A decisão foi proferida durante a 44ª Sessão do Tribunal Pleno, realizada na manhã de terça-feira (10)
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Os conselheiros do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) reprovaram as contas do exercício de 2022 da Prefeitura Municipal de Careiro, sob a responsabilidade do prefeito Nathan Macena de Souza devido a diversas irregularidades encontradas nas áreas de transparência pública, controle financeiro e cumprimento de prazos legais, que comprometeram a regularidade e a conformidade da gestão pública com a legislação vigente.
A decisão foi proferida durante a 44ª Sessão do Tribunal Pleno, realizada na manhã de terça-feira (10).
Dentre as falhas mais relevantes, o conselheiro-relator Mario de Mello destacou a ausência de informações essenciais no portal da transparência, que deveria disponibilizar dados como registros de despesas, contratos celebrados, processos licitatórios e repasses financeiros. A falta de publicação dessas informações comprometeu o controle social e a fiscalização efetiva por parte dos cidadãos e de órgãos de controle.
Além disso, a gestão municipal falhou ao não cumprir com os prazos legais para a publicação de relatórios fiscais e financeiros, como o Relatório de Gestão Fiscal (RGF) e o Relatório Resumido de Execução Orçamentária (RREO), o que impediu uma análise mais transparente da execução orçamentária do município.
Outro ponto criticado foi a omissão no envio de informações ao sistema e-Contas, utilizado para o acompanhamento e fiscalização das contas públicas. O atraso no envio de dados essenciais, como os relacionados aos bimestres do RREO de 2022, e o não cumprimento de prazos estabelecidos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) evidenciaram uma gestão ineficiente no que se refere à prestação de contas e ao cumprimento das obrigações fiscais.
Também foi constatada a ausência de informações obrigatórias no Portal da Transparência, como registros de despesas, contratos firmados, estrutura organizacional e dados sobre ações municipais.
A justificativa apresentada pela gestão, de que os problemas seriam causados pela baixa qualidade da internet no município, foi rejeitada. Segundo o relator, “a manutenção do Portal da Transparência não exige grande infraestrutura tecnológica, apenas a disponibilização de documentos”.
Decisão unânime
O Ministério Público de Contas (MPC) endossou a reprovação, apontando falhas ainda mais profundas na gestão municipal. Entre as irregularidades indicadas, destacou-se a ineficiência na recuperação de créditos tributários e não tributários, o que deixou de resultar em uma arrecadação mais robusta para o município.
Em sua defesa, a prefeitura alegou que encaminharia à Câmara Municipal um projeto de lei para instituir um programa de regularização fiscal (REFIS), mas não apresentou nenhuma evidência de que medidas efetivas estivessem sendo tomadas.
A falta de medidas concretas em relação ao controle interno também foi evidenciada, com a não implementação de sistemas de compliance que garantissem a integridade do patrimônio público e a conformidade das ações com os princípios legais. Além disso, falhas no acompanhamento da saúde pública, especialmente na área de saúde da mulher, foram apontadas como graves, refletindo a precariedade na gestão dos serviços essenciais à população.
Recomendações
Os membros do Tribunal Pleno recomendaram que a prefeitura tome providências urgentes para regularizar a publicação das informações obrigatórias no portal da transparência, garantindo a acessibilidade e a transparência dos dados à população. Também foi solicitado o envio de todos os relatórios financeiros ao sistema e-Contas, além da observância rigorosa dos prazos legais para a publicação de documentos fiscais.
O Tribunal também determinou a abertura de um processo autônomo para aprofundar a apuração dos atos de gestão relacionados ao exercício de 2022 e solicitou que o processo seja encaminhado à Câmara Municipal de Careiro para que seja dado o parecer final sobre a questão.
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Pela primeira vez desde 2022, petistas e bolsonaristas aparecem empatados em apoio popular, com 35% cada, segundo pesquisa Datafolha realizada nos dias 10 e 11 de junho. A queda dos petistas coincide com a crescente reprovação ao governo Lula, enquanto o apoio a Bolsonaro se mantém estável, mesmo após seu julgamento no STF. O levantamento ouviu 2.004 pessoas em 136 cidades do país, com margem de erro de dois pontos percentuais.
A Prefeitura de Manaus contratou, sem licitação, a empresa MIRAX Segurança LTDA. por R$ 20,7 milhões para serviços de vigilância armada e desarmada. A dispensa se baseia na nova Lei de Licitações, alegando situação emergencial. O contrato visa proteger bens públicos e garantir o funcionamento dos órgãos municipais. A empresa é sediada em Manaus e atua desde 2019 no setor de segurança privada.
O Banco Central elevou a Selic para 15% ao ano, maior nível desde 2006, visando conter a inflação persistente. A medida, porém, encarece o crédito, reduz o consumo e pode comprometer o crescimento econômico. O BC projeta um PIB de 1,9% em 2025, abaixo da estimativa de 2,2% do mercado. A alta da taxa pode pressionar ainda mais a atividade econômica no país.
O conselheiro Josué Cláudio, do TCE-AM, deu prazo de cinco dias úteis para que a Câmara de Manaus se manifeste sobre possíveis irregularidades na tramitação da LDO 2026. A representação, feita pelo vereador José Ricardo, aponta ausência de audiências públicas. O pedido de medida cautelar foi negado inicialmente. A decisão está publicada no Diário Oficial nº 3574, de 16 de junho.
A Prefeitura de Manaus recuou da tentativa de aprovar o Projeto de Lei nº 242/2025, que tornaria obrigatório o uso do cartão PassaFácil por idosos no transporte coletivo. A proposta foi retirada da pauta pelo líder do prefeito, vereador Eduardo Alfaia, após críticas no plenário. Parlamentares de diversos partidos chamaram o projeto de retrocesso. O Executivo justificou a medida como forma de combater fraudes, mas reconheceu a necessidade de mais diálogo.
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