Em entrevista veiculada canal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), o ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell Marques, conduziu uma discussão sobre a hierarquia no sistema judiciário brasileiro
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Durante uma entrevista transmitida no canal do YouTube do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), o ministro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell Marques, trouxe à tona uma discussão fundamental sobre a hierarquia dentro do sistema judiciário brasileiro.
Na conversa, o magistrado amazonense abordou temas cruciais relacionados ao sistema judiciário no Brasil, destacando questões de hierarquia, falta de compreensão pública sobre a estrutura da justiça e o papel das instâncias superiores, como o STJ e o Supremo Tribunal Federal (STF.)
Suas observações abrangentes lançaram luz sobre o complexo cenário do judiciário brasileiro e seu compromisso em fornecer uma linguagem decisória uniforme para o país, apontando para a relevância dessas instâncias superiores na busca por respostas justas e igualitárias.
“O juiz instrui e aprecia o processo de uma ação qualquer, cabe recurso ao TJAM, por exemplo. O certo é que se encerre tudo aqui no Tribunal de Justiça. Este é o sistema brasileiro e aí vem a instância extraordinária. (…) Criaram o STJ e extinguiram o Superior Tribunal Federal de Recursos que recebeu seus ministros.”, explicou Campbell.
O ministro esteve em Manaus para o lançamento do livro Direito Federal Brasileiro, uma homenagem pelos 15 anos de atividades jurídicas.
Durante a entrevista, Mauro Campbell discutiu aspectos importantes em seu livro sobre o sistema judiciário brasileiro. Ele destacou que o Tribunal de Recursos, anteriormente uma instância de apelação, foi extinto com a criação de mais cinco tribunais federais, cada um com sua função específica de análise e julgamento.
Campbell enfatizou que o STJ e o STF não devem ser as instâncias ordinárias de acesso à justiça, mas sim reservadas para categorias específicas de processos. Ele argumentou que a missão do STJ é uniformizar a linguagem decisória no país, garantindo respostas consistentes para os cidadãos, especialmente em casos em que as decisões variam conforme o entendimento de diferentes juízes. Campbell ressaltou a importância de ter uma instância superior que possa dar a última palavra, mesmo que em alguns casos a decisão seja controversa.
“Alguém, tem que dar a última palavra, se certa ou errada, não se sabe, em vários momentos é o STJ e outros mais raros é o STF”, justificou.
Veja também:
O STF aceitou, por unanimidade, a denúncia contra Jair Bolsonaro e ex-integrantes de seu governo por tentativa de golpe após as eleições de 2022. O relator Alexandre de Moraes destacou provas de crimes nos ataques de 8 de janeiro de 2023. Ministros como Cármen Lúcia reforçaram a necessidade de proteger a democracia. Entre os denunciados estão Ramagem, Garnier e Braga Netto. O processo seguirá com direito de defesa, podendo resultar em condenação ou absolvição.
A Prefeitura de Manicoré firmou contratos de mais de R$ 10 milhões com a Plastiflex Empreendimentos para serviços de infraestrutura. A empresa, já investigada pelo MPAM por contratos suspeitos, terá um ano para executar obras de pavimentação, drenagem e manutenção do abastecimento de água. O TCE-AM apontou falhas em prestações de contas anteriores da Plastiflex, incluindo prejuízo de R$ 4 milhões em Novo Aripuanã.
O TCE-AM determinou que o prefeito de Manaus, David Almeida, preste esclarecimentos sobre sua viagem ao Caribe durante o Carnaval, após denúncia do vereador Coronel Rosses (PL) sobre possíveis pagamentos por empresas contratadas pela Prefeitura. A polêmica gerou revolta popular e divisão na Câmara, que rejeitou um pedido formal de explicações. A Prefeitura tem cinco dias úteis para apresentar documentos, sob risco de bloqueio de contratos e penalizações.
A Câmara Municipal de Manaus aprovou o PL nº 119/2025, autorizando a Prefeitura a contratar um financiamento de R$ 145,8 milhões junto ao BNDES. Os recursos serão aplicados na modernização da Semef, incluindo unificação de unidades fiscais, melhorias em infraestrutura e criação do Plano Municipal de Dados Abertos. O projeto teve 29 votos a favor e 10 contra, com oposição de vereadores como Rodrigo Guedes (PP) e Zé Ricardo (PT).
A maioria dos deputados da bancada do Amazonas na Câmara Federal deve votar favoravelmente ao Projeto de Lei 2.858/2022, que concede anistia aos presos pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Dos oito parlamentares do estado, cinco são a favor, um é contra, dois estão indecisos e um é contrário. A proposta precisa de 257 votos para ser aprovada. Atualmente, 210 deputados já declararam apoio, 92 são contra e 207 ainda não se posicionaram.
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