CPMI blocão relatoria

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