A comissária de polícia, Carla Josephina Miranda de Biaggi, teve pedido de medida cautelar negado pelo TCE-AM, por perda de objeto
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Manaus | AM
O Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) indeferiu, na última quinta-feira (8), um pedido de medida cautelar formulado pela servidora Carla Josephina Miranda de Biaggi, contra o Governo do Amazonas e a Delegacia Geral de Polícia Civil (PC-AM), para que os comissários de polícia recebam reajuste salarial, assim como foi concedido aos delegados.
Segundo o Portal da Transparência do Estado, Carla Biaggi é comissária de polícia. Durante a sua carreira, ela chegou a ocupar o cargo de delegada titular da Delegacia Especializada em Crimes contra o Meio Ambiente (Dema). A servidora foi remanejada ao cargo por meio de uma lei, posteriormente considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que permitia a unificação das carreiras.
A decisão do TCE-AM foi proferida pela conselheira-relatora Yara Lins dos Santos, caracterizando perda de objeto, tendo em vista que a Assembleia Legislativa do Amazonas (ALEAM) aprovou um Projeto de Lei (PL) para que 124 vagas de delegados da PC-AM fossem reposicionados no cargo de comissários de polícia, o que inclui a servidora Carla Biaggi.
Leia, na íntegra, a decisão da conselheira-relatora Yara Lins
“Insta consignar aqui que a aprovação do projeto de lei supra mencionado, além de cumprir uma decisão do Supremo Tribunal Federal, atende uma determinação desta Corte de Contas proferida nos autos do processo 15960/2020 que também trata da controvérsia jurídica em torno do cargo de comissário de polícia, que instituiu o Plano de Classificação de Cargos, Carreira e Remuneração dos servidores de Polícia Civil do Estado do Amazonas, e da Decisão da ADI nº 3.415/DF”, diz o documento.
Segundo o documento, Carla Biaggi ingressou com a medida cautelar, como delegada de polícia, denunciando o descumprimento, por parte do Estado, da lei que reajustou os vencimentos dos delegados ativos e inativos, na forma que “institui o plano de cargos, carreiras e remuneração dos servidores da PC-AM”.
Inconstitucionalidade
Em setembro de 2020, o ministro Gilmar Mendes, do STF, suspendeu todos os atos do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), em seis processos julgados pelo colegiado de desembargadores, que determinaram, em 2020, a nomeação de 53 comissários para o cargo de delegado de polícia, usando um concurso já vencido, realizado em 2001.
Em março deste ano, a ALEM aprovou um PL que remanejou 124 até então delegados para reposicionamento no cargo de comissário de polícia. Com isso,o cargo de comissário será extinto, gradativamente, em razão de aposentadoria, exoneração, demissão, morte ou outro motivo legal.
O governador Antonio Denarium exonerou Régys Freitas do cargo de controlador-geral do Estado após determinação da Justiça, a pedido da PF, que o investiga por desvio de mais de R$ 100 milhões na Uerr. Já Dilma Costa foi exonerada da presidência do Iteraima após ação do MPRR, sendo investigada por irregularidades fundiárias e atos de improbidade. Ambos os atos foram publicados no Diário Oficial de 8 de abril.
O MPAM instaurou dois procedimentos para fiscalizar a gestão do prefeito de Envira, Ivon Rates (MDB). Um apura a nomeação de James Pinheiro como controlador da Câmara Municipal, que pode ser exonerado se não comprovar formação exigida. O outro investiga falhas no transporte escolar, com prazo de 10 dias para a Secretaria de Educação prestar esclarecimentos.
A Prefeitura de Apuí homologou contrato de R$ 1,9 milhão com a Sigma Engenharia para a construção de uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS). A decisão foi publicada no Diário Oficial do Município (Doma), após licitação sem pendências legais.
Débora Mafra foi nomeada Ouvidora Adjunta da Guarda Municipal, conforme publicado no Diário Oficial do Município, substituindo Jean Carlos Paula Rodrigues, exonerado na mesma edição. O ex-vereador Gedeão Amorim também foi nomeado, assumindo o cargo de subsecretário executivo de Projetos da Prefeitura de Manaus.
O controlador-geral de Roraima foi exonerado após ser ligado novamente a um esquema de desvio de mais de R$ 100 milhões da UERR, quando era reitor. A nova fase da operação da PF investiga 11 pessoas, incluindo o atual reitor, Claudio Travassos. Há suspeitas de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Foram apreendidos valores em espécie, inclusive em dólares e euros, e bens foram bloqueados. O governo afirma colaborar com as investigações.
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