De acordo com o Conselho Nacional de Justiça, a norma estadual “em nenhum momento, evidencia que o direito de ocupar a função de diretor da Escola Superior pertence ao desembargador que imediatamente encerrou o seu mandato de presidente do TJAM”
Venha fazer parte do nosso grupo do Whatsapp e receba em primeira mão as notícias do momento!
Manaus | AM
O Pleno do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) decidiu, por maioria dos votos, nesta terça-feira (4), que para ser diretor da Escola Superior de Magistratura (Esmam), do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), “basta que o desembargador tenha sido, a qualquer tempo, presidente do TJAM e tenha concluído/encerrado o seu mandato, mantendo, portanto, íntegro o Ato nº 215/2020”, do Poder Judiciário Estadual.
A decisão do CNJ trata do Procedimento de Controle Administrativo nº 0005337-96.2020.2.00.0000, impetrado pelo desembargador Yedo Simões e que teve como relatora a conselheira Maria Cristiana Ziouva. Nele, Yedo reivindica o cargo de diretor da Esmam, conforme Lei Complementar nº 17/1997 com a redação dada pela Lei complementar 190/2018, negado arbitrariamente pelo atual presidente do TJAM, desembargador Domingos Chalub.
Na oportunidade, Chalub, nomeou o desembargador João Simões como gestor da escola e a desembargadora Joana Meirelles, como vice-diretora.
Conforme o artigo 92, § 2º da Lei Complementar nº 17/1997, “a direção da escola caberá ao desembargador que encerrar o mandato da presidência do Tribunal de Justiça, salvo recusa expressa ou tácita, passando, neste caso, a escolha do nome ao presidente do Tribunal de Justiça que submeterá a indicação à aprovação do Plenário, observando-se as restrições do §3.º, deste artigo”, o que foi entendido de forma diferente pelo Pleno do CNJ.
Sede do Tribunal de Justiça do Amazonas (Imagem: TJAM/Divulgação)
Diante disso, Yedo recorreu a instância superior para assumir a Esmam e teve parecer favorável, preliminarmente, da conselheira Maria Cristina Ziouva, no dia 22 de julho deste ano. Em seu voto, ela destaca que “não está autorizado a descumprir a lei ou dar outra interpretação, referendada pelo Plenário. Muito menos quando o anteprojeto desta lei foi enviado ao Poder Legislativo por iniciativa do próprio tribunal, sem que houvesse qualquer modificação quando da edição da lei”.
Mas na votação do mérito, nesta terça-feira, o corregedor nacional de Justiça, ministro Humberto Martins, entendeu, em divergência a relatora, que “basta que o desembargador tenha sido presidente do tribunal e tenha concluído/encerrado o seu mandato” para gerir a Esmam.
Para ele, “não se trata de modificar a interpretação da lei na via administrativa, como afirmado pela relatora, mas, tão somente, de lhe conferir a interpretação que mais se adequa ao caráter plural de formação e participação administrativa de todos os desembargadores na gestão de um Tribunal de Justiça”.
O governador Antonio Denarium exonerou Régys Freitas do cargo de controlador-geral do Estado após determinação da Justiça, a pedido da PF, que o investiga por desvio de mais de R$ 100 milhões na Uerr. Já Dilma Costa foi exonerada da presidência do Iteraima após ação do MPRR, sendo investigada por irregularidades fundiárias e atos de improbidade. Ambos os atos foram publicados no Diário Oficial de 8 de abril.
O MPAM instaurou dois procedimentos para fiscalizar a gestão do prefeito de Envira, Ivon Rates (MDB). Um apura a nomeação de James Pinheiro como controlador da Câmara Municipal, que pode ser exonerado se não comprovar formação exigida. O outro investiga falhas no transporte escolar, com prazo de 10 dias para a Secretaria de Educação prestar esclarecimentos.
A Prefeitura de Apuí homologou contrato de R$ 1,9 milhão com a Sigma Engenharia para a construção de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município (Doma), após licitação sem pendências legais.
Débora Mafra foi nomeada Ouvidora Adjunta da Guarda Municipal, conforme publicado no Diário Oficial do Município, substituindo Jean Carlos Paula Rodrigues, exonerado na mesma edição. O ex-vereador Gedeão Amorim também foi nomeado, assumindo o cargo de subsecretário executivo de Projetos da Prefeitura de Manaus.
O controlador-geral de Roraima foi exonerado após ser ligado novamente a um esquema de desvio de mais de R$ 100 milhões da UERR, quando era reitor. A nova fase da operação da PF investiga 11 pessoas, incluindo o atual reitor, Claudio Travassos. Há suspeitas de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foram apreendidos valores em espécie, inclusive em dólares e euros, e bens foram bloqueados. O governo afirma colaborar com as investigações.
Deixe um comentário