De acordo com a juíza auxiliar da CGJ-AM, Vanessa Leite Mota, os mutirões que têm por objetivo dar celeridade aos processos de réus presos transferidos para Manaus são uma medida inédita no Estado
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Manaus | AM | Com informações da assessoria de imprensa
A partir deste ano, sempre nos meses de abril e outubro, o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) passará a realizar mutirões de audiências com o objetivo de dar celeridade aos processos de réus presos que foram transferidos do interior para a capital em razão da periculosidade destes e de outros fatores.
Os mutirões foram instituídos pela Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas (CGJ-AM) com a publicação do Provimento n. 412/2022, divulgado na edição desta terça-feira (25) do Diário da Justiça Eletrônico (DJe).
De acordo com a juíza-corregedora auxiliar, Vanessa Leite Mota, os mutirões que têm por objetivo dar celeridade aos processos de réus presos transferidos para Manaus são uma medida inédita no Amazonas e fazendo o uso de recursos tecnológicos que permitirão a realização de audiências por videoconferência, devem contribuir de maneira significativa para que o Poder Judiciário dê cumprimento a normas da Constituição Federal, sobretudo aos seus art. 5.º (LXVVIII) e 37, que tratam sobre celeridade, eficiência e a duração razoável do processo.
Conforme a Corregedoria, em antecipação à realização dos mutirões programados para os meses de abril e outubro, a gestão do TJAM e órgãos parceiros – sobretudo os responsáveis pela administração penitenciária – devem garantir a estrutura logística necessária para a realização dos trabalhos. Também é de interesse da gestão do TJAM fornecer a orientação prévia aos magistrados e aos servidores que atuarão nas audiências.
A meta da Corregedoria, ao projetar a realização dos mutirões, até então inéditos no Amazonas, é que eles sejam bem sucedidos, seguindo o padrão de ações semelhantes como as que já são realizadas pelo Judiciário Estadual, na ‘Semana Justiça pela Paz em Casa’ e na ‘Semana do Mutirão do Júri’, que são esforços concentrados para dar celeridade, respectivamente, a processos de violência doméstica e de homicídios/femicídios.
Programação
Conforme a Corregedoria de Justiça e de acordo com o Provimento n. 412/2022, os mutirões serão realizados anualmente, sempre na última semana de abril e na primeira semana de outubro, devendo participar do evento todas as unidades jurisdicionais de entrância inicial que, nos últimos dois anos, tenham transferido presos para Capital e cujos os processos estejam pendentes de instrução e julgamento.
Como instrução aos Juízos, a CGJ-AM indicou que até o dia 15 dos meses de fevereiro e agosto, o Juízo de Direito da 2ª Vara de Execução Penal da capital (responsável pela análise e julgamento dos pedidos de transferência de presos provisórios do interior para a capital) deverá remeter à Corregedoria, via PJECOR, relação com os nomes de todos os presos provisórios transferidos para a capital, nos últimos dois anos e cujos processos não foram julgados, indicando o Juízo de origem.
O provimento estabelece que os presos provisórios transferidos e ainda custodiados na capital deverão ter seus processos obrigatoriamente incluídos no mutirão mais próximo, devendo a comarca de origem providenciar o efetivo cumprimento dos mandados de intimação de eventuais vítimas, testemunhas, advogados, defensor e do Ministério Público; estes últimos, preferencialmente, por meio eletrônico.
Dentre outras instruções o Provimento da CGJ-AM também indica que os réus presos (transferidos para a capital) e as testemunhas e/ou vítimas que, por ocasião da audiência, se encontrarem fora da comarca onde tramita o processo, deverão ser interrogados ou inquiridos por meio virtual, devendo a audiência ser presidida pelo Juízo de origem.
As audiências do mutirão, segundo a Corregedoria, serão realizadas no horário das 8h às 16h30, de forma híbrida, com a possibilidade de oitiva das testemunhas e eventuais vítimas de forma presencial e do réu preso por meio virtual. Será obrigatório o trabalho dos servidores e estagiários indicados pela unidade, no horário de 8h as 17h.
O governador Antonio Denarium exonerou Régys Freitas do cargo de controlador-geral do Estado após determinação da Justiça, a pedido da PF, que o investiga por desvio de mais de R$ 100 milhões na Uerr. Já Dilma Costa foi exonerada da presidência do Iteraima após ação do MPRR, sendo investigada por irregularidades fundiárias e atos de improbidade. Ambos os atos foram publicados no Diário Oficial de 8 de abril.
O MPAM instaurou dois procedimentos para fiscalizar a gestão do prefeito de Envira, Ivon Rates (MDB). Um apura a nomeação de James Pinheiro como controlador da Câmara Municipal, que pode ser exonerado se não comprovar formação exigida. O outro investiga falhas no transporte escolar, com prazo de 10 dias para a Secretaria de Educação prestar esclarecimentos.
A Prefeitura de Apuí homologou contrato de R$ 1,9 milhão com a Sigma Engenharia para a construção de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município (Doma), após licitação sem pendências legais.
Débora Mafra foi nomeada Ouvidora Adjunta da Guarda Municipal, conforme publicado no Diário Oficial do Município, substituindo Jean Carlos Paula Rodrigues, exonerado na mesma edição. O ex-vereador Gedeão Amorim também foi nomeado, assumindo o cargo de subsecretário executivo de Projetos da Prefeitura de Manaus.
O controlador-geral de Roraima foi exonerado após ser ligado novamente a um esquema de desvio de mais de R$ 100 milhões da UERR, quando era reitor. A nova fase da operação da PF investiga 11 pessoas, incluindo o atual reitor, Claudio Travassos. Há suspeitas de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foram apreendidos valores em espécie, inclusive em dólares e euros, e bens foram bloqueados. O governo afirma colaborar com as investigações.
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