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Poder Judiciário - 10 de dezembro de 2024
Foto: Reprodução/Internet

TCE-AM afasta Ari Moutinho Júnior após conselheiro virar réu no STJ

A decisão segue mudanças no Código de Ética da instituição publicadas em 3 de dezembro de 2024, que permitem o afastamento de conselheiros acusados em processos judiciais

Por: Redação
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Nesta terça-feira (10), o Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM) afastou o conselheiro Ari Moutinho Júnior, que se tornou réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) por acusação de injúria contra a conselheira Yara Lins, atual presidente da Corte. A decisão segue mudanças no Código de Ética da instituição publicadas em 3 de dezembro de 2024, que permitem o afastamento de conselheiros acusados em processos judiciais.

O tribunal suspendeu a sessão desta terça-feira para realizar uma reunião sigilosa entre os conselheiros, convocada pelo vice-presidente Luis Fabian. O afastamento de Ari Moutinho Júnior foi determinado por quatro votos a favor e um contra. Durante a leitura de um processo em pauta na sessão desta terça, a presidente informou que o conselheiro está de férias.

Mudanças no Código de Ética

A Resolução nº 14/2024 alterou as normas do TCE-AM, permitindo o afastamento de conselheiros réus por decisão do Pleno, desde que aprovada por maioria absoluta, sem prejuízo dos vencimentos enquanto durar o processo. Em caso de condenação definitiva, a punição pode incluir aposentadoria compulsória.

O caso de Ari Moutinho Júnior

A denúncia, apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) e acolhida pelo STJ, refere-se a um episódio ocorrido em outubro de 2023. Segundo Yara Lins, durante a eleição para a presidência do Tribunal, Moutinho Júnior a ofendeu gravemente após um cumprimento formal. “Eu fui dar bom dia, e ele me disse: ‘bom dia, nada. Safada, puta, vadia. Eu vou te f***r, você vai ver junto ao STJ’”, relatou Yara Lins em sua denúncia.

Após investigação da Polícia Federal, o STJ aceitou a denúncia, tornando Ari Moutinho Júnior réu por injúria, crime com pena de até seis meses de detenção. O relator do caso no STJ, ministro Antonio Carlos Ferreira, destacou que os atos não são isolados, mas refletem disputas políticas internas e tensões no Tribunal.

Veja também:

TCE-AM realiza reunião sigilosa após estabelecer regra para afastamento de conselheiro réu

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