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Legislativo - 05 de julho de 2025
Foto: Reprodução/ Internet

Alberto Neto comemora avanço de projeto que inclui castração química para abusadores no Brasil

O parlamentar destacou a importância da proposta para enfrentar o alarmante cenário de violência sexual no país.

Por: Redação
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O deputado federal Capitão Alberto Neto (PL-AM) comemorou o avanço do projeto que propõe medidas mais rigorosas contra crimes sexuais no Brasil, aprovado recentemente na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. O parlamentar destacou a importância da proposta para enfrentar o alarmante cenário de violência sexual no país.

“Em 2023, tivemos 74 mil estupros, sendo que 60% dessas vítimas são meninas de até 13 anos. Muitas vezes o estuprador está dentro da casa da criança. A cada sete minutos, uma criança é vítima de estupro no Brasil. São números assustadores que exigem respostas firmes”, afirmou Capitão Alberto Neto.

O projeto, de autoria do deputado, prevê o endurecimento das penas para crimes sexuais, com aumento das penas máximas para estupro, estupro de vulnerável, importunação sexual e outros crimes correlatos. Uma das principais inovações da proposta é a exigência da castração química voluntária como condição para a progressão de regime ou livramento condicional para condenados por esses crimes.

“Hoje, o estuprador cumpre, no máximo, dois anos de cadeia e volta a cometer crimes. O Estado quer investir na reintegração do agressor, enquanto a vítima não tem nenhuma proteção efetiva. Nós queremos inverter essa ordem. A primeira pena do estuprador será dobrada e, para avançar na progressão de regime, ele terá que passar pela castração química, que reduz a libido e é um tratamento hormonal”, explicou o deputado.

Capitão Alberto Neto ressaltou que a castração química já é adotada com sucesso em diversos países, como Estados Unidos, Polônia, Coreia do Sul e Rússia. “É um procedimento voluntário e indolor, não configura uma pena cruel e respeita a dignidade humana”, garantiu.

Apesar do apoio ao endurecimento das penas, a proposta enfrenta críticas de juristas que a consideram inconstitucional por violar direitos fundamentais, como o princípio da dignidade da pessoa humana e a possibilidade de reinserção social do condenado.

O deputado, no entanto, se mantém firme na defesa da proposta. “Nosso compromisso é proteger as vítimas, especialmente crianças e adolescentes, e garantir que os criminosos cumpram penas mais severas. Essa é uma grande vitória conquistada na CCJ, e agora vamos seguir lutando para que a proposta seja aprovada no plenário”, concluiu.

Principais mudanças no projeto

O texto propõe alterações no Código Penal, aumentando as penas máximas para estupro, estupro de vulnerável, violação sexual mediante fraude e importunação sexual, com agravantes para vítimas crianças e adolescentes. Entre as principais alterações estão:

-Estupro: pena máxima de 10 para 20 anos;
-Estupro de vulnerável: pena máxima de 15 para 20 anos;
-Violação sexual mediante fraude: aumento da pena de 2 a 6 anos para 4 a 8 anos;
-Importunação sexual: aumento de 50% da pena se a vítima for criança ou adolescente;
-Acréscimo de dois terços da pena para cada ato libidinoso praticado em estupro e importunação sexual;
-Inclusão de corrupção de menores e satisfação de lascívia na presença de crianças ou adolescentes na lista de crimes hediondos.
-Além disso, o projeto determina que, nos crimes contra a liberdade sexual, a denúncia seja feita diretamente pelo Ministério Público, dispensando a necessidade de queixa da vítima.

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